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JOÃO 23 INIMIGO DO APELO À PENITÊNCIA DE FÁTIMA!

As forças no mundo contrárias à Fé da Igreja são enormes e crescentes até em Roma.

Já o eram no tempo de Pio XII, o último papa católico, submerso por problemas doutrinais e políticos nunca vistos, e circundado por uma classe clerical deplorável, à beira da apostasia pessoal, hoje constatada na difusa indiferença da apostasia geral.

Isto se tornou evidente e muitos querem culpar esse papa por não ter removido, mas promovido figuras do cripto-modernismo maçônico do calibre de Roncallis e Montinis.

O Céu não podia ignorar a origem de tal descalabro religioso.

Não foi por esta razão que suscitou um Papa santo como Pio X e depois Fátima?

Após a morte de São Pio X, talvez eliminado*, e sua ação amortecida, a resistência católica clerical, ficou tão depauperada que a Igreja precisou de um milagre sem igual.

Foi a Aparição de Fátima onde a Mãe de Deus, atendendo ao recurso público do papa (artigo), trouxe um pedido para um milagre: a consagração colegial da Rússia que seria uma conversão para esse País, para o mundo e para a mesma Roma.

Ali já operava a oposição modernista de carreiristas «pro novus ordo seclorum».

* Sua morte parece um tanto suspeita. Despachou pela manhã normalmente os documentos ao Secretário de Estado (Card. Merry Del Val) e à tarde este foi chamado com urgência para ver o Papa. Quando chegou Pio X já estava morrendo e levando a mão a garganta como se dissesse não poder falar e então morreu, segundo a notícia oficial, devido à uma “pneumonia fulminante”. Também o Cardeal Merry Del Val iria morrer de modo estranho, pois foi durante uma cirurgia de pequena gravidade, estrangulado pela própria prótese dentária. ( https://promariana.wordpress.com/2010/09/03/festa-de-sao-pio-x-soberano-pontifice-e-confessor/ )

Como Bento XV não reconheceu a Profecia, nem Pio XI a ouviu, nem o Papa de Fátima, Pio XII, soube cumprir o pedido profético, o que aconteceria?

O resultado foi que, já antes da morte do último papa, em outubro de 1958, a Igreja estava aberta aos inimigos da verdade, da conversão à ortodoxia católica, doutamente ensinada desde os Apóstolos e repetida com simplicidade na mensagem salvadora de Fátima, cuja graça não souberam devidamente acolher.

Novas confabulações humanas eram primícias de manobras contrárias à Providência, que preteriam a fé na mediação de Maria junto ao único Senhor do Céu e da Terra.

Isto teria levado ao flagelo de um «concílio ecumenista» que silenciaria sobre a terrível ameaça comunista e sobre a esperança de Fátima, extenuando parte do Magistério e do testemunho que a Igreja edificou em vinte séculos contra as forças das trevas.

Nesses anos o «novo clero» sentia-se capaz de dialogar com tais poderes para acertar a convivência pacífica em que os “retrógrados” predecessores haviam falhado!

Para esse fim a Igreja devia desculpar-se de ter acusado erros!

Paulo VI - Cardeal Montini - expulso de Roma por relações com o comunismo.

Reportagem de L’Italia, por Giulio Ferrari

Revista L'Italia reportagem de Giulio Ferrari sobre Paulo VI

Montini Homossexual e comunista

Afastado de Roma nos últimos anos do Pontificado de Pio XII por suas relações com comunistas

Passaram então a comandar na Igreja homens que tanto estavam próximos à Cátedra papal quanto distantes do pensamento de Pio XII. Entre eles: o arcebispo de Milão, Montini, que pelos seus abusos e traições na Secretaria de Estado fora “removido” para aquela posição, mesmo sem ser feito cardeal; o cardeal Roncalli, patriarca de Veneza, futuro João 23, cujo primeiro ato foi fazer Montini cardeal e supremo consultor do concílio inaugurado para divergir dos «profetas de desdita» e abrir a Igreja a um decantado mundo moderno, onde o confessor de Pio XII, o jesuíta e biblicista alemão Bea era promovido a grande líder progressista do Vaticano II.

Palácio Patriarcal em Veneza, Lapide de João 23

Em recolhimento fecundo [perjúrio e ambiguidade?] a vastidão ecumênica e o fermento inovador do seu glorioso pontificado.

Havia nesse novo curso um afastamento da visão do mundo de Pio XII, o temor que o mundo ouvisse a mensagem de Fátima sobre os perigos do inferno; contra o programa do Vaticano 2 implementado pelos novos chefes contrários à Fátima e à fé tradicional.

Todavia, Pio XII, em agosto de 1958, e eram seus últimos dias, perguntava a um grupo de peregrinos americanos conduzidos pelo padre Leo Goode: “Acreditais em Fátima?” À resposta positiva dos fiéis o papa continuou: “Se quisermos paz, devemos obedecer aos pedidos feitos em Fátima. O tempo de duvidar de Fátima já passou; é tempo de agir.” (Fatima the Great Sign, Francis Johnston, Augustine Publ. Devon, 1980, p. 73).

Mas a ocasião propícia passara e ele se esquecera de que o timão da barca de São Pedro estava em suas mãos e competia-lhe comandar. Se suas palavras foram firmes e seus documentos doutos, seus atos foram por vezes tíbios. Temendo punir e remover, como compete ao chefe da Igreja de Deus, promoveu e transferiu diplomaticamente homens que seriam os bispos, cardeais e papas da auto-demolição da Igreja. Seriam os fatos a fazer esse julgamento neste mundo, que apesar dos sonhos utópicos só piorou.

Na Arquidiocese de Milão, de onde o santo cardeal Schuster, de acordo com Pio XII, já em 1941 fazia divulgar a devoção de Fátima, ficava o arcebispo João Batista Montini, que usaria essa devoção e tudo mais na Igreja para mandar avante seu projeto de fraternização humanitarista e paz, pelo culto do homem.

A TRISTEZA DE NOSSA SENHORA

Nossa Senhora de Salette

No dia 19 de setembro de 1846, na montanha de La Salette, França, dois pastorzinhos, Melania e Maximino, viram uma linda senhora sentada sobre a pedra onde haviam construído um pequeno “paraíso” de flores. Chorava com a testa entre as mãos.

Chamou os meninos para transmitir-lhes uma mensagem.

Podia esta não ser triste se fazia a Mãe chorar pelos filhos?

A infinita tristeza de Maria será vista e suas lágrimas recolhidas em diversos lugares do mundo na nossa época. Já não é esta uma mensagem, um aviso de valor inestimável?

A mensagem que segue esses milagres pode deixar de ser igualmente triste?

Ora, isto é dito aqui porque há dois tipos de considerações feitas sobre as aparições que só podem confundir as idéias dos católicos.

A primeira, ao dizer que nelas tudo é vago e, portanto, interpretável.

A segunda, a de que só a autoridade da Igreja pode entendê-las.

No primeiro caso confunde-se vago com velado. Também as Escrituras são veladas, mas nada têm de vago. Cada palavra, vinda de Deus, tem valor e sentido inestimável. No segundo caso, confunde-se o que só a autoridade pode esclarecer e confirmar, com o que dispensa explicações humanas.

A tristeza de Nossa Senhora é uma mensagem que dispensa palavras.

Indica que muitos de seus filhos estão na via da perdição. As palavras podem servir para ajudá-los e guiá-los, mas se não forem ouvidas, se ninguém souber ou quiser chamá-los de volta, se na Igreja prevalecer o silêncio e a omissão sobre os perigos iminentes, a tristeza da Santa Mãe aumenta.

Essa tristeza e menosprezo têm sido a constante de nosso tempo e para demonstrá-lo será relatado aqui o caso do padre mexicano Agostinho Fuentes, escolhido como vice-postulante da causa de beatificação dos pastorzinhos Francisco e Jacinta e que para isto interrogou irmã Lúcia no Convento de clausura em Coimbra, onde ela vive desde que se tornou carmelita descalça.

O encontro foi em 16 de dezembro de 1957. Na sua volta à pátria deu uma conferência em 22 de maio de 1958, onde relatou a entrevista com a vidente de Fátima, autorizado pelo bispo de Leiria-Fátima e pelo seu Bispo no México. O sacerdote relata que a irmã Lúcia recebeu-o cheia de tristeza, magra e aflita, comunicando-lhe suas meditadas preocupações (publicadas em seguida em espanhol e inglês):

“Padre, a Senhora está muito triste porque não se deu atenção à sua mensagem de 1917. Nem os bons nem os ruins tomaram conhecimento. Os bons seguem o seu caminho sem preocupar-se com atender às indicações celestes; os ruins, marcham na estrada larga da perdição sem tomar nenhum conhecimento das ameaças de castigo. Creia, padre, o Senhor Deus muito em breve castigará o mundo. O castigo será material e o padre pode imaginar quantas almas cairão no inferno se não se rezar e fizer penitência. Esta é a causa da tristeza de Nossa Senhora.

“Padre, diga a todos o que a Senhora tantas vezes me disse: ‘Muitas nações desaparecerão da face da Terra. Nações sem Deus serão o flagelo escolhido por Deus para castigar a humanidade se vós, por meio da oração e dos santos Sacramentos, não obtiverdes a graça da conversão dessas nações. Diga, padre, que o demônio está travando a batalha decisiva contra a Senhora, e o que aflige o Coração Imaculado de Maria e de Jesus é a queda das almas religiosas e sacerdotais. O demônio sabe que religiosas e sacerdotes, descuidando de sua excelsa vocação, arrastam muitas almas para o inferno. Estamos ainda em tempo de evitar o castigo do Céu. Temos à nossa disposição meios muito eficazes: a oração e o sacrifício.

“O demônio faz de tudo para distrair-nos e tirar-nos o gosto pela oração. Porém, é preciso dizer às pessoas que não devem permanecer à espera de uma convocação à oração e penitência, nem de parte do papa, nem dos bispos, nem dos párocos, nem dos superiores gerais. Chegou o tempo de cada um, por sua própria iniciativa, realizar santas obras e reformar a sua vida segundo a convocação de Nossa Santíssima Mãe.

“O demônio quer se apossar das almas consagradas, trabalha para corrompê-las, para instigar muitos à impenitência final; serve-se de todas as astúcias, sugerindo até mesmo o aggiornamento da vida religiosa [introduzir o mundo na vida religiosa]. Resulta disso a esterilização da vida interior, o esfriamento nos leigos do espírito de renúncia aos prazeres e a total imolação a Deus. Lembre-se, padre, de que foram dois fatos que concorreram para santificar Jacinta e Francisco: a grande tristeza da Senhora, e a visão do inferno. A Senhora encontra-se como que entre duas espadas: de um lado vê a humanidade obstinada e indiferente às ameaças de castigos; de outro, vê a profanação dos santos Sacramentos e o desprezo dos avisos de castigo que se aproximam, permanecendo incrédulos, sensuais, materialistas. A Senhora não disse claramente que nos aproximamos dos últimos dias. Mas me deu a entender, repetindo isso três vezes: na primeira, que o demônio está para iniciar a luta decisiva, isto é, final, da qual sairemos vitoriosos ou vencidos, ou estamos com Deus ou estamos com o demônio. Na segunda vez me repetiu que os últimos remédios dados ao mundo são o Santo Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria. E últimos significa que não haverá outros. Na terceira vez, disse-me que esgotados os outros recursos desprezados pelos homens, oferece-nos com temor a última âncora de salvação: a Santíssima Virgem em pessoa, com suas numerosas aparições, suas lágrimas, as mensagens dos videntes espalhadas por toda parte do mundo. E a Senhora disse ainda que se não a ouvirmos e continuarmos na ofensa, não seremos mais perdoados, será como recusar aberta e conscientemente a salvação que nos é oferecida, e isto no Evangelho é chamado o pecado contra o Espírito Santo. Padre, é urgente que tomemos consciência da terrível realidade.

“Não se quer encher as almas de medo, mas é uma convocação urgente à realidade, porque desde que a Virgem Santíssima deu grande eficácia ao Rosário, não há problema material ou espiritual, nacional ou internacional, que não possa ser resolvido por ele e pelos nossos sacrifícios. Recitá-lo com amor e devoção, consolando Maria, enxugará tantas lágrimas de Maria Santíssima, de seu Imaculado Coração, nos salvaremos e obteremos a salvação de muitas almas.

“Na devoção ao Imaculado Coração de Maria, aproximaremos o trono da clemência, da serenidade e do perdão e encontraremos nele o seguro caminho para o Céu.

* Ver nota no fim do artigo.

Essa mensagem foi publicada e difundida pelo mundo com todas as garantias de autenticidade e com aprovação episcopal. Em seguida, porém, parece que foi distorcida em tom sensacionalista criando alarmes sobre eventos que teriam lugar em 1960.

Ai o bispado de Coimbra interveio com uma comunicação oficial que condenava a “campanha de profecias que chegam a provocar uma tempestade de ridículo”, com uma declaração de irmã Lúcia de ignorar castigos falsamente atribuídos a ela.

Referia-se à entrevista de padre Fuentes, mas, como muito bem nota o padre Alonso, que é o maior relator dos fatos de Fátima (obra em vários volumes, em edição póstuma), no seu livro Segredo de Fátima, fatos e lenda: “o que padre Fuentes diz no texto original de sua conferência no México corresponde, sem dúvida, à essência do que ele ouviu durante suas visitas à irmã Lúcia, pois embora no relatório os trechos tenham adornos oratórios e outros recursos literários, não dizem nada que a vidente já não tenha dito em seus numerosos escritos publicados. Talvez o defeito foi ter classificado de mensagem ao mundo o que ouviu.” É verdade que há distorções e abusos sobre muitas mensagens proféticas, isso ocorre até com a Bíblia, mas justifica que seja preterida a distinção entre o falso e o genuíno, condenando este como fez o bispo de Coimbra?

Padre Joaquim Alonso

Padre Joaquim Alonso

Entrevista adversa ao Vaticano de João 23, mas autêntica?

O que nos refere padre Fuentes é sem dúvida valioso; não há fantasias sobre os castigos como deve ter descrito a irmã Lúcia. E há também um segundo relatório em que o padre mexicano fala dos sofrimentos pessoais de Pio XII, que nos últimos meses de sua vida sofria com uma situação preocupante no mundo e na Igreja.

Sabia da demolição que aconteceria sob os novos «pontificados»?

De fato, o quadro religioso descrito nesse relato de 1957 em pouco tempo demonstrou ser apenas um esboço. Os católicos que testemunharam as transformações da Igreja depois de Pio XII viram a vida eclesial degenerar rápida e sinistramente. Abandonou-se a oração e a penitência como desprezou-se a doutrina e a virtude, e, embora os males do mundo dilatassem em turbilhão e invadissem o sagrado, ninguém mais convocava à defesa da fé. Se antes não se ouvira Fátima, depois se tentou deturpá-la. A tristeza de Maria Santíssima ficou esquecida. E aconteceu que, enquanto crescia a indiferença para com os sinais do Céu, aumentava a invocação de obediência e respeito para com os projetos e transformações efetuados na Terra. Nunca se convocou tanto à caridade e compreensão para com os erros de toda ordem. Só a fé para a salvação das almas era esquecida! E na segunda metade do século XX esse novo espírito passou a dominar.

O que falta demonstrar? Sobre as distorções, ambigüidades, hipocrisias e heresias da «nova igreja» e do culto do Vaticano 2, deveria bastar a vasta bibliografia do que foi publicado neste último meio século; das acusações de Mgr Lefebvre as de Dom Mayer, dos escritos de Gustavo Corção aos de Plínio Corrêa de Oliveira, do Padre Barbara ao Abbé de Nantes, do Padre Cornélio Fabro ao filósofo Romano Amerio.

À bibliografia do Prof. Tomás Tello sobre a revolução litúrgica que apenas publicamos, acrescente-se a minha às páginas 216-217 da «Eclisse del Pensiero Cattolico»(https://promariana.wordpress.com/livros/).

Enfim, pouco ou nada falta para descrever a devastação na «Vinha de Nosso Senhor» e nem mesmo sobre a censura do «Terceiro Segredo» por João 23 e a sua apropriação por João Paulo 2, tratando-se de falcatruas públicas e notórias.

Talvez ficasse por provar que a entrevista da Irmã Lúcia com o Padre Fuentes, que apareceu retratada por ela no jornal de Coimbra, fosse mesma autêntica. Pois bem, esta consta de meu livro de 1988, «Entre Fátima e Abismo», que foi entregue e lido pela Irmã segundo me confirmou sua sobrinha Maria do Fetal diante do P. Robert Bellwood e da Irmã Marie Lucie. Importa lembrar que, na companhia deste sacerdote, tive um encontro muito revelador em Fátima com o Padre Messias Coelho na Pensão Solar da Marta de Fátima quando este nos informou, de modo tão explicito como ingênuo, que o Vaticano havia enviado instruções à Irmã Lúcia e a alguns clérigos ligados ao apostolado de Fátima, como ele mesmo, o Padre Pierre Caillon, o Abbé de Nantes da CRC e o Rv. Nicholas Gruner e outros: a consagração da Rússia já havia sido realizada e que o Céu se dignara aceitá-la. Portanto não se devia mais importunar o Santo Padre! Estavam também presentes nessa ocasião o proprietário da pensão, Armando Mendes e o editor inglês Tindal-Robertson, editor da Apologia de Mons. Lefebvre, que ficaram felizes com as instruções vaticanas de 1988 sobre a consagração feita em 1984!

No caso do Padre Coelho há que lembrar que no seu livro, “O que falta para a conversão da Rússia” (Fundão, 1959), ele diz que ela “só pode entender-se, no sentido do retorno à fé católica, De resto, só esta é a verdadeira conversão” (p. 286).

Conclusão: a consciência da Irmã fora forçada, tanto para negar a «entrevista Fontes», que leu e não negou no meu livro, como para a consagração da Rússia, que negou até 1988 e depois parece ter aceitado junto com a abolição da centralidade crucial de 1960.

Mas o que os humanos podem negar, fica num Livro incancelável (Ap  9, 10) porque Nosso Senhor quer até o fim salvar quem procura Seus sinais inconfundíveis.

* Há diferenças nos textos por causa das traduções. Aqui publicamos o texto do livro enviado à Irmã Lúcia, que ela tacitamente reconheceu e aprovou.

O «BOM PAPA CONCILIAR» DA OPERAÇÃO ANTI-FÁTIMA!

O Vaticano 2 instaurou a doutrina modernista aberta ao iluminismo e ao pan-cristianismo.

Os «papas conciliares» têm revelado a sua fé desviada promovendo a inversão modernista.

Trata-se de doutrinas protestantizantes sempre condenadas pela Igreja; um desvio clerical poluidor das consciências desde tempos anteriores à auto-demolição conciliar.

A infiltração de clérigos desviados que podiam obter posições de autoridade na Igreja representava o maior perigo para a preservação da Fé.

Em vista desse «mistério de iniqüidade», que já aparecera no tempo de Lutero, o Papa Paulo IV promulgara a Bula «Cum ex apostolatus officio».

Esta Bula, confirmada pelo Papa São Pio V, evitara a eleição do prestigioso, mas desviado cardeal Morone.

Desde então não foi preciso recorrer a esta Lei para evitar «papas» de fé herética e portanto falsos.

Esta desgraça só ocorreu no nosso tempo com a eleição de modernistas, que pela sua obra demolidora da Igreja assim se revelaram.

Eis que a Bula «Cum ex», que é fonte do Direito canônico da Igreja, se tornou, apesar de esquecida, da maior oportunidade nos nossos tempos de apostasia.

De fato, ela se aplica inteiramente aos chamados «papas conciliares».

Estes são, pela clara posição herética assumida, os eleitos para as idéias do Vaticano 2.

Tal operação modernista foi reconhecida logo pelos católicos mais esclarecidos como um desastre sem precedentes para a Igreja.

Um sinal extraordinário fortalecia essa visão: estes eram contra a Profecia de Fátima e tentaram arquivá-la e depois desapropriá-la.

Entre os doutos previdentes temos o ilustre Bispo Dom Antônio de Castro Mayer que, junto com o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, houveram por bem iniciar um estudo sobre a hipótese teológica de um papa herege.

O trabalho foi confiado ao competente e meticuloso estudioso que é o amigo Dr. Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira. Foi o estudo com o título «Considerações sobre o Ordo Missae de Paulo VI».

As cópias mimeografadas foram distribuídas por todos os bispos do Brasil, além de ser enviada ao Vaticano de Paulo 6.

Seu primeiro capítulo era sobre a hipótese teológica de um papa herege.

Seguindo outra ordem, mas com o conteúdo essencialmente igual, o livro foi traduzido em francês e publicado na França pela «Diffusion de La Pensée Française» (1975).

A esta altura o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, havia entrado em contato com a TFP do Dr. Plínio, seguindo o  propósito de obter de algum modo a suspensão dessa edição.

Conseguiu o seu intento através de um mútuo compromisso.

Quando estive com o Autor em 2009, lembrei que isto deve ter sido para ele um choque porque tratando de uma questão absolutamente crucial para a Igreja naquele seu passo histórico, tudo ficou condicionado por conveniências do momento.

Era no mesmo sentido o meu protesto junto a Dom Mayer vinte e nove anos antes.

Porém, há que reconhecer que este, junto a outros, surtiu efeito então, porque o livro editado, mas conservado sem ser distribuído, conheceu a luz e passou a interessar na Europa e no mundo.

O tempo perdido foi de todo modo fatal e se leram comentários como tratando-se de «une bombe mouillé», isto é, com seu poder desarmado.

Tudo em prejuízo da questão crucial do papa herege que abala a Igreja.

Hoje, depois de tanto tempo perdido, voltamos ao assunto, que debatemos com o Autor.

Quatro anciãos de nosso lado que de há muito se ocupam dessa defesa hoje somam mais de 320 anos. O que o Inimigo não previu é que também os valorosos jovens católicos que seguem agora a questão compensariam esse número., e são grandes devotos de Fátima.

Como se enquadram os «papas conciliares» na Lei da Igreja

Pode parecer que esta lista se inicie com Paulo 6, que propôs e impôs os nefastos documentos do conciliábulo Vaticano 2 para uma nova doutrina e liturgia da Igreja.

Na verdade, tudo começou com João 23 que, embora tenha convocado esse «concílio», e hoje pode-se apurar que o fez para satisfazer forças hostis à Igreja, não deixou um rastro claro e concreto de sua filiação modernista e maçônica.

Esta conclusão é dada pelos seus sucessores que, em continuação declararam e demonstraram ter seguido a sua linha de «aggiornamento» da Igreja, que é modernista. São seus sucessores que podem prová-lo, e com satisfação. Por exemplo, as heresias do documento «Dignitatis humanae» (DH) procedem diretamente da encíclica «Pacem in terris» de João 23, aplaudida pelas forças liberais e comunistas e repetidamente citada na DH .

Para os católicos é esta linha contínua de desvios heréticos que comprovam a acusação.
Quanto a Roncalli já em Veneza e Fátima antecipava o plano do Vaticano II

Lapide de Roncalli, João XXIII, em Veneza
Os seus pontos princípios – “Cerco in ogni cosa di sviluppare più ciò che unisce, che ciò che divide” (procuro em tudo desenvolver mais o aquilo que une, do que aquilo que divide).

Ora, Quem divide é justamente Nosso Senhor Jesus Cristo na Santíssima Trindade.

A idéia pode estar certa em outros campos, não na religião, onde reflete indiferença.

E os «peccati della Chiesa»? Com a desculpa “dos pecados da Igreja” e outras tantas, não fez mais que desacreditar a Igreja de sempre e in extremis, o próprio Jesus Cristo, em favor da «bondade e compreensão» da igreja do presente e de seus «humilíssimos» e «boníssimos» pastores!

Quanto à «honra devida à Mãe de Deus», esta deve revestir-se de muita prudência!

Roncalli recusou-se de assinar a petição para a instituição da nova festa da Realeza de Maria, que precede de seis meses a encíclica de Pio XII Ad Coeli Reginam, para a festa e a consagração de 31 de maio. A sua idéia ecumenista vai em todas as direções, menos na mariana, porque no fundo todos seriam cristãos; anônimos, mesmo sem saber ou querer.

A aversão pela Mensagem de Nossa Senhora de Fátima

Já como patriarca de Veneza, Roncalli havia demonstrado a idéia de alinhar esta mensagem a uma nova pentecoste conciliar, revelando a sua aversão ao Segredo da Mãe de Deus. De fato, indo à Fátima, em 13.5.1956, diante de meio milhão de fiéis, pronunciou naquela ocasião a homilia em que diz:

“precorritore di una nuova Pentecoste del cui celeste effluvio cominciamo ora a misurare tutta la portata e le misteriose ricchezze”.(Precursora de uma nova Pentecostes de cujo fluxo começamos já agora a medir em todo seu alcance e misteriosas riquezas). Descreveu então as aparições, mas liquidando com poucas palavras aquelas do Segredo e do Inferno:  

“Per il 13 luglio qualche incertezza. Ma Giacinta dice chiaramente risolvendo ogni dubbio: «No, il demonio non può essere; il demonio è tanto brutto e sta sottoterra». (Scritti e Discorsi del Patriarca di Venezia, Paoline, 1959, V.2, pp. 423, 425). [Para o 13 de julho algumas incertezas… Mas Jacinta diz claramente resolvendo qualquer dúvida: «Não, o demônio não pode ser, o demônio é tão feio e está debaixo da terra»(!!)]

Johannes XXIII

A razão porque um clérigo tão ladino como Roncalli decidiu opor-se ao Segredo de Fátima, mesmo enfrentando uma grande impopularidade, estava na sua aversão às profecias de desgraças (profezia di sventura), que contrastavam com os seus planos de conciliação com o mundo moderno e a inauguração de uma «nova ordem»(nuovo ordine mondiale religioso). Mais tarde não só vai censurar o Segredo, mas também a entrevista (dezembro de 1957) da Vidente Lúcia com o Padre Fuentes. A dedução que tenha sido ele a impor uma retratação à irmã Lúcia através do Bispo de Coimbra apóia-se também nas palavras registradas pelo novo embaixador de Portugal junto ao Vaticano, Antonio de Farias em 1961:

O Pontífice “me falou de Fátima aludindo à conveniência de não tentar fazer a irmã dizer mais que ela tinha condições de afirmar (a propósito da conversão da Rússia e a menção do ano de 1960), matéria muito delicada que exige toda prudência” (História, Lisboa, outubro de 2000, p.25).

Vista a obra ecumenista de Roncalli no Oriente Dom Lambert Beauduin havia pronunciado, em 1958, uma frase muito significativa: “Se elegerem Roncalli papa tudo estará salvo, ele será capaz de convocar um concílio e consagrar o ecumenismo… temos nossa chance; os Cardeais, em sua maior parte, não sabem o que devem fazer. São capazes de votar por ele”(Sodalitium, n. 28, p. 20). De fato, Roncalli que se tornou João 23 dirá: “O método de Dom Beauduin é o bom”. E passou a promover o plano ecumenista que implica a paridade das igrejas, citando inclusive publicamente a revista Irénikon de Dom Beauduin.

Ninguém ter-se-ia apercebido desta devastadora infiltração maçônica na Igreja?

Infelizmente não houve denúncias públicas a propósito, mas a questão era conhecida.

O testemunha uma carta de ninguém menos que o influente cardeal Tisserant a um padre professor de Direito canônico; o Cardeal declara ilegítima a eleição de Roncalli, que, segundo diz, foi querida e preparada por forças estranhas ao Espírito Santo (cf. ‘Vita’, 18.9.77, NRon, p. 57)”. É certo, porém, que um modernista é reconhecível publicamente pelas suas palavras e obras, e isto se tornou evidente no governo de João 23, que era notoriamente modernista e filo-mação antes da eleição.

Isto tornava sua eleição nula, conforme a Bula do papa Paulo IV.

Os planos do Cônego Roca se cumprem!

“Tudo isto se completa no importante livro do maçon Yves Marsaudon: L’Oecuménisme vu par un Franc-Maçon de Tradition, que ele dedicou, em termos ditirâmbicos, a João XXIII, “que deverá servir para construção de uma ponte entre a Igreja e a Maçonaria” [porque:] “A destruição da Igreja não é mais nosso objetivo, mas se procura servir-se dela, penetrando-a.“. “Com João XXIII demos o primeiro passo. De todo coração auguramos que a revolução de João XXIII continue… A Igreja dogmática deve desaparecer ou conformar-se… o sacerdote não é mais um ser particular…; ele tende progressivamente a fundir-se com a sociedade moderna (Arcivesc. Rudolf Graber, Athanasius, p. 46)”.

Eis então Roncalli, papabile segundo o plano das Lojas! E portanto não papabile segundo a Fé da Igreja.

Nossa Senhora vigia para por fim vencer todas as heresias conciliares e para que seus filhos conheçam o triunfo do seu Imaculado Coração junto ao Sagrado Coração de Jesus!

A SEDE OCUPADA MINISTRA ENGANOS TERMINAIS

Ratzinger

Assim como a Verdade é uma na íntegra e pura Palavra de Jesus Cristo, difundida e confirmada pela Sede que a representa com a única autoridade divina, o engano final é o seu contrário; serve-se de palavras impuras que confundem a unidade e a integridade da verdade e seu sumo artifício (II Ts 2, 10) é ministrar graves enganos como se fosse a voz do Vigário de Deus em terra, ocupando a Sede da Verdade.

Pode-se demonstrar que há enganos finais ministrados pela atual Sede romana, melhor denominada, depois do sinistro Vaticano 2, «Igreja conciliar»?

Muitos doutos autores têm tratado desse fato e há mais de meio século, mas o problema é que sendo ocupada a sede no atual Vaticano, esta dispõe de poder para condicionar a fé de muitos milhões de católicos, que hoje são mais fiéis à essa Sede que à Fé para a qual ela existe. E isto, esquecendo até as palavras do Salvador para os tempos finais:

“Cuidai que ninguém vos engane Porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Eu sou o Messias”. E enganarão muita gente” (Mt 24, 5)… Sereis odiados por todas as nações por causa do meu Nome.  Muitos ficarão escandalizados, mutuamente se hão-de trair e odiar. Surgirão muitos falsos profetas que enganarão muita gente. A maldade espalhar-se-á tanto, que o amor de muitos se resfriará. Mas, quem perseverar até ao fim, será salvo. Quando esta Boa Nova sobre o Reino será anunciada pelo mundo inteiro, como testemunho para todas as nações, então chegará o fim. Quando virdes a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, estabelecida no lugar onde não deveria estar, – que o leitor entenda! …  (ib. 9-15). 21 Pois nessa hora haverá uma grande tribulação, como nunca houve igual. Se esses dias não fossem abreviados, ninguém conseguiria salvar-se. Mas esses dias serão abreviados por causa dos eleitos. Se alguém vos disser: “Aqui está o Cristo”, ou: “Ele está ali”, não acrediteis. Porque vão aparecer falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes sinais e prodígios, a ponto de enganar até mesmo os eleitos, se fosse possível. Estou a dizer-vos isto antes que aconteça (ib. 21-25).

Os enganos ministrados pelos falsos Cristos são muitos e contínuos. Aqui vamos nos referir ao da falsa fé, que não é uma, nem íntegra, mas ecumenista e anticristã.

No caso, bastará comparar o que ensina a Igreja conciliar com o ensinado pelos Papas católicos para identificá-los.

O adversário de Deus e dos homens, o Anticristo é aquele que tenta dividir o Verbo.

E como isto não é mais possível quanto a Jesus, nos tempos modernos se pretende cindir em muitas partes a Sua única Doutrina, como o fizeram e fazem os Protestantes.

«Porque são muitos os sedutores levantados no mundo que não reconhecem Jesus como Cristo encarnado. Eles são o Sedutor, o Anticristo… Todo o que se aparta e não permanece na doutrina de Cristo não possui a Deus. Aquele que permanece nela é o que tem o Pai e o Filho. Se alguém vem a vós, e não traz esta doutrina, não o recebais, nem o saudeis, pois quem o saúda participa nas suas obras más» (II Jo, 7-11).

Todo o Católico que professa a única Doutrina transmitida por Jesus aos Apóstolos, sabe que dela se apartam as doutrinas do Vaticano 2, que nisto agradam aos hereges e aos cismáticos de todo tipo. A má obra se confirma na nova liturgia protestantizante.

No entanto o engano se multiplica do modo mais sedutor porque ministrado por quem se apresenta em veste de Vigário de Cristo e continuador dos Apóstolos e Papas.

O embuste ecumenista de Bento 16

Vários autores já observaram como Bento 16 repetidamente distorce ensinamentos da Igreja, apresentando suas novidades sob uma luz progressista para difundir as doutrinas do Vaticano. Para isto ele chega a reinterpretar os ensinamentos tradicionais que são anti-modernistas, por exemplo do Papa São Pio X, tentando apresentá-lo como se fosse favorável à atual operação ecumenista. Aqui vamos ver essa tramóia apresentada por Bento 16 como se estivesse em continuidade com o que São Pio X iniciou em 1908.

Isto ocorreu recentemente como introdução na abertura da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que vai de18 a25 de janeiro. A mesma idéia foi repetida por ocasião da reunião inter-religiosa de Assis em outubro de 2011, quando, ao lado de hereges, cismáticos e até de idólatras, afirmou que o conceito ecumenista da semana de oração pela unidade dos cristãos foi iniciado em 1908 por Paul Wattson, um ministro episcopal de Maryland que se tornou católico e foi ordenado padre. Essa iniciativa, diz Bento 16 (19.01.2012), foi apoiada por São Pio X. Omitia assim que quando a Oitava pela unidade da Igreja foi sancionada na Inglaterra pelo Papa São Pio X, Wattson, após a sua conversão, reviu o objetivo da semana de oração: incentivar a conversão dos anglicanos à fé católica, testemunhando que a verdadeira unidade só pode existir sob a Cátedra de Pedro. E tais eram reuniões apenas para católicos, ao contrário dos encontros de lavra conciliar, quando se reza e opera na indiferença de qualquer credo religioso.

Aqui convêm lembrar qual era o objetivo da «Confraternity of Ss. Peter & Paul», estabelecido na sua «Constituição»:

“fazer reparação pelos pecados do modernismo, em particular por aqueles que corromperam as nossas igrejas e a santa liturgia e orar para a volta de nossos irmãos apartados pelo modernismo e outros erros à plena comunhão com a Igreja Católica” (to make reparation for the sins of modernism, particularly for those which have defiled our churches and holy liturgy, and to pray for the return of our brethren separated by modernism and other errors to full communion with the Catholic Church).

Assim, no artigo 5.6 das Constituições da Confraria, é afirmado que “Além da recitação do Ofício Divino, a Confraria recomenda a seus membros recitar as devoções do «Oitavário para a Cátedra da Unidade», que se estende desde a festa da Cátedra de São Pedro em Roma (18 de janeiro) até a Festa da Conversão de São Paulo (25 de janeiro), cujo objetivo principal é o retorno à verdadeira Igreja de seus irmãos separados pela heresia do modernismo

(Thus in Article 5.6 of the Constitutions of the Confraternity, it is stated that “In addition to the recitation of the Divine Office, the Confraternity recommends that its members recite the devotions for the Chair of Unity Octave, which extends from the Feast of the Chair of St. Peter at Rome (January 18) until the Feast of the Conversion of St. Paul (January 25…  The chief aim of the Confraternity’s prayers in this regard is the return to the true Church of its brethren separated by the heresy of modernism.“)

O relativismo maléfico de Ratzinger abrange até seu oposto!

O novo método conciliar consiste em interpretar a Tradição à luz do Luterano 2. Assim, podem interpretar e justificar a abominação ecumenista à luz até dos documentos anti-modernistas e anti-ecumenistas de papas como São Pio X e Pio XI!

Hoje Bento 16 aplica esse  método tranquilamente, como veremos em seguida, porque preside uma «igreja» onde conta mais o que diz alguém vestido de papa do que dois mil anos de lutas, martírios e públicas profissões de Fé de Padres e Santos fiéis à única Palavra de Jesus Cristo. Infeliz «nova fidelidade obediente» que saúda reverente os contrafatores da Fé; «saudar» da Epístola de São João significa desejar bom êxito, que no caso se aplica à obra de corrupção doutrinal!

Assim Bento 16 numa recente audiência no salão de Paulo 6, onde há uma estátua que parece Netuno, referiu-se à abertura da «Semana de oração para a unidade cristã», que se inicia dia 18 e vai até o 25 de Janeiro. Lembrou então a iniciativa de 1908 do pastor Paul Wattson, convertido em seguida à Igreja, onde foi ordenado padre, foi apoiada pelo Papa São Pio X e depois por Bento XV. O fez, evitando qualquer alusão à conversão desse Padre à única doutrina de Jesus Cristo, que é Católica, que fundava a inequívoca intenção de todos os Papas. Tanto assim que já em 1857 o Cardeal Manning proibia na Inglaterra que católicos participassem dessas orações para a «unidade» que ignoravam a necessidade de conversão à verdadeira Igreja para salvar-se. 

Pope Attends The Day Of Reflection, Dialogue And Prayer In Assisi

Como se viu a iniciativa do Padre Wattson sob São Pio X, para não deixar dúvidas sobre a necessidade de conversão à Igreja de Cristo, reforçou esse testemunho com a unidade à «Cátedra de Pedro» (Chair of Unity Octave)«Oitavário para a Cátedra da Unidade», que foi confirmada sob Bento XV (1916), quando se estendeu a intenção para a Unidade a toda a Igreja, mas claramente sem a atual nota ecumenista.

Esta alteração só em 1930 foi adicionada abusivamente a esse evento pelo padre Paul Couturier de Lyon, discípulo de Teilhard de Chardin (e tido pelo card. Kasper o pai do spiritualismo ecumenista), que tomou a liberdade de convidar católicos, cismáticos e protestantes para rezarem juntos pela unidade na “Oração Universal pela Unidade dos Cristãos”, oração comum que sempre foi proibida pela Igreja por ignorar a unidade existente numa só Fé.

Justamente devido ao tipo de abuso desse padre, como foi o de dom Beaudouin, amigo de monsenhor Roncalli, depois João 23, o Papa Pio XI publicou a Encíclica «Mortalium animos», inteiramente contradita pelo falso ecumenismo dos «papas conciliares».

Que seja um padre ecumenista a mudar o nome dessa «Semana de oração» pela unidade da Igreja em «unidade dos Cristãos» é lamentável para a sua alma: mas que seja alguém vestido de papa a aprová-lo passa a ser uma desoladora contradição.

Foi o que propiciou o Vaticano 2 e seus «papas»: a unidade de uma igreja que dispensa a autoridade única do Vigário de Cristo, admitida em nome do mesmo «Papa»!

A «Montalium animos» condena a «Igreja conciliar»!

A única possível unidade no pensamento cristão do qual Jesus Cristo é a direção, a verdade e a vida, na Ordem de Deus Pai, está na Fé que pode guiar para o Bem eterno. As confusões terrenas tem origem na direção de crer como se pensa e pensar de acordo com a necessidade dos tempos. É a maléfica perversão que as filosofias iluministas e ateias, abraçadas pelo modernismo introduziram na religiosidade humana para formar uma nova religião “mais universal”.

O que pode haver de mais relativista que a operação ecumenista conciliar que busca a concórdia de todas as religiões, come se fossem todas inspiradas por Deus?

Deste modo Deus teria revelado uma verdade relativa a cada uma; diversas verdades que seriam mais ou menos reconciliáveis segundo os falsos pastores que procuram unir os homens, descartando o que os divide (veja-se Deus Pai, Filho e Espírito Santo)!

Essa operação tem por base o documento do Vaticano II: “Unitatis redintegratio” (Ur), que demonstrou, pelos seus efeitos, ser uma real “Unitatis desintegratio”, que só poderia vir do Diabolis, príncipe de divisão e danação no mundo! De fato, Pio XI ensina (Ma):

“É manifestamente claro, que a Santa Sé não pode de modo algum participar dessas assembléias (do pancristianismo ecumenista) que, aos católicos, de nenhum modo é lícito aprovar ou contribuir para tais iniciativas: se o fizerem concederão autoridade a uma falsa religião cristã, sobremaneira alheia à única Igreja de Cristo”.

O que não é lícito a nenhum católico poderia ser lícito aos prelados conciliares?

Todo o magistério papal ilustra a unidade da Igreja como comunhão na mesma Fé e nos mesmos Sacramentos e na submissão ao seu Chefe N. S. Jesus Cristo. Ao contrário, este “decreto sobre o ecumenismo” do V2 fala de uma “fé parcial” que tende à integridade assim como à unidade imperfeita da Igreja tenderia à plenitude. Ensina no seu conjunto heresias sobre a Igreja, que se revelam em modo especial nos seguintes particulares:

UR 3a) “Aqueles que crêem em Cristo em tais comunidades (separadas da Igreja católica) e foram devidamente batizados, estão numa certa comunhão, embora imperfeita com a Igreja católica”;… justificados pela fé recebida com o Batismo, são incorporados a Cristo, e, por isto, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor”.

Palavras capciosas, suspeitas de heresia que favorecem a heresia sobre a natureza da comunhão sobrenatural estabelecida na Fé; enquanto atribui aos “cristãos separados da Igreja católica” o que não se pode dizer senão de quem, de resto conhecido somente por Deus, têm pelo menos a virtude da fé sobrenatural e estão unidos à Igreja católica.

Com essa doutrina ecumenista se quer cancelar a necessidade de conversão à única verdadeira doutrina da Fé para a salvação, confiada por Deus à Igreja Católica

Conclusão – A “iniciativa e ação ecumênica” do V2, divergindo do Magistério papal, é adversa à Fé católica sempre professada e assim, os encontros pancristãos-ecumenistas, claramente condenado por Pio XI na Mortalium ânimos. Estes, abertamente invocados por João Paulo 2 e agora por Bento 16, para a preparação de uma paz maçônica em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, corrompem a Fé com um cristianismo aggiornato.

Trata-se da oposição entre Cristandade e Revolução percebida pela consciência católica como a oposição entre o bem e o mal. Ora, a este ponto da história, acrescenta-se à agonia do espírito humano este metafísico engano terminal: um sistema para acomodar as partes, para gerir os opostos, e realizar o que Jesus teria falhado no Calvário!

Ratzinger afirma: “O ecumenismo não é um opcional para os católicos”, mas é “a responsabilidade de toda a Igreja e de todos os cristãos batizados.”

Os Cristãos, disse ele, devem fazer da oração pela unidade “parte integrante” de sua vida de oração, “especialmente quando as pessoas a partir de diferentes tradições se unem para trabalhar para a vitória em Cristo sobre o pecado, a injustiça, o mal e a violação da dignidade humana”. Tudo sem conversão à Fé que Jesus confiou à Sua única Igreja católica, para ser confirmada pelo Seu Vigário. Ratzinger des-confirma a Fé, que é a verdadeira “vitória em Cristo sobre o pecado, a injustiça e o mal” que degradam a dignidade humana, a favor de questões sociais e direitos humanos de lavra iluminista!

Eis o êxito final da idéia que o homem imperfeito possa realizar o acordo perfeito, desculpando-se pelo que fizeram e creram seus antepassados. É justamente a «filosofia idealista» de Ratzinger, de obscura escola kantiana ou hegeliana: outro anticristo no Vaticano (Mgr Lefebvre); testemunho deveras crucial!

Hoje temos então um papa-anticristo que os católicos deveriam honrar porque, segundo alguns, eleito num conclave canônico, portanto «absoluto»! É o obscuro “conclavismo” formado na densa fumaça do inferno que penetrou no Lugar santo!

Nosso bom leitor Leonardo pergunta no espírito de São Luís Maria em seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria” e no lema de “esperar quando tudo é contra a esperança”: – Para termos de volta o verdadeiro Papa, pai e tutor da nossa fé, será que Deus apenas o devolverá quando houver uma fé que, como a Virgem Maria, e querendo morrer por Deus e para que as almas não morram, queira conceber de volta na Igreja o Pedro da Fé “que confirma os irmãos”, mesmo que outra Roma esteja avassaladoramente no poder temporal e espiritual?

Visto que o percurso histórico da Igreja demonstra ser à imagem e semelhança da Paixão de Nosso Senhor, seus filhos devem procurar estar presentes ao pé da Cruz como Maria Santíssima e João, no martírio de ver, para morrer com Jesus.

Seguirá a gloriosa Ressurreição.

Liberdade Religiosa do Vaticano II – Resposta ao Padre Paulo Ricardo. Parte 2 de 2

A igreja de Deus e seus consagrados, só podem proclamar a liberdade da Religião verdadeira.
«Liberdade religiosa» de qualquer crença é o engano ecumenista letal que o mundo proclama para liquidar a «Una, Santa, Católica e Apostólica» Igreja, que Deus instituiu para remir os homens e fora da qual não há salvação.

Liberdade Religiosa do Vaticano II – Resposta ao Padre Paulo Ricardo. Parte 1 de 2

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Sedevacantismo Portugal.