Será que os tradicionalistas/sedevacantistas são cismáticos?

Algumas pessoas da igreja conciliar acusam-nos de sermos pelo menos cismáticos, se não hereges. Vamos analisar essa alegação.
É óbvio para muitos que a religião conciliar e o catolicismo pré-Vaticano não são exactamente a mesma coisa. A igreja pós-conciliar tem ritos sacramentais diferentes que, de acordo com a Teologia Sacramental pré-Vaticano Secundo, são ao menos duvidosos, se não totalmente inválidos.

Os dois sacramentos menos afectados são o Baptismo e o Matrimónio. As mais afectadas são as Ordens, onde há poucas dúvidas de que sejam inválidas. Porquê? Porque o as novas fórmulas sacramentais não preservaram o significado das antigas, portanto o novo ‘sacramento’ não significa a graça que deveria transmitir.

Além disso, a doutrina pós-conciliar está em contradição com a pré-conciliar: muitas coisas condenadas são agora obrigatórias. Por exemplo, a nova igreja ensina o ecumenismo e a liberdade religiosa. Ambos foram condenados antes, e essas condenações são irrevogáveis. A evolução do dogma também era condenada, mas a nova igreja ensina-o. Sem falar no novo catecismo, no novo Direito Canónico, na nova Bíblia (Neo Vulgata), etc. Poderíamos objectar que a Igreja já mudou antes e isso é a verdade. Mas não houve mudanças substanciais antes do conciliábulo. No entanto, as mudanças atuais são substanciais. Não seria isto uma mudança de paradigma? Portanto, é a nova igreja que claramente rompeu com o passado. Os tradicionalistas/sedevacatistas mantiveram a velha doutrina e os ritos sacramentais. Portanto, é preciso fazer a pergunta retórica: qual é a igreja que se desviou do antigo caminho?

Será que os mártires das catacumbas morreram pelo ecumenismo? Ou os cruzados lutaram pela igualdade das religiões? Ou a Santa Inquisição respeitou outras religiões?

Os santos da Igreja primitiva concordariam com as minhas conclusões. Veja, por exemplo, a carta de Santo Atanásio ao seu rebanho:

“Que Deus vos console!… O que vos entristece… é o facto de outros terem ocupado as igrejas pela violência, enquanto durante este tempo vocês estão de fora. Eles podem ocupar as nossas igrejas, mas estão fora da verdadeira Fé. Vocês permanecem fora dos locais de culto, mas a Fé habita dentro de vocês. Consideremos: o que é mais importante, o lugar ou a Fé? A verdadeira Fé, obviamente. Quem perdeu e quem ganhou na luta… aquele que mantém as instalações ou aquele que mantém a Fé? É verdade que as instalações são boas quando a Fé Apostólica é aí pregada; elas são santas se tudo lá acontecer de uma forma sagrada…”

A carta de São Basílio diz:
“As coisas chegaram a este ponto: as pessoas deixaram suas casas de oração e se reuniram nos desertos, uma visão lamentável; mulheres e crianças, velhos e homens enfermos, vivendo miseravelmente ao ar livre, em meio às mais abundantes chuvas e tempestades de neve, ventos e geadas de inverno; e novamente no verão, sob um sol escaldante. A isso eles se submetem, porque não terão parte do nefasto fermento ariano. E: “Apenas uma ofensa é agora punida vigorosamente – uma observância precisa das tradições de nossos pais. Por esta causa, os piedosos são expulsos de seus países e transportados para os desertos.”

Are Traditionalists/sedevacantists in Schism?

Some people from the conciliar church accuse us of being schismatics, if not heretics. Let’s investigate the merits of this claim.
It is obvious to some that the conciliar religion and pre-Vatican Two Catholicism are not exactly the same. The post-conciliar church has different sacramental rites that, according to the pre-Vatican Two Sacramental Theology are at least doubtful, if not outright invalid.
The two sacraments that are the least affected are Baptism and Matrimony. The most affected ones are Holy Orders, where there’s very little doubt that they are invalid. Why? Because the
new sacramental formulae didn’t preserve the meaning of the old ones, thus the new ‘sacrament’ doesn’t signify the grace it is purported to transmit.
Besides, post-conciliar doctrine is in contradiction with the pre-conciliar: many condemned things are now mandatory. For example, the new church teaches ecumenism and religious freedom. Both were condemned before, and these condemnations are irrevocable. The evolution of dogma is also condemned, yet the new church teaches it. Not to mention the new catechism, the new Canon Law, the new Bible (Neo Vulgata), etc. One might object that the Church has changed before and this is true. But there were no substantial changes before the robber council. Yet these are substantial changes. So it is the new church that has clearly broken with the past. Traditionalists/sedevacatists have stuck with the old doctrine and sacramental usage. So one must ask the rhetorical question: which is the church that has deviated from the old ways? Isn’t this a paradigm shift?

Did the martyrs of the catacombs die for ecumenism? Did the crusaders fight for the equality of religions? Did the Holy Inquisition respect other faiths?
The saints of the early Church would agree with my conclusions. See, for example, the letter of St. Athanasius to his flock:

“May God console you! … What saddens you … is the fact that others have occupied the churches by violence, while during this time you are on the outside. It is a fact that they have the premises … but you have the Apostolic Faith. They can occupy our churches, but they are outside the true Faith. You remain outside the places of worship, but the Faith dwells within you. Let us consider: what is more important, the place or the Faith? The true Faith, obviously. Who has lost and who has won in the struggle … the one who keeps the premises or the one who keeps the Faith? True, the premises are good when the Apostolic Faith is preached there; they are holy if everything takes place there in a holy way …”

The letter of Saint Basil says:
“Matters have come to this pass: the people have left their houses of prayer, and assembled in the deserts, a pitiable sight; women and children, old men, and men otherwise infirm, wretchedly faring in the open air, amid most profuse rains and snowstorms and winds and frosts of winter; and again in summer under a scorching sun. To this they submit, because they will have no part of the wicked Arian leaven.” And: “Only one offense is now vigorously punished an accurate observance of our fathers’ traditions. For this cause the pious are driven from their countries and transported into deserts.”