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A VIRTUDE SOBRENATURAL E O VÍCIO ANTI-NATURAL

Duas IgrejasAlberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

A IGREJA CONCILIAR ENCONTRA-SE INFINITAMENTE DISTANTE DA RECTA CONCEPÇÃO DE DEUS, QUER NA ORDEM NATURAL, QUER NA ORDEM SOBRENATURAL.

“Sede santos, porque Eu, o vosso Deus, sou santo”- diz o Levítico (19, 2).

E a Abraão Deus diz: “Eu Sou o Senhor teu Deus, caminha na Minha presença e sê perfeito” (Gn 17,1).

A essência Metafísica de Deus denomina-se Asseidade (de Ens a se) e significa que Deus tem o ser, necessàriamente, por Si mesmo; possui em Si mesmo a razão da sua existência. Tal constitui o fundamento Metafísico da infinitude de toda a Sua realidade, bem como de todos os Seus atributos. A Sua santidade é infinita, pois que Deus é o Seu próprio Ser. A criatura, por mais perfeita que seja, nunca é o seu próprio ser.

Em Deus, Verdade Infinita, a NORMA do Ser é ELE mesmo. Na criatura a NORMA do Ser não é ela mesma criatura, porque é contingente.

Por isso a criatura, enquanto criatura, não pode ser impecável.

Os Anjos, dada a sua constituição ontológica, na ordem natural, são impecáveis. Só puderam pecar porque foram elevados à ordem sobrenatural.

No Céu os Anjos e Santos são impecáveis, tanto fìsicamente quanto moralmente, PORQUE ASSIM SÃO SUSTENTADOS POR DEUS, CONTEMPLADO FACE A FACE. A Bem-Aventurada sempre Virgem Maria, embora na sua vida terrena não possuísse a visão beatífica, foi de tal modo cumulada de Graças naturais e sobrenaturais, que possuía uma impecabilidade de Direito, embora proporcionada com a sua condição de criatura em estado de via; era uma impecabilidade acidental, essencialmente diferente da impecabilidade substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A impecabilidade acidental possui, necessàriamente, o seu fundamento sobrenatural em Deus. Tudo o que a criatura é e possui, no plano natural e no plano sobrenatural, encontra em Deus o seu “esse” e a sua essência.

O mérito é REAL na criatura, mas TODO o seu fundamento metafísico e teológico está em Deus. Esta tese, constitutiva do mistério da Predestinação, representou uma das maiores conquistas do pensamento Tomista.

A IGREJA CONCILIAR ENCONTRA-SE INFINITAMENTE DISTANTE DA RECTA CONCEPÇÃO DE DEUS, QUER NA ORDEM NATURAL, QUER NA ORDEM SOBRENATURAL.

Ao pretender queimar etapas, nestes últimos cinquenta anos, a ex-Igreja Católica desceu mais baixo, intelectual e moralmente, do que qualquer heresiarca, e mesmo do que qualquer inimigo externo da Santa Madre Igreja, o fizera nos séculos passados.

Os Santos constituem as obras primas da Graça Divina; quanto mais o organismo sobrenatural duma alma se robustece e acrisola mais fácil se torna o integral cumprimento da Lei Divina.

É um grande erro pretender que a santidade é tanto maior quanto mais violentas são as tentações que sofremos e maior a dificuldade para obedecer aos Mandamentos. É PRECISAMENTE O CONTRÁRIO: quanto mais perfeito e nobre é o organismo sobrenatural (Fé, Esperança e Caridade; Graça Santificante; Dons do Espírito Santo, Virtudes Cardeais e Morais) MAIS AS ZONAS ONTOLÒGICAMENTE MAIS LONGE DO ESPÍRITO SE SUBORDINAM E INTEGRAM PLENAMENTE NESSE MESMO ESPÍRITO.

Em Nossa Senhora a isenção do pecado original e a super-abundância  de Graças era tal que o cumprimento da Lei Divina constítuia n’Ela um inefável gozo espiritual, sobrenatural (denominado em Teologia: Frutos do Espírito Santo).

Evidentemente que no que concerne às obras exteriores que implicam dificuldade, agressão e sofrimento  de inflicção extrínseca, será moralmente mais qualificada a obra que, com igualdade de Caridade sobrenatural, for objectivamente mais penosa.

A Caridade sobrenatural e a Graça Santificante constituem a medida suprema da Virtude. A diferença reside em que a Caridade constitui, ontològicamente, um acidente sobrenatural que ornamenta e adere à faculdade natural da vontade, elevando-a e estabilizando-a no amor sobrenatural a Deus, sobre todas as coisas (Caridade Perfeita ) e ao próximo por amor de Deus; a Graça Santificante constitui, ontològicamente, um acidente sobrenatural que ornamenta e adere à essência mesma da alma, iluminando-a e ilustrando-a com a Imagem viva da Divindade, espelho de infinita beleza, no qual Deus Uno e Trino se contempla.

É pela sacrossanta Caridade que os Santos, mesmo neste mundo, tudo integram na suprema adoração de Deus. Tudo o que é, em sentido metafísico, já que o mal não é ser mas privação de ser, tudo o que é, por mais humilde que seja na sua verdade material, pode e deve ser contemplado COM UMA INTENÇÃO FORMALMENTE SOBRENATURAL, MEDIDA OBJECTIVAMENTE PELA GRAÇA SANTIFICANTE, A QUAL SE DESENVOLVE RIGOROSAMENTE A PAR DA CARIDADE. E isto é tanto mais verdade quanto o Dom da Sapiência nutre a nossa alma com UM PRINCÍPIO ABSOLUTAMENTE SUPREMO DE VERDADE E FECUNDIDADE SOBRENATURAL, O MAIS RICO E INEFÁVEL QUE PODEMOS POSSUIR, O QUAL ENOBRECE E INTENSIFICA SOBRETUDO A VIRTUDE TEOLOGAL DA CARIDADE.

Os Dons do Espírito Santo consistem em acções de Deus beneficiando sobrenatural e directamente a nossa inteligência e a nossa vontade. Nas virtudes Teologais e Morais somos nós que, com o auxílio da Graça, exercitamos as nossas faculdades; nos Dons do Espírito Santo é Deus que age em nós, sem nós; a nossa alma constitui a sede desses Dons, não o seu princípio. Sobretudo o Sacramento da Confirmação faculta-nos Hábitos receptivos, para melhor acolhermos os Dons do Espírito Santo.

Por isso os Dons relevam dum princípio sobrenatural da mais excelsa magnitude.

Das asserções produzidas é fácil inferir que o extremo formal duma virtude moral quase nunca coincide com o seu extremo material. É que o primeiro é medido, essencialmente, pelo objecto próprio substancial dessa virtude informado pela Caridade sobrenatural; e o segundo é determinado por uma materialidade não comensurável com o primeiro.

Por exemplo: Todos os principiantes nas coisas espirituais têm tendência a considerar que quanto mais jejuarem, mais se disciplinarem, mais se despojarem – mais santos serão. São Bernardo de Claraval e São Francisco de Assis caíram nesse grande erro, sendo o último depois moderado pelo Cardeal Hugolino, que veio a ser o Papa Gregório IX.

As grandes controvérsias que perturbaram o princípio do século XIV, revoltando contra a Santa Sé Franciscanos, chamados espirituais, que clamavam por uma, não pobreza, mas miséria absoluta, como constitutiva da maior santidade, consubstanciam esta grave miséria moral; foram estes chamados espirituais severamente repreendidos pelo Papa João XXII, o qual se agigantou com o argumento teológico infalível, já referido: É a Caridade que mede a virtude, informando sobrenaturalmente e hierarquizando a substancialidade das nossas acções. Evidentemente que não é qualquer forma intencional sobrenatural que pode informar qualquer matéria, como pretendia Pedro Abelardo, e como pretendem hoje os defensores da chamada moral de situação. De maneira nenhuma. Existe, sim, uma Lei objectiva, fundamentada na Lei Eterna, Causa exemplar providencial de toda a ordem, que harmoniza analògicamente as finalidades superiores de ordem espiritual e sobrenatural com o conjunto da Criação.

O Humanismo, o protestantismo, a maçonaria e todo o modernismo sempre odiaram a virtude católica. Mas para a destruírem de Direito, sabiam que primeiro tinham que destruir o Dogma, bem como o Santo Sacrifício da Missa.

Constitui igualmente verdade infalível que DESTRUÍDO O SOBRENATURAL, NÃO FICA O NATURAL MAS SIM O ANTI-NATURAL. Ao contrário do que sucedia em tempos da Revolução de 1789, e revoluções suas derivadas, em que a maçonaria pretendia padres casados – HOJE A MAÇONARIA QUER PADRES PEDERASTAS.

As forças da maçonaria são forças do Inferno. Ao filiar a ex-Igreja Católica como sua sucursal, a maçonaria manteve o celibato, por razões económicas, e premeditadamente, pela tremenda contradição intelectual e moral entre um alto ideal proclamado MATERIALMENTE, e a sonegação das forças sobrenaturais necessárias ao cumprimento desse ideal – conduzir o clero (como conduziu) à pederastia.

Aí estão as autoridades da ex-Igreja Católica promovendo formalmente a homossexualidade no mundo segundo o programa da maçonaria.

Terão as autoridades da Fraternidade São Pio X enlouquecido ou apostatado para nos virem dizer que a Igreja conciliar É a verdadeira Santa Madre Igreja?

EU PENSO QUE APOSTATARAM.

Lisboa, 4 de Maio de 2013

1 responses to “A VIRTUDE SOBRENATURAL E O VÍCIO ANTI-NATURAL

  1. Herbert Z. Howard Maio 21, 2013 às 7:49 pm

    Entretanto, a vida espiritual, como convite a todos os que escolhem Deus como tudo de sua existência, é chamada à plenitude, no exercício das virtudes e no acolhimento dos dons do Espírito Santo e à bem-aventurança. As virtudes nos fazem participar da vida sobrenatural de Cristo de modo “humano”, como um exercício a que a teologia espiritual chama de “ascese”, árduo caminho de subida até o monte que é Cristo. Virtudes são hábitos infundidos pela graça de Deus para iluminados pela fé e fortalecidos pela caridade. Elas são como músculos, forças espirituais que atuam na pessoa, pela graça de Deus. Dentre tantas, a fé, esperança e caridade, virtudes teologais, e as virtudes morais da prudência, justiça, fortaleza e temperança.

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