Pro Roma Mariana

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SESSENTA ANOS SEM PAPA – E TUDO DESAPARECEU!

Escutemos o Papa Leão XIII, em passagens da sua Carta Encíclica “Nobillissima Gallorum Gens”, promulgada em 8 de Fevereiro de 1884:

«Deus, Criador da Natureza, d’O Qual as Nações recebem neste mundo a recompensa da virtude e das boas obras, quis conceder aos franceses muitas coisas para ampliar a sua grandeza: As Glórias militares, as artes da Paz, a celebridade do nome, o poder do Império.
E se a França, às vezes, esquecida de alguma forma de si mesma, e da missão que Deus lhe confiou, se mostrou animada de sentimentos hostis para com a Igreja, contudo, por sumo benefício de Deus, nem toda ela, nem por muito tempo, se extraviou. E quisera Deus que pudesse sair salva daquelas calamidades, tão funestas para a Religião e o Estado, que lhe trouxeram os tempos mais próximos de nós. Mas depois que a mente humana, embebida pelo veneno de opiniões novas, começou a rejeitar a autoridade da Igreja, pervertendo-se com ampla licenciosidade, chegou aonde a arrastava o impulso. Com efeito, tendo o mortífero exemplo das Doutrinas penetrado também nos costumes dos homens, a sociedade humana chegou, pouco a pouco, a tal ponto, que parece querer afastar-se completamente dos ensinamentos cristãos. E não pouco contribuíram, no século passado, a difundir tal peste nas Gálias, com sabedoria delirante, alguns filósofos, os quais procuraram subverter os fundamentos da Verdade Cristã, e adoptaram um tal método de filosofar, que sempre com maior violência, inflamava o amor já propagado por uma liberdade desmedida. Acrescentou-se a obra daqueles que se mantêm unidos em sociedades nefandas, por um ódio impotente às coisas Divinas e torna-os cada vez mais desejosos de eliminar o catolicismo; e se intentam isso, com sempre maiores esforços, mais na França do que em outros lugares, ninguém melhor do que vós, veneráveis irmãos, o pode julgar.(…)
Efectivamente, aquelas maquinações que recordamos, não prejudicam sòmente a Igreja, mas se tornam grandíssimo dano para a República, POIS UM ESTADO NÃO PROSPERA QUANDO É ELIMINADA A RELIGIÃO. PORQUE QUANDO DESAPARECE NOS HOMENS O TEMOR DE DEUS, DESAPARECE IGUALMENTE O FUNDAMENTO MÁXIMO DA JUSTIÇA, SEM O QUAL TAMBÉM OS SÁBIOS DA GENTILIDADE AFIRMAVAM QUE FOSSE IMPOSSÍVEL GOVERNAR BEM UMA REPÚBLICA, PORQUE A AUTORIDADE DOS PRINCÍPES NÃO TERÁ O PESO DEVIDO, ASSIM COMO NÃO TERÃO VIGOR SUFICIENTE AS LEIS. TODOS ESTIMARÃO MAIS O ÚTIL QUE O HONESTO, OS DIREITOS NÃO TERÃO GARANTIA FIRME, ONDE SÒMENTE O TEMOR DAS PENAS CONSTITUA O ESTÍMULO AO DEVER; os governantes cairão fácilmente no despotismo, e os súbditos por coisas de nada se entregarão a sedições e tumultos.
Além disso, não havendo na natureza das coisas algo de bom, que não se deva atribuir vindo a nós pela Bondade de Divina, toda sociedade humana que queira afastar Deus dos seus estatutos e do seu governo, no que depender dela, rejeita as ajudas da Beneficência Divina, E SE TORNA PERFEITAMENTE DIGNA QUE LHE SEJA NEGADO O PATROCÍNIO CELESTE. E assim, ainda que pareça admirável pelo poder e pela fecundidade de riquezas, TRAZ CONTUDO NAS PRÓPRIAS ENTRANHAS DA REPÚBLICA O GERMEN DA SUA MORTE, NEM PODE ESPERAR QUE ISSO DURE POR MUITO TEMPO. Quer dizer, que para as Nações Cristãs, não diferentemente de cada homem, é da mesma forma salutar submeter-se ao conselho de Deus quanto é perigoso subtrair-se a Ele; e acontece muito frequentemente, que ao mesmo tempo que permanecem fiéis a Deus Nosso Senhor e à Santa Igreja, naturalmente, pelo mesmo caminho se elevam a um óptimo estado; e quando se tornam rebeldes – decaem!
É fácil para todos conferir isso nos anais de todas as épocas; e teríamos abundância de exemplos domésticos, não muito afastados de nós, se tivéssemos o tempo de relembrar o que se passou no século passado, quando a licenciosidade descarada de muitos subverteu a França horrorizada, levando a idêntica ruína as coisas religiosas e civis.»

Completam-se a 9 de Outubro de 2018 sessenta anos sobre a morte do Papa Pio XII. Um pontificado fraco, muito fraco, mas válido, durante o qual o modernismo se foi desenvolvendo dentro da face humana da Santa Igreja, com escandalosa impunidade. A introdução da seita maçónica na esfera eclesiástica teve o seu início em princípios do século XIX, segundo o plano gizado para atingir os mais altos cargos da Igreja e a própria Cátedra de São Pedro. Efectivamente, a polícia do Papa Gregório XVI (1831-1846) logrou apoderar-se de documentos letalmente comprometedores para a seita maçónica, pois revelavam o propósito de um dia fazer eleger um “papa” maçon, QUE UTILIZARIA A RELIGIÃO PARA DESTRUIR A MESMA RELIGIÃO. Baseado nesses documentos, o Papa PIO IX encarregou o historiador católico Crétineau-Joly de escrever uma obra (A Igreja Romana face à Revolução) denunciando a monstruosidade das seitas.
Apenas satanás poderia inspirar um plano tão hediondo, tão traiçoeiro, tão eficaz; mas Deus Nosso Senhor consentiu nesse plano para castigo dos grandes crimes que se cometem sobre a Terra, nomeadamente para castigo do protestantismo, do liberalismo e do comunismo. Já as duas guerras mundiais constituíram castigo colectivo da humanidade; permanecendo os homens impenitentes, Deus Nosso Senhor consentiu que a Cátedra do Seu Vigário fosse usada como instrumento aparente de propagação qualificada do ateísmo e da sodomia. Todavia, a Cátedra de São Pedro permanece incólume na sua Indefectibilidade e Infalibilidade.
Monsenhor Lefebvre afirmava que “Deus não pode omitir a visibilidade da Santa Igreja por muito tempo”; mas também sabemos que os tempos de Deus não são os tempos dos homens. Uma coisa é absolutamente certa: A destruição operada foi tão rápida, tão profunda, tão extensa, QUE A SANTA MADRE IGREJA NUNCA MAIS VOLTARÁ A SER O QUE FOI, NO PLANO QUANTITATIVO.
Nestes trágicos sessenta anos, ficou definitivamente comprovada, na práctica, uma Verdade repetidamente ensinada pelos Romanos Pontífices, sobretudo nos últimos 200 anos: A FÉ CATÓLICA NÃO PODE SUBSISTIR NUM ENQUADRAMENTO LIBERAL. Esta impossibilidade é absoluta, é como se fosse uma necessidade metafísica. A ruína, até aos fundamentos, da face humana do Corpo Místico aí está para o provar. Mas é essa mesma ruína que prova, como que extrìnsecamente, a Verdade e a Unicidade da Fé Católica, porque só esta poderia ser derrubada tão fulminantemente na sua base humana. A nenhuma falsa religião, a nenhuma seita, poderia jamais suceder o que sucedeu à Santa Igreja Católica, porque nenhuma heresia, nenhuma idolatria, nenhuma blasfémia, poderia jamais sofrer o que a nossa Mãe Igreja sofreu nestas seis décadas. Isto é importantíssimo para que ninguém se desespere, pelo contrário, a tragédia conciliar outorgou-nos, pela negativa, mais uma prova da indefectibilidade da Pessoa Moral da Santa Madre Igreja. Não olvidar que segundo declarou solenemente, na forma de definição, o Papa Bonifácio VIII, em 1302, na Bula “Unam Sanctam”: “A Cátedra de São Pedro forma com Nosso Senhor Jesus Cristo UMA SÓ CABEÇA DA IGREJA.
A fraqueza essencial de Pio XII corporizou-se na recusa de punição temporal – e até mesmo espiritual, pois não foram pronunciadas excomunhões contra os modernistas – exemplar para todos os modernistas que passavam pelo Vaticano. Logo que tomou conhecimento das traições de Montini e outros, aliados com os comunistas, Pio XII não podia ter hesitado em ordenar que se lhes aplicasse imediatamente a pena de morte, que vigorava no Estado Soberano do Vaticano. Mas – argumentar-se-á – o Direito Canónico não proibe que os eclesiásticos colaborem, de alguma forma, em condenações à morte? Um juiz que proferiu uma sentença de morte é irregular, por defeito, para a recepção das Ordens Sagradas; mas tal nunca se aplicou aos Estados da Igreja, onde o próprio Romano Pontífice goza do Supremo Poder Temporal e portanto Supremo Poder de vida ou de morte, QUER COMO CHEFE DA SANTA IGREJA CATÓLICA, QUER COMO CHEFE DE ESTADO TEMPORAL. Ainda que possam ser, excepcionalmente, admitidos juízes e advogados civis na primeira e segunda instância, o Supremo poder judicial penal eclesiástico pertence sempre ao Papa; estamos a referir-nos sòmente ao exercício da jurisdição penal nos Estados da Igreja e portanto no Estado de Vaticano; porque neste não se pode proceder à distinção entre Tribunal Eclesiástico que julga da gravidade do crime, e poder civil que condena formalmente à morte. Uma série de execuções de modernistas, após devido julgamento, convenientemente publicitadas, teriam provocado nos eclesiásticos liberais, em todo o mundo, sérias reflexões sobre as suas hediondas actividades; TAL PODERIA REFREAR OS MODERNISTAS, CONCEDENDO À SANTA MADRE IGREJA TEMPO PARA SE FORTALECER, NATURAL E SOBRENATURALMENTE. Mas como é conhecido, o Papa Pio XII preferiu enviar o traidor apóstata Montini como Arcebispo de Milão – FÊ-LO PAPA!
É conhecido como Pio XII foi favorecido com comunicações celestes, por exemplo, na véspera da sua eleição, São Pio X apareceu-lhe, dizendo-lhe:” Filho, bom ânimo, compete a ti levar a Cruz da Igreja de Cristo”. Pio XII também assistiu a uma reprodução do milagre do Sol nos jardins do Vaticano e sabia que morreria de repente, mas tinha solicitado ao Céu um dia para se preparar. De facto, assim sucedeu, na véspera de morrer, comunicou aos que o rodeavam: “Hoje é o meu dia”. Tudo isto torna bastante enigmático o pontificado de Pio XII, num dos momentos mais dramáticos da História da Humanidade. De qualquer forma foi durante este pontificado que, em quase total impunidade, a maçonaria internacional se apoderou de parte substancial da face humana do Corpo Místico, esperando em breve usurpar o papado, como veio a suceder. E o que é assaz misterioso é que o próprio Pio XII possuía a noção, embora vaga, do que estava acontecendo.
O mistério da iniquidade é parte integrante das convulsões pré-escatológicas. UMA INSTITUIÇÃO QUE SE CONTRADIZ NÃO PODE SER DIVINA. Consequentemente, a Santa Madre Igreja, na Sua Pessoa Moral de Direito Divino, permanece infinitamente acima de todas as vicissitudes que atormentam a sua face humana, usurpada, humilhada e possessa do demónio. Porque a face Divina da Santa Madre Igreja, por definição, nunca pode ficar possessa do demónio, nem ser alvo de qualquer atentado. Assim como os santos Sacramentos: Podem ser válidos ou inválidos, mas não podem ser diminuídos e vilipendiados na sua realidade objectiva e transcendente. A amaldiçoada seita conciliar, MACAQUEIA A VERDADEIRA SANTA MADRE IGREJA, MAS QUANTO MAIS ASSIM PROCEDE MAIS AS ALMAS ELEITAS PROCURAM E ENCONTRAM A MORADA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, PORQUE ESTA PERMANECE VISÍVEL PARA QUEM, VERDADEIRAMENTE, A QUER FAZER SUA.
O Amor Sobrenatural a Deus sobre todas as coisas e ao próximo por amor de Deus, deve conduzir-nos a nos separarmos de todo o falso tradicionalismo que diz que a Igreja que vemos é a Igreja Católica com papas e bispos verdadeiros. Insisto: UMA INSTITUIÇÃO QUE SE CONTRADIZ NÃO PODE SER DIVINA. Por conseguinte, a asquerosa seita que nos quer levar para o Inferno, NÃO É, NUNCA PODE SER, NUNCA SERÁ, A IGREJA NOSSA MÃE. MIL VEZES A MORTE DO QUE RECONHECER, SOB QUALQUER FORMA, A AMALDIÇOADA MAÇONARIA MACAQUEANDO DE IGREJA CATÓLICA.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 20 de Setembro de 2018

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

2 responses to “SESSENTA ANOS SEM PAPA – E TUDO DESAPARECEU!

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