Sedevacantistas, larguem essa atitude!

Há pessoas entre nós que consideram a salvação garantida. Somos supostamente os eleitos dos eleitos. Portanto, manter a nossa posição, evitar todos os grandes pecados e ir à missa de vez em quando, safa-nos. Podemos desprezar os outros e não nos preocupar com a salvação deles, enquanto tomamos a nossa como garantida. Afinal, somos os únicos que se qualificam, certo?

Como discuti anteriormente, esse tipo de atitude mereceu-nos o Vaticano segundo. As pessoas antes disso tornaram-se complacentes, tomando as coisas como garantidas, não apreciando as graças e sendo ingratas. Sofremos a calamidade que isso causou, mas será que aprendemos?

Esquecemo-nos de que não conquistamos o nosso lugar na Igreja, mas estamos aqui pela graça. Há pessoas por aí com mais virtude natural que, por enquanto, não são um de nós. Sabemos que só as virtudes infundidas salvam mas, como diz São Tomás de Aquino, a graça constrói-se sobre a natureza, por isso, pelo cálculo humano, muitos conciliares são mais merecedores do nosso lugar do que nós. Veja-se, por exemplo, quem vai de Lisboa a Fátima a pé. No final, eles tiram os sapatos e os seus pés sangram. Quantos de nós “sedes complacentes” fazem isso? Embora isso seja desnecessário, podemos fazer sacrifícios relevantes, mas a maioria de nós não o faz.

Esquecemos que nenhum de nós é insubstituível. Estamos aqui porque pessoas melhores caíram. Pensemos em católicos de berço como Madonna, por exemplo. Não nos esqueçamos de que pessoas melhores estão esperando na fila se provocarmos Deus para nos substituir. A atitude correcta é não desperdiçar a nossa posição enquanto oramos por sua conversão. A nossa primeira responsabilidade é a nossa salvação, e depois as outras. E larguem essa atitude! Não sejam tolos!

As causas da apostasia do Conselho Vaticano Segundo