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Rosário de enganos sobre a Fé e o Segredo de Fátima

«PRM: este artigo trata, entre outras coisas, do Rosário do São Domingos, inspirado pela Nossa Senhora. Os novos “mistérios”, do antipapa Judas Paulo 2, são uma paródia do Rosário verdadeiro, ou seja, um “gozário”. A piada, a ironia da situação é que se o atentado tivesse êxito, estes nunca nós tenham incomodado.»

O que estes enganos revelam?

Nossa Senhora de Fátima
Dia 13 de maio de 1917 a Virgem Santíssima apareceu pela primeira vez em Fátima, onde confiaria à pastora Lúcia e primos uma mensagem em três partes para o nosso tempo. Duas foram conhecidas anos após.

A terceira deveria ser revelada em 1960, porque então seria mais clara.

João XXIII - aperto de mão maçônico

João XXIII leu esse terceiro segredo, mas não permitiu sua divulgação apesar da febril espera do mundo. O motivo dessa decisão, à luz dos eventos que desde então se sucederam em ritmo frenético, foi-se tornando sempre mais claro: era uma advertência aos eclesiásticos e à humanidade prenunciando provações e perseguições para a Igreja se os bispos, e por conseqüência o clero, não fossem fiéis à sua missão; e ulteriores castigos para a humanidade se perseverasse em sua corrupção moral e religiosa.

Ora, desde 1960 a degradação da Igreja e da humanidade aumentou vertiginosamente. Trabalham há anos na demolição da Igreja infiltrados maçons de todo o tipo, como revelam inúmeros documentos, mas, sobretudo, os fatos sempre mais ruinosos que resultam da desastrosa reforma conciliar, o enésimo dos quais foi o apoio dado pelos bispos ao referendo miniabortista da Itália.

A esse respeito, João Paulo II, que parece ter ficado surpreso com o engano, achou que não devia intervir, para não desautorizar e dividir os bispos italianos! Como se fosse possível manter uma unidade à custa da verdade, ou tocar a essência da fé e da moral, sem dividir os católicos.

Mas, o panorama de todo o mundo católico é desolador. A Igreja na França, Bélgica, Holanda, América Latina, EUA, Canadá, etc., dá um espetáculo da incrível degeneração orquestrada e dirigida festivamente pelas diversas conferências episcopais nacionais. São os frutos amargos da colegialidade aplicada a partir do Vaticano II.

As conferências episcopais nacionais revelaram-se, em quase todos os lugares, centros de poder através dos quais infiltrações maçônicas podem manobrar a vida da Igreja, condicionando até o «papa».

A Igreja, obscurecida pela fumaça de Satã, deixa de ser sinal luminoso para os povos (influência política não significa influência religiosa), as trevas do mundo se tornam mais densas, a redenção é recusada, o príncipe deste mundo reina e os ministros da redenção não mais dão o ar da sua graça para o enfrentarem.

Eis que as provações e perseguições prenunciadas são mais presentes e a humanidade sempre mais abandonada à sua desordem espiritual que reclama castigos: Quos Deus vult perdere amentat.

Uma infâmia inconcebível — No dia 13 de maio de 1981 um evento inaudito: o papa conciliar foi vítima de um atentado quase mortal. O gesto sacrílego provoca horror e aflição, pois a escalada da violência atingiu até quem se tinha como a sagrada pessoa do vigário de Cristo.

Atentado a João Paulo II em 1981

Tudo parece indicar um complô internacional. O autor do atentado não é um exaltado. Desde o início revela a frieza de killer profissional. As investigações orientam-se imediatamente para a hipótese do complô que pagou um assassino: condenado à morte na Turquia, evadido misteriosamente de uma super-prisão, graças a altas cumplicidades, munido de passaporte regular emitido pela polícia turca e largamente subvencionado a ponto de viajar por dois anos e com luxo por nove países, o killer tinha tudo a ganhar e nada a perder com o gesto.

 

Mehmet Ali Agca

Mehmet Ali Agca

 

Quem tinha interesse em eliminar um pseudo Papa? O pensamento corre para os obtusos comunistas imersos nos erros ‘espalhados pela Rússia’, flagelo prenunciado em Fátima. A pista búlgara o confirmou.

A outra hipótese é ridícula: de mandantes maçons, cuja condenação parece confirmada pela Congregação da Fé, por vontade de João Paulo II, que os recebe continuamente sob outras denominações!

Que a Maçonaria tenha numerosas infiltrações na Cúria Romana e especialmente na Secretaria de Estado, é notório, foi até fornecida uma lista de eclesiásticos maçons, com a respectiva documentação, por um cardeal, ainda no tempo de Paulo VI. Desgraçadamente, os maçons são de casa nesses mesmos altos escalões da hierarquia eclesiástica!

A inesperada morte de João Paulo I permanece nesse denso mistério, e foi em vão que de diversas partes fizeram-se pedidos de autópsia. Consta que Karol Wojtyla, apenas eleito, teria mandado remover de seus aposentos pesadas tapeçarias que escondiam microfones. Sabe-se também que se cercou de pessoal polonês de sua confiança, a começar pelas irmãs, que cuidam da cozinha. Complôs mações não têm hora!

Seria a terceira hipótese, ainda mais ridícula: o atentado como resultado do entendimento entre a KGB e a maçonaria internacional.

Pode-se notar como o segredo de La Salette previne contra o complô perpetrado contra a Igreja e o papa pela maçonaria, sempre denunciada pelas autoridades da Igreja. Mas poucos ligam isto à terceira parte do Segredo de Fátima em que isto acontece em figura, mais clara em 1960.

Nenhum católico pode duvidar de que o fato de 13 de maio de 1981 esteja nos desígnios de Deus, que permitiu o atentado quase mortal ao chefe do Vaticano que sobreviveu para pôr em evidência, ainda que a seu proveito, a Profecia de Fátima e o seu Segredo!

Ao contrário de João XXIII, que leu o segredo e o arquivou em silêncio, e de Paulo VI, que ignorou sua existência, evitando falar até com irmã Lúcia, João Paulo II mostrou-se mais acessível e confiante no justificar sua ocultação para o seu tempo! A prova está no diálogo que teve com católicos de Fulda, por ocasião da viagem à Alemanha em novembro de 1980. Este foi registrado e autenticado para ser publicado pela revista Stimme des Glaubens (10-81). Aqui é reproduzido com os comentários de Si si no no, n.º 2, ano VIII (jan. 82).

Irmã Lúcia e João Paulo II

“Pergunta: Que é feito do terceiro segredo de Fátima? Não deveria ter sido publicado já em 1960?

Resposta: Dada a gravidade do conteúdo, para não incitar a potência mundial do comunismo a tomar iniciativas, os meus antecessores no ofício preferiram diplomaticamente sobrestar a sua publicação…”

“Obs.: Ter silenciado sobre o segredo (…) equivaleu a acusar a Rainha do Céu de imprudência e de impertinência. Equivaleu a considerar a prudência dos homens superior à celeste.

“…Por outro lado, aos cristãos basta saber isto: se há uma mensagem em que está escrito que os oceanos inundarão partes inteiras da terra, que de um momento para outro milhões de homens morrerão, não é deveras o caso de insistir na divulgação de tal mensagem secreta.”

“Nota: Tais palavras copiam quase literalmente a profecia apocalíptica do «terceiro segredo» que circula há anos e diz: ‘As águas dos oceanos se transformarão em vapores e a espuma se elevará, submergindo tudo. Milhões de homens morrerão de hora em hora’… Ainda para justificar o silêncio dos predecessores, diz: “Muitos querem saber por simples curiosidade e sensacionalismo, mas se esquecem de que saber comporta também responsabilidade. Procura-se somente satisfazer a própria curiosidade, e isto é perigoso se ao mesmo tempo não se tem a disposição de fazer algo, ou nos convencemos de que nada se pode fazer contra o mal.”

“Obs.: Não é um fato real, nem demonstrável que muitos queiram saber só por curiosidade e sensacionalismo. De qualquer modo, muitos não significa todos. Além disso, de uma natural curiosidade pode nascer um sincero arrependimento e propósito de emendar-se. É doutrina comum da Igreja, que Deus move as criaturas segundo seu comportamento natural. Ora, sendo a curiosidade mola do conhecimento para os homens, é claro que a graça divina não deixará de movê-los partindo justamente do limite extremo dessa curiosidade natural. É verdade também que conhecer comporta uma responsabilidade. E isto em relação ao livre-arbítrio, que pode decidir rejeitar o bem conhecido. Mas o conhecimento em si é um bem, porque aumenta as possibilidades de agir retamente. Por isto, instruir as almas é um dever; quem se nega a fazê-lo é culpado de omissão e co-responsável da ruína do próximo.

“Enfim, visto que o castigo pende sobre toda a humanidade, é lógico pensar que a Virgem Santíssima queria que cada assumisse as próprias responsabilidades. Existe, portanto, um direito dos homens de conhecer a mensagem celeste que nos diz respeito e cujo desprezo pode trazer-nos conseqüências apocalípticas.

“As revelações de Fátima não se destinam ao bem pessoal de irmã Lúcia ou do sumo pontífice, mas a toda a humanidade. Quem pode negar à Mãe dos santos e dos pecadores o direito de comunicar algo a seus filhos? O papa, dir-se-á, é juiz das aparições e de suas revelações, na Igreja. Mas a aparição e as revelações de Fátima foram declaradas autênticas justamente pelo papa. Eis a incoerência: de um lado, reconhece-se que em Fátima a Mãe de Deus falou para a salvação da humanidade; de outro, acrescenta-se: ‘Mas o que revelou não é prudente dar-se a conhecer’.”

Paulo VI exclamou em Fátima, angustiado: ‘Nós dizemos: o mundo está em perigo … o espetáculo do mundo e de seu destino apresenta-se aqui imenso e dramático. É o quadro que nos descerra Nossa Senhora, o quadro que contemplamos com os olhos estarrecidos…’ (veja L’Osservatore Romano, 14 maio 1967). Mas, e os remédios? Foi justamente a partir dos pontificados desses pastores conciliares que os reiterados pedidos marianos de oração e penitência foram desprezados no triunfante naturalismo conciliar, as suas formas degeneradas, o seu número diminuído (até nas ordens contemplativas); quanto à penitência nada! O jejum eclesial foi reduzido e permite-se que as profanações se multipliquem, e que a devoção mariana fosse até ridicularizada em muitos conventos, com um zelo realmente diabólico. Este desprezo da prática das devoções pedidas na mensagem de Fátima não partiu do povo cristão, mas veio dos vértices da Igreja.

A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, do modo como foi pedido por Nossa Senhora, não foi nunca feita. Mas João Paulo II afirmou o contrário e convenceu disso a Irmã Lúcia.

E o que se fez para a conversão da humanidade? O oposto do ensinado; ambigüidades e erros doutrinais; a difusão de uma ‘moral’ imoral, que favorecera o triunfo de leis civis, opostas à Lei divina e natural. O divórcio, o aborto, a contracepção, a pornografia e a conseqüente corrupção, especialmente da juventude, estão acumulando sobre a humanidade a ira divina. Não se trata somente do silêncio sobre o terceiro segredo, mas de se ter feito exatamente o contrário de quanto havia sido revelado na mensagem de Fátima.

Todavia, Fátima é uma profecia para o nosso tempo. 1917 foi o ano da revolução bolchevista, que fez da Rússia uma nação declaradamente atéia, difusora do ateísmo teórico e prático, imposto no Oriente e infiltrado com todos os meios no Ocidente. Pareceu representar o ápice da apostasia da humanidade. Engano. A apostasia vai além da negação, está na substituição da Autoridade de Deus em terra por clérigos que exaltam o culto do Homem! João Paulo II repete Paulo VI: “O Vaticano II lançou as bases para uma relação substancialmente nova entre a Igreja e o mundo (…)” (discurso de 22/12/1980 ao Sacro Colégio).

Ora, como o mundo não mudou em relação à Igreja de Cristo, senão pelo afastamento do seu ensinamento, teria sido uma nova igreja a mudar, adaptando-se às condições do mundo, mas isto só é possível com uma consciência, a que se costumou chamar de “conciliar.”

De fato, nos seus documentos conciliares transparece essa mudança e reconhecimento às crenças diversas. Por exemplo, na declaração Nostra aetate está escrito (§ 2): “[a Igreja] considera com respeito sincero o modo de viver e de agir por preceitos e doutrinas (…) [de outras religiões].” Igualmente, João Paulo II disse ao escritor Frossard que tem “um respeito total pelas convicções dos que crêem [ou negam] de modo diferente.” Do mesmo modo, manifestou muitas vezes a necessidade de “procurar uma inteligência e uma ‘expressão da fé’ que corresponda e torne-se aceitável à maneira de pensar e de falar de nossa época” (1-11-1982, aos teólogos de Salamanca). “Uma fé à medida do mundo”, dirá também ao escritor Frossard (Dialogues, Ed. Laffont, Paris).

Qual seria essa fé? Na sua primeira Encíclica Redemptor hominis é dito: “A natureza humana está elevada em cada homem a uma sublime dignidade pelo fato mesmo da Encarnação.” Esse conceito está na constituição conciliar Gaudium et Spes (n. 22): “Com a Encarnação o Filho de Deus uniu-se, de certo modo, a cada homem.”

Mas a verdadeira Igreja sempre ensinou a necessidade do batismo para tornar-se cristão, este é o sacramento que dá essa dignidade e une o batizado ao Corpo Místico de Cristo. Sem este, não há esta adesão, e nenhum homem poderia deduzi-la por esses vagos conceitos mais humanitários que propriamente religiosos. Além disso, se assim fosse muitos homens estariam unidos ao Filho de Deus sem crer Nele, ignorando-O ou então negando-O. Não seria nem moral nem lógico imaginar isso. Em todo caso, é o falso catolicismo que exclui a união pela conversão e fé cristã. E sendo assim, também a consagração a Deus é inútil; esta, de certo modo, já teria ocorrido com a Encarnação, segundo essa doutrina anti-cristã. Não haveria, pois, errantes a exortar, nem erros graves a condenar no mundo. Todos seriam consagráveis.

João Paulo II do dia 13 de maio de 1982 em Fátima diz que “a potência da redenção supera infinitamente toda a gama do mal que está no homem e no mundo”. Com tais palavras dá a entender uma redenção que opera mesmo sem arrependimento e o reconhecimento do pecado; sem conversão. A redenção e a consagração seriam potentes a ponto de prescindir da renúncia a toda gama do mal e penitência para ser eficaz. Diz ainda: “A santidade de Deus manifestou-se na redenção do homem, do mundo, da inteira humanidade, das nações, redenção efetuada por meio do Sacrifício da Cruz… – Por eles Eu consagro a Mim mesmo – havia dito (em João 17, 19) Jesus.”

Como se vê, fala-se de uma consagração total e indiscriminada do mundo, e o mesmo é dito da redenção. “Por eles Eu me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (Jo, 17, 19). Mas, como podem ser santificados na verdade os ateus, os homens que rejeitam a Cristo e Sua Igreja, um mundo corrupto e uma humanidade apóstata desse ensinamento cristão? E como poderiam beneficiar-se dessa consagração e se converterem se não é indicado o mal em que estão mergulhados, por exemplo, nos erros do ateísmo militante, do comunismo, mas também do modernismo conciliar, que é velado inimigo da Ordem cristã. Quando este faria apelo à conversão, como é função de confirmar na fé do verdadeiro sucessor de S. Pedro?

Estes falsos pastores também omitem no trecho evangélico aquilo a que Jesus está se referindo em sua “oração sacerdotal” aos fiéis, aos que receberam a palavra de Deus e de Seu Filho. “Manifestei o Teu Nome aos homens que me deste do mundo; eles eram Teus e Tu mos deste e guardaram a Tua palavra. Agora conheceram que todas as coisas que me deste vêm de Ti; porque lhes dei as palavras que me deste; e eles as receberam e conheceram verdadeiramente que Eu saí de Ti, e creram que Me enviaste. “É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus.(Jo. 17, 6)

Para obter a paz do mundo pela conversão à fé católica da Rússia, Maria Santíssima pediu sua consagração ao Imaculado Coração. Mas os chefes conciliares cancelaram a visão espiritual que invoca conversões; porque deveria alguém ainda crer que dessa Fé depende a salvação das almas e a paz no mundo, principalmente através de uma Rússia cristã?

Todavia o católico pode e deve crer na conversão à Ordem de Jesus Cristo, resistindo e testemunhando desde os telhados contra os que, em vestes pontificais, trazem esse «novo evangelho»! Sim, porque este rosário de enganos sobre a Fé e o Segredo de Fátima revelam, nada mais nada menos, justamente que o Papa católico foi «eliminado», como está figurado na terceira parte do Segredo que Nossa Senhora houve por bem profetizar desde 1917, para o tempo depois de Pio XII.

Louvado seja Deus e Sua Santa Mãe!

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