Pro Roma Mariana

Sedevacantismo Portugal.

Monthly Archives: Setembro 2016

ÚLTIMO SINAL DE GUERRA À CRISTANDADE NA SÍRIA: CULPAR A RÚSSIA

 

 

Arai Daniele  syriachurchesb1

Sobre a extrema «alienação» das nações: na história cristã da nossa época, Fátima é o evento sobrenatural ao mesmo tempo mais assombroso, incompreendido e manipulado. Quando o mundo moderno foi imerso por guerras catastróficas e a nefasta revolução comunista, ceifando milhões de vítimas e tentando demolir a Cristandade, apareceu esse sinal incomparável para que os homens pudessem recorrer ao poder divino que aplacasse os ventos destrutivos das revoluções ideológicas na sociedade humana.

Todavia, hoje, tal sinal com cariz de desígnio divino, parece mítico até no mundo clerical, enquanto do mesmo modo na Igreja declinou o sentido do sagrado e do pecado, da devoção fiel e da missão sacerdotal, numa clara alienação da identidade católica.

O incrível é que isto ocorra à socapa e onde foi estabelecida a Sé de Pedro e a Cátedra da Verdade como Luz para as Nações (exorcismo de Leão XIII em defesa da Igreja expugnada). Estaríamos aí diante do quadro de um declino religioso que invoca «o fim do tempo da nações» (Lc 21, 24) ao qual correspondente o retorno dos Judeus a Jerusalém?

Não são assombrosos estes fatos históricos que indicam um desfecho de guerra sem quartel? Este artigo dirige-se pois às mentes que não desdenham evidências, mesmo veladas, da presença de um desígnio sobrenatural na história de gentes e impérios. Se o Evangelho e a ideia de conversão afundam hoje no brejo ecumenista, pondo fim à civilização cristã e à ideia do homem eterno, não foi dito ser urgente que esta demolição fosse proclamada dos telhados para testemunho geral, a fim de que as consciências evitem enganos sobre a hora presente?

De tais obscuros enganos pode-se dizer que Fátima tem sido reflexo.

De fato, o ano da aparição de Fátima – 1917 – marcou mutação sem igual na história dos impérios, não só por causa das guerras e revoluções, mas pelo emergir de um poder de sinal bíblico; sinal da virada crucial na vida da humanidade profetizada por Jesus sobre o fim do «tempo das nações» e o destino de Jerusalém e do povo no eixo da História.

A visão desse misterioso poder de Israel no tempo histórico é realidade não conjugada, mas oposta à Cristandade. Todavia não só é obscurecida mas negada hoje na Roma do Vaticano 2. O católico acreditava numa «inteligência» da história, que inclui a profecia e o milagre da conversão de um império à ordem cristã; acreditava no milagre ordenado à profecia que desvela um desígnio divino para uma Ordem universal. Hoje em que se acredita senão no perigo de uma guerra iminente contra a Rússia, não mais soviética?

Certo é que o Vaticano atual aderiu à ideia de uma «nova ordem mundial», ecumenista, contrária ao Cristianismo.

Aqui entendo focalizar os verdadeiros «sinais dos tempos», porque, se o que foi assinalado há dois mil anos assoma no horizonte da História, então as consciências não podem ficar alheias a este sinal que focaliza as alienações obscuras da mesma Ideia cristã. Qual termo, melhor que este de «alienação», pode relacionar os enigmas cruciais da história do homem, de seu início até hoje; da rejeição da palavra do Pai com a queda original; da Encarnação divina do Filho com a Sua recusa pelo Povo eleito; do que revelou o Espírito nas Escrituras com o outro que subverte o espírito de conversão ao Verbo de Deus encarnado. Ao Segredo de Fátima não se opõe talvez a mutação ecumenista, que é intrinsecamente oposta às conversões?

Para entender essas visões e recusas espirituais que, numa sequência fatal, vão da negação «original» à atual apostasia «ecumenista», porque não usar o termo «alienação», aplicável num sentido universal? Há problema no uso desse termo abusado pelo Marxismo? Vejamos.

O termo «alienação» para Marx, no quadro das relações capitalistas de produção, exprime a depreciação do produto finalizado ao valor do uso humano, em relação ao seu valor de troca. Nisto reconhece uma justa hierarquia de valores: o produto do trabalho e as instituições são para o homem e não este para o lucro. Assim, o valor do uso humano de um produto de seu trabalho, lembra justamente Marx, não deve ser alienado pelo seu valor de mercado, porque este é feito para o homem e não o contrário.

Mas para que essa ideia se aplique à vida humana sua lógica deve ir além; o valor do que serve ao homem de corpo e alma, deve preceder o do que usa o homem carnal. Assim, a integridade da vida humana deve anteceder, não só o valor material do dinheiro, mas toda falsidade sobre o fim último da vida humana, que torna a questão insolúvel; que representa a mais completa «alienação» da razão mesma da vida, que vai além do trabalho, do alimento, do corpo material.

Porque relacionar isto com a guerra iminente? Porque o abuso ideológico da ideia alienação – consiste em tomar a parte pelo todo, o secundário pelo principal, o meio pelo fim, uma nova ordem humana terrena pela ordem divina do Cristianismo. Eis o ponto de encontro de toda revolução e guerra mundial: a gnose do progresso ilimitado na terra pelo domínio da força. Para que? A realização desse progresso dá na utopia de um paraíso do mundo socialista, hoje consumista, como fim da felicidade do homem moderno!

Assim, a ideia de «progresso social» acima do espiritual engendrou a «fé» evolucionária marxista que, para obter tal «bem», justificou os piores massacres do mundo, rindo da suposta «alienação» de “criar a divindade perfeita à qual se submeter”, mas submetendo-se à funérea alienação comunista, hoje americanista; «alienação» coberta pela ideia de paz, liberdade e fraternidade, no paraíso terreno que exclui o eterno, e custou cem milhões de mortos.

Agora atenção, pois análoga atualização aparece aplicada à fé cristã, com custo para uma infinidade de almas! Tudo seguindo a elaboração religiosa ecumenista do progresso numa «fé mais universal»! Trata-se da fé no homem a dano da fé divina; dos «sinais dos tempos» dos modernistas contrapostos aos sinais da Providência, que resultaram em descristianização e apostasia: alienação universal das nações de marca terminal; alienação que vem da Revolução francesa e não acabou porque a mentira sem a correção do Cristianismo é guerra contínua.

A alienação presente é sinal que se revela à luz de sua íntima analogia com as duas fatais grandes alienações históricas da recusa do Verbo de Deus: a original e a hebraica. No presente, o Vaticano «conciliar» na sua afinidade com o novo poder terreno de Israel e a sua aversão não ocasional à Tradição católica, não revela a terceira grande alienação? Só esta pode dar a dimensão do que vem ai, mais ainda que as duas grandes guerra mundiais. E vem aí a terceira.

 

A Profecia de Fátima, em especial o seu «Terceiro Segredo», revela o Grande Castigo pelo qual Deus punirá o mundo pelos crimes de uma humanidade cada vez mais pecadora, se não se deixar de ofender a Deus e não houver arrependimento geral das mentiras que se vivem. A visão mostra a hecatombe na Sede da Verdade e na ausência desta só pode prevalecer uma enxurrada de mentiras assassinas em todos os campos, o que leva ao desespero e à guerra. Hoje nessa onda já se prevê a destruição da Síria com a alienação do Cristianismo que nessas terras das primeiras conversões a Cristo era remanescente.

E parece certo que, a verdade desvelada pelos fatos reais que vivemos indicam uma guerra final contra o Cristianismo representado tenuemente pelo bastião da chamada «terceira Roma», a Rússia. Então essa «alienação final» vai custar muito caro às almas do dito Ocidente, porque Nosso Senhor fez saber à Vidente de Fátima que a Rússia foi confiada a Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa.

Visto que a maior ajuda espiritual que o mundo católico recebeu neste tempos foi a Profecia de Nossa Senhora de Fátima, é evidente que os piores pecados são contra Seu Coração Imaculado. E o abandono dos cristãos pelo Ocidente e de tudo o que ainda representa o Cristianismo nessas terras do Oriente Médio, são uma ofensa enorme que pede reparação. Se essa não é proclamada em tempo, só poderá vir em forma de um castigo sem precedentes.

Que os Sagrados Corações de Jesus e de Maria nos ajudem nesta hora de provação.

A SANTIDADE DA CRIAÇÃO

universo

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

Escutemos o Papa Pio XII, em passagens da sua Radiomensagem “Nell’Alba e Nella Luce”, proferida em 24 de Dezembro de 1941:

«Cavemos até ao fundo da consciência da sociedade moderna, procuremos a raiz do mal: Onde é que ela prende? Também aqui não queremos calar o louvor devido à prudência dos homens de governo, que ou favoreceram sempre,  ou quiseram e souberam repor em  seu lugar, e com vantagem do povo, os valores da Civilização Cristã, nas felizes relações entre a Igreja e o Estado, na tutela da Santidade do Matrimónio, na educação religiosa da juventude. Mas não podemos fechar os olhos à triste visão da descristianização progressiva individual e social, que do relaxamento dos costumes passou ao enfraquecimento e à negação declarada de verdades e forças destinadas a iluminar as inteligências sobre o bem e o mal; a corroborar a vida familiar, particular, nacional e pública. Uma anemia religiosa, semelhante a contágio que alastra, feriu assim muitos povos da Europa e do mundo, e produziu nas almas tal vácuo moral, que nenhum simulacro de religião, nem mitologia nacional ou internacional o poderá encher.

Com palavras e com factos, com providências governativas, que outra coisa se tem sabido fazer, há dezenas e centenas de anos, senão ARRANCAR DOS CORAÇÕES DOS HOMENS, DESDE A INFÂNCIA À VELHICE, A FÉ EM DEUS, CRIADOR E PAI DE TODOS, REMUNERADOR DO BEM E VINGADOR DO MAL, DESNATURANDO A EDUCAÇÃO E A INSTRUÇÃO, COMBATENDO E OPRIMINDO COM TODAS AS ARTES E MEIOS, COM A DIFUSÃO DA PALAVRA E DA IMPRENSA,COM O ABUSO DA CIÊNCIA E DO PODER – A RELIGIÃO E A IGREJA DE CRISTO.

Precipitado o espírito no báratro moral, com o afastamento de Deus e da prática cristã, que outra coisa restava senão que pensamentos, propósitos, cuidados, estima das coisas, acção e trabalho dos homens, se voltassem e olhassem só para o mundo material, afanando-se e suando, na conquista das riquezas e do poder? Daqui a prevalência na política de um ímpeto desenfreado para a expansão e para o mero prestígio político, sem preocupações de moralidade; na economia, o dominar das grandes e gigantescas empresas e associações; na vida social, o acorrer e acumular-se de multidões de povos, em prejudicial superabundância, nas grandes cidades, e nos centros comerciais e industriais, com a instabilidade que segue e acompanha sempre uma multidão de homens que mudam de casa e de residência, de terra e de emprego, de paixões e amizades.

A consequência de tudo isto foi que as mútuas relações da vida social tomaram um carácter puramente físico e mecânico. Com desprezo de todo o razoável resguardo e moderação sobrepôs-se o império da coacção externa, a simples posse do poder, às normas da ordem reguladora da convivência humana, emanadas de Deus, que estabelecem as relações naturais e Sobrenaturais do Direito e do amor para com os indivíduos e a sociedade.

A majestade e a dignidade da pessoa humana e das sociedades particulares foi cerceada, aviltada e suprimida pela ideia da FORÇA QUE CRIA O DIREITO; A PROPRIEDADE PARTICULAR, PARA UNS, TORNOU-SE NUM PODER DIRECTO DE DESFRUTAR O TRABALHO ALHEIO, NOUTROS GEROU INVEJA, DESCONTENTAMENTO E ÓDIO; e a organização que daí nasceu converteu-se em forte arma de luta para fazer prevalecer os interesses de classe. Em alguns países, um conceito ateu e anticristão de estado, com os seus vastos tentáculos, enleou de tal forma o indivíduo, que quase o despojou da independência, não menos na vida particular que na pública.»

 

Tudo foi criado para a Glória extrínseca de Deus. A acção de criar consiste na manifestação contingente e finita das perfeições Divinas. Todo o ser da Criação reside virtualmente em Deus Nosso Senhor. A Criação é perfeita, o que não quer dizer que não seja possível outra mais perfeita. NÃO EXISTE LIMITE PARA A PERFEIÇÃO FINITA, NA EXACTA MEDIDA EM QUE POR MAIS PERFEITA QUE SE CONCEBA ESSA CRIAÇÃO, É  SEMPRE POSSÍVEL OUTRA MAIS PERFEITA.  

A perfeição da Criação, não resulta sòmente da perfeição dos entes que a compõem, mas igualmente da hierarquia das suas relações recíprocas. Hierarquia que os homens e as sociedades desfiguram com os seus pecados e a sua infidelidade, como acabamos de ouvir de Pio XII.

A existência de mal moral no mundo justifica-se, globalmente, pela exaltação correlativa do Bem, na provação ascética das almas eleitas, coroando a Bondade, a Justiça e a Misericórdia Divina. Porque o mal, em si mesmo, é permitido por Deus em função de um bem maior, o qual é definido pela Ideia da Criação, Eternamente presente na Inteligência Divina.

Tudo o que sai das mãos de Deus POSSUI UMA SANTIDADE ONTOLÓGICA PRÓPRIA, POIS QUE SÓ DEUS PODE CRIAR. A Santidade da Criação, é uma santidade contingente, por oposição à Santidade Infinita e Incriada de Deus Nosso Senhor.

A criatura, ainda que a mais elevada, não só não pode criar, como nem mesmo pode exercer concurso instrumental na criação. E a razão profunda filia-se no facto da Causa instrumental, para actuar, necessitar de um ponto de apoio já criado. Ora o acto de criar, por definição, não pressupõe, nem pode pressupor, qualquer passividade criada sobre a qual repouse. Isto é tanto mais verdade quanto o acto de criar não integra nenhuma fase intermédia, ou seja, não há passagem sucessiva da potência para o acto, como acontece com as operações, mesmo espirituais, dos entes contingentes. Mesmo o Anjo, necessitou de um momento ontológico, ulterior ao momento da sua criação, para se unir Sobrenaturalmente a Deus, ou para rejeitá-l’O.

Um dos maiores erros filosóficos, que constitui igualmente uma heresia teológica, é o Dualismo. Consiste o Dualismo estrito, genèricamente, em considerar apenas dois princípios ontológicos e metafísicos absolutos e irredutíveis: A matéria, como o princípio mau, atribuível a um “deus” mau; e o espírito como o princípio bom, atribuível a um “deus” bom. O gnosticismo, o maniqueísmo, que fez sucumbir Santo Agostinho, e mais tarde os Cátaros e Albingenses, são exemplos de dualismo extremo; tão hediondo, este último, que para evitar a propagação da carne, proibia o casamento, tolerando a sodomia. Existem dualismos moderados que resolvem os dois princípios de bem e de mal num só princípio originário absoluto; por exemplo, o dualismo platónico que dividia a realidade entre mundo inteligível (bem) e mundo sensível (mal) embora integrando-os num plano de ordem superior. O mazdeísmo persa também cinde a realidade entre um princípio absoluto bom (Ormuzd) e um principio absoluto mau (Arhiman); a vida e a História mais não seriam do que o resultado da luta titânica entre esses dois princípios.

Santo Agostinho debateu-se longamente com a sua impossibilidade de explicar o porquê da presença de mal no mundo, optando por sacrificar o poder de Deus, antes que obliterar-Lhe a bondade. Só a Graça de Deus salvou Agostinho, mais do que qualquer especulação filosófica.  Mas a tese dualista é metafísica, teológica, e moralmente impossível e absurda.

Afirmámos que o ser do mundo É virtualmente em Deus; mas exactamente por isso as leis que regem a Criação, no plano físico e no plano moral, SÃO INTRÌNSECAMENTE CONFORMES À VERDADE E AO BEM INCRIADOS.

O Tomismo é intelectualista, faz depender as essências imutáveis das coisas da Inteligência Divina, e não da Sua Vontade. Mas precisamente por isso, A CRIAÇÃO, ONTOLÒGICAMENTE, É SANTA; É SANTA PORQUE CONSTITUI UMA IMAGEM CONTINGENTE DO DEUS SANTO. É SANTA PORQUE A PERFEIÇÃO DIVINA NÃO SE PODE ADICIONAR À PERFEIÇÃO DA CRIAÇÃO; TAL COMO SE NÃO PODE ADICIONAR A SABEDORIA DE UM LIVRO À DO SEU AUTOR.

Deus Nosso Senhor não pode criar naturezas más, isso constitui uma impossibilidade metafísica; as naturezas, as substâncias, completas ou incompletas(1), os acidentes, que não envolvam privação de ser, são sempre necessàriamente bons. Contudo o espírito é muito superior à matéria, porque reflecte muito mais perfeitamente as perfeições Divinas.

O sofrimento e a morte SÃO PRIVAÇÃO DE SER, E POR ISSO NÃO EXISTIAM NO PARAÍSO TERRESTRE, ONDE OS DONS PRETERNATURAIS CONTRIBUÍAM PARA O RESPLENDOR DOS SOBRENATURAIS. O mal físico deste pobre mundo também provém do pecado original. A explicação profunda para estas questões radica-se no facto da Criação, em si mesma boa e santa, tender metafìsicamente para o nada, sendo disso impedida pela conservação operada pela Mão Divina. Consequentemente, as naturezas, criadas boas e santas, de alguma maneira possuem inscrita em si uma determinada privação de ser; isso sucedeu mesmo no Paraíso Terrestre, pois que nem a privilegiada condição Preternatural e Sobrenatural, impediu o pecado original, o qual, como todo o pecado, é constitutivo de uma perda de ser moral, com os consectários muito graves da perda de ser em sentido físico – O SOFRIMENTO E A MORTE.

A santidade da Criação implica que o corpo humano é totalmente bom, sem partes vergonhosas: ESSA VERGONHA PROVÉM DO PECADO, ORIGINAL E ACTUAL. São Gregório Nisseno (335-385), irmão de São Basílio, caiu no dualismo, considerando que Adão e Eva haviam sido, antecedentemente, criados sem função sexual, mas consequentemente, e por previsão do pecado original, teriam visto nascer neles uma função considerada indigna e primitivamente não prevista. Orígenes, escritor eclesiástico, mas que caiu em gravíssimas heresias, como a apocatástase (regresso universal de todas as criaturas a Deus), levou tão longe o seu maldito dualismo, QUE SE EMASCULOU VOLUNTÀRIAMENTE. Que se afirme muito claramente: A função sexual, dentro do matrimónio Católico, e orientada essencialmente para a procriação, É POSITIVAMENTE BOA E SANTA, E QUERIDA POR DEUS, MESMO NO PARAÍSO TERRESTRE. A GRANDE TRAGÉDIA É QUE A MISÉRIA HUMANA CONSPURCA HEDIONDA E ODIOSAMENTE O QUE FOI CRIADO ONTOLÒGICAMENTE SANTO E PURO.

Então se a função sexual, enquanto criada por Deus Nosso Senhor, é pura e santa, PARA QUÊ O CELIBATO?

Precisamente por causa do pecado; porque a sexualidade só pode ser santa em esposos santos – o que é raríssimo. Os religiosos, sobretudo, mas também os sacerdotes, encontram-se num ESTADO PÚBLICO E OBJECTIVO DE CONSAGRAÇÃO A DEUS, E POR ISSO TÊM A OBRIGAÇÃO DE TENDER PARA A SANTIDADE MAIS INTENSAMENTE QUE OS LEIGOS; CONSEQUENTEMENTE DEVEM ABRAÇAR UM ESTADO DE VIDA EM QUE ESSA SANTIDADE SEJA MENOS DIFÍCIL DE ALCANÇAR. O CELIBATO, ABRAÇADO POR AMOR SOBRENATURAL DE DEUS, EM VIRTUDE DO PECADO ORIGINAL E PECADOS ACTUAIS, É CAMINHO MAIS SEGURO PARA A SANTIDADE. A SANTIDADE NO MATRIMÓNIO NÃO É IMPOSSÍVEL, MAS É MUITO RARA, PORQUE REQUER DE AMBOS OS ESPOSOS EXCEPCIONAL VIRTUDE.

O pecado dos Anjos e dos homens não contradiz a santidade da Criação em si mesma, precisamente PORQUE O PECADO É UMA PRIVAÇÃO DE SER, QUE METAFÌSICAMENTE, E EM ÚLTIMA ANÁLISE, DERIVA DA FINITUDE, JÁ CITADA, DESSA MESMA CRIAÇÃO; DE UMA CONTINGÊNCIA QUE SEM A CONSERVAÇÃO OPERADA POSITIVAMENTE POR DEUS NOSSO SENHOR – CAIRIA NO NADA.

Mas a maior prova, digamos assim, da santidade da Criação, contemplada pelos santos de todos os tempos, reside no sentido mais profundo da analogia do ser e consequente Auréola Sobrenatural da Criação. É conhecido como a Ordem Sobrenatural sobrepuja infinitamente a Ordem Natural, porque esta última, que é a da Criação, reflecte as perfeições Divinas, mas a Ordem Sobrenatural PARTICIPA DESSAS MESMAS PERFEIÇÕES, CONQUANTO ACIDENTALMENTE, PELA GRAÇA SANTIFICANTE, PELAS VIRTUDES TEOLOGAIS E MORAIS, E PELOS DONS DO ESPÍRITO SANTO. A analogia do ser permite-nos contemplar a Criação Natural à Luz da Revelação. Efectivamente, a própria Teologia ensina-nos o que são as conclusões teológicas, que possuem premissas de Ordem Natural e premissas de Ordem Sobrenatural; as conclusões facultam-nos um olhar sobre a Criação extraordinàriamente enriquecido com UMA VERDADEIRA AURÉOLA SOBRENATURAL. Sabemos que a Ordem Natural e a Ordem Sobrenatural são INCOMENSURÁVEIS; contudo a analogia do ser, que é constitutiva do próprio ser, não invalida essa incomensurabilidade, até a confirma. A Auréola Sobrenatural da Criação só pode constituir uma realidade, PORQUE APROUVE A DEUS NOSSO SENHOR ELEVAR-NOS, GRATUITA, MAS OBRIGATÒRIAMENTE, À ORDEM SOBRENATURAL. A Auréola Sobrenatural da Criação, DESENVOLVE IMENSO O NOSSO CONHECIMENTO NATURAL SOBRE A MESMA CRIAÇÃO, PORQUE A CONTEMPLAMOS À LUZ SOBRENATURAL DA VERDADE INCRIADA. A pacificação que os santos encontram na fase adulta da sua ascensão para Deus, é indissociável desta hegemonia Sobrenatural no governo dos bens criados, a qual é copiosamente robustecida pelo Dom do Espírito Santo da Ciência.

É essa mesma vida dos santos, pelo equilíbrio que apresenta, que nos deve fazer docemente recordar a expressão de Nosso Senhor Jesus Cristo: Eu venci o mundo! (Jo 16,33)- QUE TAL NOS ILUMINE NAS TREVAS EM QUE VIVEMOS.

PORQUE ESTE MUNDO FOI CRIADO E REDIMIDO POR DEUS NOSSO SENHOR, QUE O CONSUMARÁ NO ÚLTIMO DIA, RATIFICANDO ASSIM ETERNAMENTE A SANTIDADE DA CRIAÇÃO, NA GLÓRIA EXTRÍNSECA DO CRIADOR.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 13 de Setembro de 2016

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

 

NOTA 1: Uma substância completa é aquela que existe por si mesma, por exemplo, um homem; neste caso, tendo o carácter de racional, é uma pessoa. Mas um cão, e até uma formiga, também são uma substância completa. Um braço, uma perna, são substâncias incompletas, existem em si mesmas, mas não por si mesmas, por isso o braço separado do corpo – morre.

Um acidente, não pode existir em si mesmo, nem por si mesmo, mas noutro, ou seja numa substância. Uma doença, filosòficamente considerada, é um acidente; os nossos estados psíquicos também são acidentes.   

PIUS XII IN THE «HUMANI GENERIS» REALLY OPENED THE DOOR TO EVOLUTIONISM?

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Arai Daniele

Would Pius XII have fallen into the folly of evolutionism? Since he used benevolently this term in his encyclical “Humani Generis” (Hg) in 1950, and since it have been demonstrated, each time more scientifically, the falsehood of what is known as “evolutionism”, what must we believe, not only on this thorny issue, but also on the Papal Magisterium, whose role is precisely to refute the errors and confirm the truth? Let’s read something about in «Hg»:

  • «Disagreement and error among men on moral and religious matters have always been a cause of profound sorrow to all good men, but above all to the true and loyal sons of the Church, especially today, when we see the principles of Christian culture being attacked on all sides…
  • 3. It is for this reason that divine revelation must be considered morally necessary so that those religious and moral truths which are not of their nature beyond the reach of reason in the present condition of the human race, may be known by all mean readily with a firm certainty and with freedom from all error [Conc. Vatic. D.B., 1876, Cont. De Fide cath., cap. 2, De revelatione.]…
  • 5. If anyone examines the state of affairs outside the Christian fold, he will easily discover the principle trends that not a few learned men are following. Some imprudently and indiscreetly hold that evolution, which has not been fully proved *it´s correct, but I’d say proven* even in the domain of natural sciences, explains the origin of all things, and audaciously support the monistic and pantheistic opinion that the world is in continual evolution. Communists gladly subscribe to this opinion so that, when the souls of men have been deprived of every idea of a personal God, they may the more efficaciously defend and propagate their dialectical materialism…
  • 6. Such fictitious tenets of evolution which repudiate all that is absolute, firm and immutable, have paved the way for the new erroneous philosophy which, rivalling *instead of rivalling* idealism, immanentism and pragmatism, has assumed the name of existentialism, since it concerns itself only with existence of individual things and neglects all consideration of their immutable essences…
  • 35. It remains for Us now to speak about those questions which, although they pertain to the positive sciences, are nevertheless more or less connected with the truths of the Christian faith. In fact, not a few insistently demand that the Catholic religion take these sciences into account as much as possible. This certainly would be praiseworthy in the case of clearly proven facts; but caution must be exercised when there is rather question of hypotheses, having some sort of scientific foundation, in which the doctrine contained in Sacred Scripture or in Tradition is involved. If such hypothetical opinions are directly or indirectly opposed to the doctrine revealed by God, then the demand that they be recognized can in no way be admitted.
  • 36. For these reasons the Teaching Authority of the Church does not forbid that, in conformity with the present state of human sciences and sacred theology, research and discussions, on the part of men experienced in both fields, take place with regard to the doctrine of evolution, in as far as it inquires into the origin of the human body as coming from pre-existent and living matter – for the Catholic faith obliges us to hold that souls are immediately created by God.
  • Indeed, in the sources of divine revelation there are words which demand us to believe that Man was created in a different moment than other animals, and directly by God:

    • (Gn 1, 26-28) God said, “Let us make man in our image, to our likeness. Let them rule over the fish of the sea, over the birds of the air, over the cattle, over the wild animals, and over all creeping things that crawl along the ground.” So God created man in his image; in the image of God he created him; male and female he created them. God blessed them and said to them, “Be fruitful and increase in number, fill the earth and subdue it, rule over the fish of the sea and the birds of the sky, over every living creature that moves on the ground.”
    • THE SECOND ACCOUNT OF CREATION  (Gn 2, 4-7)
    • On the day that Yahweh God made the earth and the heavens, there was not yet on the earth any shrub of the fields, nor had any plant yet sprung up, for Yahweh God had not made it rain on the earth, and there was no man to till the earth, but a mist went up from the earth and watered the surface of the earth. Then Yahweh into his nostrils a breath of life and Man became alive with breath.

    This article in English is to point out the translation of the term used by the Pope in Italian: pre-existing organic matter, that does not match with pre-existent and living matter. The fact is that, even if the Pope indulged in adopting the term pre-existing organic matter, that differs of pre-existent and living matter – when it is clear that the term organic exist in all languages -, the Pope continues in his Encyclical saying as follow:

    • … for the Catholic faith obliges us to hold that souls are immediately created by God. However, this (the use of word organic) must be done in such a way that the reasons for both opinions, that is, those favorable and those unfavorable to evolution, be weighed and judged with the necessary seriousness, moderation and measure, and provided that all are prepared to submit to the judgment of the Church, to whom Christ has given the mission of interpreting authentically the Sacred Scriptures and of defending the dogmas of faith. Some however, rashly transgress this liberty of discussion, when they act as if the origin of the human body from pre-existing and living matter [organic] were already completely certain and proved by the facts which have been discovered up to now and by reasoning on those facts, and as if there were nothing in the sources of divine revelation which demands the greatest moderation and caution in this question.

    Therefore, it is evident that those translations have spread the word that is an explicitly erroneous concept, while the text in Italian the term may be imprecise or ambiguous but can be interpreted differently, as we mean to demonstrate here. It remains that these translations, even the official one in Latin, departed from the original in Italian, indicating an alteration of the term. Of course, the Latin version of the Encyclical is the one that counts as official text to be registered in A.A.A. papers, but even in Latin exist the adjective «organico». Nevertheless the translator chose to translate the phrase as follows: « Quamobrem Ecclesiae Magisterium non prohibet quominus « evolutionismi » doctrina, quatenus nempe de humani corporis origine inquirit ex iam exsistente ac vivente materia oriundi». Was this done on purpose by men with the modernist mentality rampant in the Vatican? This is where the greater suspicion is stemming from. Of course, this does not rule out a lack of attention of Pope Pius XII, known for his great rigor, even on up-to-date expressions used in the everyday language.

    But let us recall that very prestigious priests, like Augustin Bea, known for his ideas on a theistic evolution, was very close to the Pope, Bea being Pius XII’s confessor.

    In Humani Generis, Pope Pius XII makes restrictions on evolutionary theory, especially concerning the error of denying monogenism related to Adam and Eve, an error that promotes polygenism already condemned by the Magisterium. But these words of caution were instrumentalized in a world already soaked with the mentality of an evolutionary relativism. This opened the door to all discussions, not excluding that Adam could have been not merely one person, but many parents (Cardinal Ravasi); This is because of the imprecise sentence (No. 37): “The faithful indeed cannot adopt a theory whose proponents argue that after Adam there was on earth true men who did not descend to him as the first common father by natural generation, or Adam refers to the whole of the first countless fathers.”  «After Adam»? What about the time before Adam?

    Evolutionists and Modernists took advantage of inaccuracies like these: because “after Adam” does not include the time “before Adam,” to introduce a doctrinal change each time they found a pretext in a very magisterial document.

    This chicane exploded with Jean Paul 2º, who in a speech to the Pontifical Academy of Sciences (October 1982) has stated that evolutionism is not as a hypothesis, but a science.

    And now we have arrived to Jorge Bergoglio.

    “The theories of evolution and the Big Bang are real and God is not “a magician with a magic wand”, Bergoglio has declared, speaking at the Pontifical Academy of Sciences; comments which some experts said put an end to the “pseudo theories” of creationism and intelligent design that some argue were encouraged by his predecessor, Benedict XVI.

    And for the press those comments were more in keeping with the progressive work of Pope Pius XII, who opened the door to the idea of evolution and actively welcomed the Big Bang theory. In 1996, John Paul 2ª went further and suggested evolution was “more than a hypothesis” even an “effectively proven fact”.

    Did all these errors started from a bad translation or not?

    With no intention to focus on some “conspiracy theory”, one can still suspect that a faulty translation to begin with has generated a big confusion. Is organic matter some inanimate substance or not? To clarify this, let us check the definition (and etymology) of ‘organic’ matter in English. Its original meaning was that it comes from a living thing. Nowadays, however, in organic chemistry this means carbon compounds that contain hydrogen, and many times even oxygen, phosphorus, sulphur or halogens (fluorine, chlorine, brome, iodine), or in some cases even iron (as in haemoglobin) or trace elements such as copper, silver lead or gold. The carbon and hydrogen are necessary, otherwise carbon dioxide would be also organic, which is not the case. And this type of compounds, or at least some of them can be produced even without any kind of life whatsoever, hence the idea of the pre-existing organic matter, therefore this definition does not mean that this compounds must come from some living structure. (To better understand this, see the Miller-Urey experiment on Wikipedia. They could produce organic matter without making use of any form of life, but it is a leap of faith to say that this results in spontaneous production of life.)  In addition, the fact that the term ‘organic’ in the so-called biological agriculture means another thing, only adds to the confusion. (Fortunately this last issue does not concern our discussion, because it did not come up in the time of Papa Pacelli.) So the term has evolved, as in semantic revolution, discussed in some articles and even books of this very same author. In fact, to consistently strive to approach as much as possible the mindset of the Pope, one must say that “pre-existing organic matter” admits much less the idea of humans originating from animals (a primate descendant), than “pre-existing living matter”. Indeed, would it not be odd to hear calling  the body of an animal, like a living monkey an organic matter?

    Moreover, the form used by Pius XII corresponds to the logical thinking that God created the human body to live on this earth, gave him the same “pre-existing organic structure” to meet the same common vital needs with the animals living on the earth. More than “material” we can talk about “a form of pre-existing organic matter”, because man has organic systems similar to those of animals, although somewhat different, it still shares some functions with the animal kingdom, such as: movement, sensory, breathing, feeding, vision, etc. which differ only in the details. The cardiac organ of the man and that of the pig, for example, are so similar that even of partial transplants are possible!

    Today, we know that ADN of humans and animals are similar. So, there is no reason why the Creator should not have used for the creation of man, an organic matrix already created and existing on earth in many forms.

    It is most certain that life comes from the Spirit. In this sense, man has a spiritual soul that is incomparably superior to animal’s soul. To carry out this work of divine art, God used the dust of the earth – mineral matter – also composed of organic carbon (element present in the earth). So nothing contradicts the Genesis account of the creation of men, animal creatures, although they have been given free will to become a son of God.

    ANALYZING A SLIP IN AN ENCYCLICAL OBSCURES THE PONTIFICAL MAGISTERIUM?

    On many issues, and countless are indeed those involved in the human spiritual life, the popes were committed to infallibly define their key ideas. There is also an ordinary magisterium not claiming to be infallible. But if it can be said fallible, that’s not a reason to believe that it can teach error. So we should not question this encyclical or use anything out of it against its teaching on the ordinary Magisterium as follows:

    • It is true that Popes generally leave theologians free in those matters which are disputed in various ways by men of very high authority in this field; but history teaches that many issues that formerly were open to discussion, no longer admit any questioning.
    • 20. Nor must it be thought that what is expounded in Encyclical Letters does not of itself demand consent, since in writings like Letters the Popes do not exercise the supreme power of their Teaching Authority. For these matters are taught with the ordinary teaching authority, of which it is true to say: “He who heareth you, heareth me”;[3] and generally what is expounded and inculcated in Encyclical Letters already for other reasons appertains to Catholic doctrine. But if the Supreme Pontiffs in their official documents purposely pass judgment on a matter under dispute before that time, it is obvious that that matter, according to the mind and will of the Pontiffs, cannot be any longer considered a question open to discussion among theologians. Or else “one should not think that what is proposed in the encyclical letters does not require the consent of self “pretext that they are not infallible. The legitimate Pontiff recalls that he still remains the voice of Jesus Christ for the conversion and salvation of men.

    Conversely, the new teaching openly contrary to the previous, even ordinary, reveals its contaminated source, and this fact can make discern that its signature is invariably of a false Christ. In this case, he should not be listened nor followed, but anathematized, according to the Gospel mandate. The current fallacy of many is that the mandate is only to repudiate the teaching of errors and heresies, but not to denounce and disown their authors; an illogical and pernicious idea, because if not denounced the authors along with their false doctrine, this doctrine of counterfeiters continue to promote the rupture in the Church’s teaching in the name of the same Church and Papacy.

    Here is the situation we are living for more than half a century, and the infernal price paid by souls to the “conciliar magisterium”, with its false label of “ecumenical council” whose praxis continues with a frightening acts of ecumenical deviations. This long interregnum is responsible for the persecution of the Truth and for the general apostasy. Many souls are lost because of the folly of what is hypocritically presented as the teaching of the Church. However, any similarity that we want to see between this monstrosity unprecedented in the history of the Church and possible irregularities in utilisation of terms such as “organic matter” is foolish in the light of faith.

    So, it should be noted that much of what is supposed to be a “resistance” to the Conciliar abominations, is based on this outrageous absurdity that the non-infallible papal teaching is subject to error and even heresy. Hence the “formula”, incredible for any logical thinker, especially for Catholics: the important teaching of an encyclical like Humani generis and the heterodox magisterium of Vatican II with its too many deviations throughout this interregnum of two generations, also are products of the same “fallible teaching”, prone to error and heresy. (See those who actually claim that a pope can err when he does not use his infallibility, which allows them to claim that “the conciliar popes” with their errors and heresies are legitimate. Yet these people are careful not to talk about heresies!)

    This anti-Catholic sedition has worked and continues to work after the death of the one who withheld it: the Pope’s vision of the “Third Secret of Fatima” killed with all his faithful followers. The other, the enemy of the Faith, became known already in 1960, but has the power of Satan to mislead and pervert with lying wonders, those who are perishing because the love of truth, which would have saved them, found no room in their hearts. That is why God gave them these deceitful “popes”, and let them believe in the “miracle” of their canonization. In this manner, those who have not believed the truth but have joined the evil that reigns in the Vatican, will be punished. (Cf. II Thess. II, 2-12)

    Such is the terrible deterioration of intelligence and religious conscience of our times. What could be a clearer sign of the great apostasy announced in the Gospels then this: for lack of love of truth, many embraced error and lies. How can we pray for the consecration of Russia to be fulfilled if it lacks the Pope capable to call for conversions, and if in the Vatican reigns an “ecumenical papacy”, opposing conversions?

    This will continue until a greater punishment will open the eyes to this wicked generation. So … our hope is and will be in the words of Our Lady at the conclusion of the “Secret”:

    “At the end, my Immaculate Heart will triumph. The Holy Father will consecrate Russia to me which will be converted, and it will be given the world a period of peace.

DO TRADICIONALISMO EMPALHADO AO CATOLICISMO EMPULHADO

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Arai Daniele

Aqui definimos «tradicionalismo empalhado» aquele que, diante da repetição da pérfida abominação de Assis – da reunião das grandes religiões do mundo promovida por um em veste papal – nem sequer repete as palavras de condenação de 30 anos atrás. As evita e tanto mais a declaração dos dois Bispos, Lefebvre e Castro Mayer em Buenos Aires, no fim do mesmo ano. Vamos republicá-la aqui, em desafio ao desagrado da atual FSSPX e de seu «papa conciliar».ecumaniacos

Quanto ao «catolicismo empulhado», não se pense que o “empulhar” aqui se refere só à operação ecumenista conciliar, essa é macro empulhação enquadrada nas Sacras Escrituras como abominável adultério religioso (para isto vamos lembrar a profecia de Ezequiel 7); não, vamos  nos referir à micro empulhação – na verdade uma virose teologal – hoje atual nos meios «tradicionalistas» mais empolados. Esta é de certo modo responsável pelo voluntário «auto-empalhamento» apenas acusado, pelo menos justificando a legitimidade da figura em veste papal acima. Mas note-se, muitos destes «mestres», pelo menos dizem que tais chefes pouco ou nada têm com o catolicismo senão o abuso dessa denominação; mas são Papas!

A empulhação da qual há que falar, portanto, provém dos que conhecem esta perfídia, mas pregam a legitimidade do disfarce de tal calamidade da Igreja ocupada pelos seus inimigos. Nesta longa ocupação muitos são os que sabem que foi engendrada uma «outra igreja», mas o disfarçam para constar como membros críticos desse simulacro conciliar que controla o centro de pensamento, finanças e influência mundial do Vaticano; a «igreja visível» deles.

Nem aderem de corpo e alma a tal mega aparato adulterino, mas como a adesão a este dita as regras do «bom-tom» religioso, não arriscam sentenças de “non uma cum” pela total recusa do «magistério conciliar». Não, mas colocam os erros deste falso magistério ao nível do real Magistério de Pedro, que conteria algum erro, a partir de «erros» do mesmo São Pedro!

Tudo isto, embora dita comunhão derive da adesão aos «papas» recebidos e honrados pelo mundo devido às suas amplas aberturas ecumenistas, em ruptura com a Tradição. Não conta que tais «papas conciliares» exaltem a ONU, organização que promove no Brasil e no mundo o aborto e outros crimes. Tais empulhações planetárias conjuntas não tocariam a autoridade de «papas» de poder garantido por «conclaves canônicos»! Senão satanás teria prevalecido!!

Estes «mestres» sabem que a função e a autoridade pontifical são representativas, e que só por esta razão o Vigário de Jesus Cristo é simbolicamente até mesmo «adorado». Indignaram-se quando sua tríplice coroa, que não é propriedade pessoal é doada a museu, como quando Paulo 6 «desfez-se» da Tiara papal. Ele alienava o que não era seu e tal gesto demonstrava ser alheio à fé devida à função de Vigário de Jesus Cristo Rei, com todo o poder no Céu e na terra.

Ultimamente o assunto dos gestos voltou no texto de autoria de um estudioso do peso de Arnaldo Xavier da Silveira, que o publicou em seu site. O artigo aborda a questão do Magistério Ordinário da Igreja Católica e esclarece que um papa ensina não apenas por palavras nos seus documentos, mas que do magistério ordinário também constam seus atos e gestos públicos. Cita São Tomás, além de documentos do ensino doutrinário convencional. Tudo apoiado nas palavras de Nosso Senhor aos seus apóstolos sucessores, Papa e Bispos: “quem vos ouve a Mim ouve”. A denominação que esse ensino comum e contínuo assumiu no tempo foi de Magistério ordinário. Está em discursos dos Papas, nas encíclicas, decretos, cartas e pregações, que exprimem esclarecimento nas questões de fé e costumes. Só quando tais palavras atingem um grau de relevância ex Cátedra na Igreja, envolvem a proteção divina da infalibilidade.

Mas que dizer de grandes gestos, de repercussão mundial, como a convocação de reuniões de todas as religiões do mundo, como se viu e se vê em Assis? Ora, se esse «magistério» falado ou gesticulado implica sempre a autoridade da Igreja, então que dizer também da pessoa que o promove? Representa um magistério que reivindica credibilidade à Cátedra e à Igreja?  beija-o-alcorao

É aqui que vemos esses «mestres » pontificarem: “não só não devemos ao magistério conciliar, em quanto tal, obediência alguma em nenhum ponto, mas devemos enfrentá-lo com uma contínua e intransigente oposição católica”. Isto testemunhamos neste mesmo sito, mas sob o título «delenda Vaticano 2», o que pede a destruição do seu espírito, letra e promotores, pois é demonstração que esta falta de credibilidade indica não terem a autoridade da Igreja.

Só no nosso tempo, em que os falsos mestre proliferam, é que alguém que ensina matemática, física ou gramática, se apresente voluntário para dissertar sobre os temas mais espinhosos da vida da Igreja, não para repetir o que já está definido, mas para o contrariar com a sua opinião. Ora, a profissão de fé depende de certezas e uma delas é ser impossível que um papa ensine no seu magistério o que é contrário e nocivo à Fé, na Doutrina ou na Liturgia. Por isto se um católico rejeita um rito de missa, alegando ser «heretizante» ou «protestantizante», deve ser claro ao testemunhar que o clérigo que o promulgou não pode ser papa verdadeiro.

Foi o dilema – ainda pendente e daí «empalhado» -, no encontro de Mgr Lefebvre com o «papado» do Vaticano conciliar, representado então por João Paulo 2º e o Cardeal Seper. Vejamos de novo a questão, antes de voltarmos ao falso dilema atual. Sim, porque dessa pendência despontou a casta de «empulhadores», triste posição dos que, reconhecendo o erro e querendo defender a Igreja da alteração, empalham as objeções diante da Santa Sé ocupada.

É a síndrome de um cego «papismo» acatólico porque, a ocupação do cargo para a defesa da Fé é o perigo do maior engano. Trata-se da calamidade de alguém que, vestido de chefe da Igreja beija o Alcorão… como se os Pastores a quem Deus confiou a Igreja, pudessem, sobre um ponto de extrema importância no que tange a sua preservação, fazer gesto que torna-se causa de erro para os fiéis” (Papa Pio VI, Super Soliditate Petrae).

São Tomás diz que um papa rezando sobre o túmulo de Maomé [ou de Ghandi] é um exemplo claro que caracteriza a apostasia pública da fé católica. Qual a diferença entre este exemplo de São Tomás para os atos e gestos dos «papas conciliares» que celebram a «fé de Assis»? Quem pode duvidar que os atos e gestos dos conciliares tornam-se cada cez piores porque diretos a concretizar sistematicamente a a perversão ecumenista, como «consciência» da Igreja (nova).

É de fé que a Autoridade que representa Deus na Terra, o Papa católico, não pode ministrar aos fiéis veneno contra a Fé, seja com palavras, documentos, iniciativas ou atos. Mas não é isto que têm feito e fazem os «papas conciliares»? Se a verdadeira Igreja não podia errar diante do rigor jansenista, tanto menos pode errar diante do debochado relativismo ecumenista dos que perpetram um máxima ofensa à única soberania divina: não são pois verdadeiros papas!

Para entender esse ponto voltemos à questão posta pelo Cardeal Seper, chamado por João Paulo 2º para fazer as pazes com Mgr Lefebvre se aceitasse o Vaticano 2 à luz da Tradição! O nó ficou devido à sua afirmação: ser o «Novus Ordo de Paulo 6» protestantizante. Foi o mesmo Seper a apontar o nó porquê: – ou isto é falso e tal rito – dado por um papa – é católico, ou quem o institui não é papa! (Cf. nº extra da revista Itineraires: Mgr Lefebvre et le Vatican).

Pode o católico fiel, do «sim, sim, não, não», chamar católico o que é protestante, ou vice versa; ou ainda mais – um rito ou a «autoridade» que o promove e que avança de tal modo no erro ecumenista que culmina seu apostolado com a «reunião de Assis»? Não equivale isto à maldição de chamar bem o mal e mal o bem? Ou será que o mal e a heresia em questões de «extrema importância no que tange a vida da Igreja e a salvação das almas», tem autoridade na direção apostólica da Igreja de Deus? Não pode ter, assim como não podem ter nenhum direito os que os promovem a perdição em nome da Igreja. Se parece que tiveram, na verdade decaíram dele «ipso facto» porque já decaíram da condição de católicos pelo próprio juízo, segundo a Lei evangélica e da Igreja e a razão da autoridade em representação de Jesus Cristo.

Aqui despontam, porém, alguns novos mestres de mente empalhada pelo «papismo» cego, com um «status quo» acatólico: não se pode julgar um papa, mas conviver com o herege até a vinda de outro papa conciliar, porque o conclave tem valor absoluto se as vozes do mundo disserem que finalmente temos papas tão humanos, que aceitam pecados e heréticos, por misericórdia. Pela lei evangélica não se trata de julgar quem promove a heresia; estes já estão julgados; trata-se de reconhecer o fato à luz da Fé e da lei da Igreja. Senão falsos Cristos, em posição papal, vão enganar sem freios multidões. Até quando? Com qual resistência católica?

Ainda uma reunião das «grandes religiões» em Assis, «qu’en penser?»

Os tradicionalistas que «empalham» essa questão alegam a posição de seus maiores. E aqui vem a contradição que se vale do nó não desfeito por Mgr Lefebvre, para não testemunhar nem mesmo o que os Bispos testemunharam na 1ª reunião da abominação de Assis. Vamos publicar declarações dos dois Bispos, a fim de aquilatar o silêncio hoje de seus discípulos. Quem ouviu a lembrança desta declaração de 1974 ou da conjunta em 1986 para esta ocasião?

DECLARAÇÃO DE MONSENHOR LEFEBVRE de 21/11/1974

«Nós aderimos de todo o coração e com toda a alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a preservação desta mesma fé, a Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade. [105]

Nós rejeitamos, ao contrário, e recusamos sempre seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II e depois do concílio, em todas as reformas que dele procederam.

De fato, todas estas reformas contribuíram e ainda contribuem para a demolição da Igreja, para a ruína do sacerdócio, para o aniquilamento do sacrifício e dos sacramentos, para o desaparecimento da vida religiosa, para um ensino neutro e teilhardiano na universidade, nos seminários, na catequese, ensino que procede do liberalismo e do protestantismo, já tantas vezes condenado pelo magistério solene da Igreja.

Nenhuma autoridade, nem mesmo a mais alta hierarquia, pode obrigar-nos a abandonar ou a diminuir a nossa fé católica, claramente expressa e professada pelo magistério da Igreja há 19 séculos. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie um evangelho diferente daquele que vos temos anunciado, seja anátema!” (Gl. 1,8)

Não é, talvez, o que nos repete hoje em dia o santo padre? E se uma certa contradição se manifestar entre suas palavras e seus atos, assim como nos atos dos dicastérios, então nós escolhemos o que foi sempre ensinado e não daremos ouvidos às novidades que destroem a Igreja.

Não se pode modificar profundamente a lex orandi sem modificar a lex credendi. A nova missa corresponde ao novo catecismo, ao novo sacerdócio, aos novos seminários, à nova universidade, à nova Igreja carismática, pentecostal, todas coisas opostas à ortodoxia e ao magistério de sempre.

Esta reforma tendo saído do liberalismo e do modernismo, é toda e inteiramente envenenada; nasce da heresia e termina na heresia, mesmo que todos os seus atos não sejam formalmente heréticos. É, portanto, impossível a qualquer católico consciente e fiel adotar esta reforma e submeter-se a ela de algum modo.

A única atitude de fidelidade à Igreja e à doutrina católica, para a nossa salvação, é a recusa categórica de aceitar a reforma. Por isto, sem nenhuma rebeldia, nenhuma amargura, nenhum ressentimento, nós prosseguimos na nossa obra de formação sacerdotal sob a estrela do magistério de sempre, persuadidos como estamos de não poder prestar maior serviço à santa Igreja católica, ao sumo pontífice e às gerações futuras.

Por isto nós aderimos firmemente a tudo que foi acreditado e praticado na fé, os usos, o culto, o ensino do catecismo, a formação do sacerdote, a instituição da Igreja, da Igreja de sempre, e codificado nos livros que apareceram antes da influência modernista do Concílio, esperando que a verdadeira luz da tradição possa dissipar as trevas que obscuram o céu da Roma eterna.

Fazendo assim, estamos convencidos, com a graça de Deus, a ajuda da Virgem Maria, de São José, de São Pio X, de que permanecemos fiéis [106] à Igreja Católica e Romana, a todos os sucessores de Pedro e de que somos os fideles dispensatores mysteriorum Domini Nostri Jesu Christi in Spiritu Sancto. Amém. (ass.) Marcel Lefebvre.

Vamos agora saber o que declararam os dois bispos fiéis em relação ao ato inaudito de Assis:

DECLARAÇÃO (como conseqüência dos acontecimentos da visita de João Paulo II à Sinagoga e ao Congresso das Religiões em Assis).

Roma mandou nos perguntar se tínhamos a intenção de proclamar nossa ruptura com o Vaticano por ocasião do Congresso de Assis.

Parece-nos que a pergunta deveria, antes ser esta: o senhor acredita e tem a intenção de declarar que o Congresso de Assis consuma a ruptura das autoridades romanas com a Igreja Católica? Porque é precisamente isto que preocupa àqueles que ainda permanecem católicos.

Com efeito, é bastante evidente que, desde o Concílio Vaticano II, o papa e os episcopados se afastam, de maneira cada vez mais nítida, de seus predecessores. Tudo aquilo que foi posto em prática pela Igreja para defender a Fé nos séculos passados, e tudo o que foi realizado pelos missionários para difundi-la, até o martírio inclusive, é considerado doravante como uma falta da qual a Igreja deveria se acusar e pedir perdão.

A atitude dos onze papas que, desde 1789 até 1958, em documentos oficiais, condenaram a revolução liberal, é considerada hoje como “uma falta de compreensão do sopro cristão que inspirou a revolução.” Donde a reviravolta completa de Roma, desde o Concílio Vaticano II, que nos faz repetir as palavras de Nosso Senhor àqueles que O vinham prender. “Haec est hora vestra et potestas tenebrarum.” Esta é a vossa hora e o poder das trevas. (Lc, 22:52-53)

Adotando a religião liberal do protestantismo e da revolução os princípios naturalistas de J.J. Rousseau, as liberdades atéias da Constituição dos Direitos do Homem, o princípio da dignidade humana já sem relação com a verdade e a dignidade moral, as autoridades romanas voltam as costas a seus predecessores e rompem com a Igreja católica, e põem-se a serviço dos que destroem a cristandade e o Reinado Universal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Os recentes atos de João Paulo II e dos episcopados nacionais ilustram, de ano para ano, esta mudança radical de concepção da fé, da Igreja, do sacerdócio, do mundo, da salvação pela graça. O cúmulo desta ruptura com o magistério anterior da Igreja, depois [204] da visita à sinagoga, se realizou em Assis. O pecado público contra a unicidade de Deus, contra o Verbo Encarnado e Sua Igreja faz-nos estremecer de horror: João Paulo II encorajando as falsas religiões a rezar a seus falsos deuses: escândalo sem medida e sem precedente.

Poderíamos retomar aqui nossa declaração de 21 de novembro de 1974, que permanece mais atual que nunca. Quanto a nós, permanecendo indefectivelmente na adesão à Igreja Católica e Romana de sempre, somos obrigados a verificar que esta religião modernista e liberal da Roma moderna e conciliar se afasta cada vez mais de nós, que professamos a Fé católica dos onze papas que condenaram esta falsa religião.

A ruptura, portanto, não vem de nós, mas de Paulo VI e de João Paulo II, que rompem com seus predecessores. Esta negação de todo o passado da Igreja por estes dois papas e pelos bispos que os imitam é uma impiedade inconcebível e uma humilhação insuportável para aqueles que continuam católicos na fidelidade a vinte séculos de profissão da mesma Fé.

Por isso, consideramos como nulo tudo o que foi inspirado por este espírito de negação: todas as Reformas pós-conciliares, e todos os atos de Roma realizados dentro desta impiedade.

Contamos com a graça de Deus e o sufrágio da Virgem Fiel, de todos os mártires, de todos os papas até o Concílio, de todos os santos e santas fundadores e fundadoras de ordens contemplativas e missionárias, para que venham em nosso auxílio na renovação da Igreja pela fidelidade integral à Tradição.

Buenos Aires, 2 de dezembro de 1986

Marcel Lefebvre

Arcebispo-Bispo emérito de Tulle

Antônio de Castro Mayer

Bispo emérito de Campos, que concorda plenamente com a presente declaração e a faz sua.

 

A Roma conciliar iniciou seu caminho de apostasia do Catolicismo há mais de meio século ensinando como supremo valor a paz na terra, o que significa inverter a Ordem cristã sempre seguida e pela qual lutaram os Católicos. Quem inverte essa Ordem está na Igreja? Pode ser seu papa? Quem diz que é, admite que seu poder vem de Deus; empulha a si e ao próximo com essa ignomínia. Que Deus permita o desvario humano, não significa que o autoriza; e o poder do Papa não vem da Igreja; vem diretamente de Jesus Cristo.

Que sempre seja louvado e adorado.

O ORGULHO, A HUMILDADE E O SERVILISMO

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Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

Escutemos o Papa São Pio X, em excertos da encíclica “Sacrorum Antistitum”, promulgada em 1 de Setembro de 1910:

«Nos seminários é necessário que todos os aspectos da educação tenham nisto convergência: Que seja formado um sacerdote digno desse nome. Afinal, não se deve pensar que essas habitações comuns sejam abertas sòmente aos estudos e à piedade. Toda a formação estrutura-se sobre ambas, e a convivência entre elas são como arenas onde se plasma a Sagrada milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo, mediante diuturno exercício. Para que desses Seminários saia contingente sòlidamente formado, são necessárias duas coisas: A DOUTRINA PARA A PERFEIÇÃO DA MENTE, E A VIRTUDE PARA A PERFEIÇÃO DA ALMA.

A primeira requer que a juventude que frequenta as ciências Sagradas seja, antes de tudo, educada com as disciplinas que têm parentesco estreito com os estudos das coisas Divinas; a segunda exige observância particular da virtude e da constância. Observem, então, os responsáveis pelo estudo e pela piedade, quanta esperança depositam os alunos sobre eles, e também observem a fundo qual seja a índole de cada um; SE SE COMPRAZEM NAS PRÓPRIAS QUALIDADES MAIS DO QUE É JUSTO, OU SE PARECEM  ASSSUMIR DISPOSIÇÕES PROFANAS; SE SÃO DÓCEIS À OBEDIÊNCIA, DISPOSTOS À PIEDADE, NÃO MUITO CHEIOS DE SI; OBSERVANTES DAS NORMAS; SE TENDEM À DIGNIDADE DO SACERDÓCIO, COM A RECTA INTENÇÃO QUE LHES É PROPOSTA, OU, AO INVÉS, SÃO MOVIDOS POR INTENÇÕES HUMANAS, E  SE, ENFIM, SÃO RICOS DA CONVENIENTE SANTIDADE DE VIDA E DE DOUTRINA; OU, AO MENOS, SE FALTANDO ALGUMA DESTAS COISAS, PROCURAM ADQUIRI-LAS COM ÂNIMO SINCERO E RESOLUTO.

A indagação  não é excessivamente difícil, do momento que manifestam imediatamente a ausência das virtudes que nomeamos, QUER QUANDO OS DEVERES RELIGIOSOS SÃO CUMPRIDOS COM SIMULAÇÃO, QUER QUANDO A DISCIPLINA É OBSERVADA POR MEDO, E NÃO, AO INVÉS, POR ORDEM DA CONSCIÊNCIA. Seja aquele que a observa por temor servil, ou a rompe por leviandade e desprezo, ESSE TORNA-SE INFINITAMENTE DISTANTE DA ESPERANÇA DE EXERCITAR SANTAMENTE O SACERDÓCIO. Não se pode acreditar que aquele que despreza a disciplina doméstica não se distanciará depois totalmente das Leis Públicas da Santa Igreja. Se o responsável da Sagrada habitação dos jovens individualizasse alguém com essas disposições de ânimo, e se depois de tê-lo admoestado uma ou duas vezes, e após ter realizado experiência por um ano, compreendesse que esse não desiste do seu costume, EXPULSE-O DE MODO A QUE NÃO MAIS SEJA ACOLHIDO, NEM POR ELE, NEM POR OUTROS BISPOS.»

Escutemos a seguinte passagem do Profeta Isaías:

«Como a chuva e a neve descem do Céu, e para lá não voltam, mas regam a terra para ela ficar fértil e produtiva, para dar semente ao semeador e pão para comer; assim acontece com a Palavra que sai da Minha boca (de Deus): Não volta para Mim vazia, sem ter realizado a Minha Vontade, sem ter cumprido a Sua Missão.»             Is 55, 10-12

 

Cada ente espiritual, possui uma dignidade ontológica objectiva, hierarquizável no quadro dos bens da Criação. Essa dignidade ontológica deriva da realidade desse mesmo ente espiritual ser uma criatura de Deus, criado para Glória extrínseca de Deus. É essa mesma DIGNIDADE ONTOLÓGICA que explica e exige o castigo Eterno da criatura que for considerada por Deus como desprovida da DIGNIDADE OPERATIVA necesssária para entrar no Reino dos Céus.

Neste quadro conceptual, a Lei de Deus assegura-nos que cada pessoa deve possuir o brio da própria dignidade, a consciência ordenada do seu lugar na Hierarquia da Criação. Referimo-nos sobretudo aos homens, porque os Anjos, conquanto tenham pecado por orgulho, não vivem nas vicissitudes do tempo, nem na mutabilidade dramática da vida mortal.

O brio, ou pundonor, consciência ordenada da própria dignidade, Sobrenaturalmente assumido, é essencial para a alma viver na Graça de Deus, ornamentada  com as Virtudes Teologais, as Virtudes Morais, e os Dons do Espírito Santo.

O orgulho e o servilismo opõem-se frontalmente ao pundonor, e opõem-se, na exacta medida, em que consubstanciam uma desordem moral qualificada, na sobrestima, ou na depreciação, de si próprio, contradizendo ambas a verdadeira humildade.

Infelizmente, certa falsa teologia moral, e certa falsa mística, imbuídas de dualismo e de fariseísmo, julgam dever afastar-se tanto do orgulho, que em vez de se edificarem na santa humildade – caem no servilismo; que ostentam com arrogância.

Porque o servilismo oblitera a humildade tanto quanto o orgulho e com IGUAL GRAVIDADE MORAL. Porque a verdadeira humildade, em sentido lato, integra necessàriamente o pundonor, O QUAL COMPELE A ALMA A NÃO SE DEPRECIAR DESORDENADAMENTE, ENQUANTO QUE A HUMILDADE, EM SENTIDO ESTRITO, INCULCA NA ALMA O DEVER DE NÃO SE ESTIMAR DESORDENADAMENTE. Quer o orgulho, quer o servilismo, envenenam a alma, deformando-a, desviando-a da Verdade e do Bem, subvertendo-lhe a luz intelectual e moral que lhe é própria; não intrìnsecamente, porque os primeiros princípios, enquanto tais, são intangíveis; mas extrìnsecamente, na sua aplicação às vicissitudes concretas da existência.

O pecado original foi essencialmente um pecado de orgulho, quer nos Anjos, quer em Adão e Eva. Nos Anjos, os quais são ontològicamente impecáveis na Ordem Natural, manifestou-se um orgulho indomável perante a elevação ao estado Sobrenatural, pois que pretenderam ser autosuficientes, comprazendo-se na própria excelência e  prescindindo de Deus. Cumpre assinalar que os Anjos, não podem ser ateus, porque o Ser Divino é para eles intuitivo na perfeita transparência da sua espiritualidade angélica. Podem sim odiar a Deus; o que acontece com os Anjos maus.

Em Adão e Eva, foi a força do orgulho que operou com grande esforço moral negativo, a resolução de desobedecer a Deus, pois que esse orgulho incorporava já a pretensão de Adão e Eva de ultrapassarem pelo conhecimento e pelo poder, a privilegiada condição ontológica e moral em que Deus Nosso Senhor os havia colocado.

Será o pecado de orgulho mais frequente do que o pecado de servilismo? Assim parece de facto, mas tal não infirma a gravidade do servilismo e sobretudo a já referida subversão interior que ele representa. Porque o pecado não reside no facto da pessoa se ter em alta estima, ou, pelo contrário, em pouca estima, não, o pecado radica NA DESORDEM OBJECTIVA INTRÍNSECA COM QUE O FAZ; DESORDEM DAS FACULDADES, QUE REFLECTE ADEQUADAMENTE A DESORDEM NO ACTO DE SER ESPIRITUAL, NÃO IDENTIFICADO COM A LEI ETERNA. E se o orgulho é mais frequente do que o servilismo, tal deve filiar-se na tendência, até certo ponto natural, do espírito para se engrandecer.

A humildade é constitutiva da santidade; na exacta medida em que esta é uma OBRA-PRIMA DA GRAÇA DIVINA. Deus Nosso Senhor faz os Seus santos assimilando-os a Si, à Sua Infinita perfeição, através da Graça Santificante. Ora o santo, para ser santo, deve possuir uma determinada certeza moral, MAS NÃO CERTEZA DE FÉ, do seu esforço para agradar a Deus, bem como do seu progresso nas Virtudes Teologais e Morais; MAS DEVE ACIMA DE TUDO REFERIR A DEUS NOSSO SENHOR, ABSOLUTAMENTE, TUDO O QUE É, NA ORDEM NATURAL E NA ORDEM SOBRENATURAL.  A Humildade Sobrenatural é precisamente isto: NÓS, POR NÓS MESMOS, NADA SOMOS, NADA PODEMOS, MAS COM DEUS NOSSO SENHOR PODEMOS TUDO, SE ELE ASSIM QUISER.

No servilismo a alma diminui-se e apouca-se Á MARGEM DA LEI DE DEUS, COM PLENA INDEPENDÊNCIA DA LEI MORAL, MESMO NATURAL, E SEM QUERER SABER NADA DOS DESÍGNIOS DA PROVIDÊNCIA; e frequentemente, ESSE SERVILISMO MAL ESCONDE UM SECRETO E DESMEDIDO ORGULHO.

No tempo de São Filipe de Nery (1515-1595) corria a fama de uma certa senhora, considerada santa. Foi solicitado ao santo que indagasse sobre as reais virtudes da dita senhora. Lá foi o santo, no meio de uma tempestade, até que chegou à cabana da senhora, com os pés todos enlameados. São Filipe de Nery pediu então à senhora para lhe limpar as botas. A mulher demonstrou imediatamente a sua grande indignação e aviltamento pelo que lhe havia sido solicitado.

NÃO É SANTA, NEM FAZ MILAGRES – concluiu o santo – PORQUE NÃO É HUMILDE!

Na realidade, a alma humilde trabalha sempre pela Glória de Deus, e quando pensa em si, o que é legítimo, procede de forma essencialmente objectiva. Porque a alma em ascensão Sobrenatural para Deus Nosso Senhor, com a Maternal Mediação da Virgem Santíssima, totalmente desprendida de si mesma, em sentido subjectivo, difere infinitamente da alma servil, porque a alma santa esquece-se de si mesma, precisamente, enquanto sabe que foi criada do nada, elevada gratuitamente ao estado Sobrenatural, redimida por Nosso Senhor, e que até por corresponder à Graça tem de agradecer a Deus. Ao passo que a alma servil, ao menosprezar-se desordenadamente a si mesma, ESTÁ A DESDOURAR A OBRA DE DEUS, RECUSANDO TODOS OS BENEFÍCIOS IRRADIADOS PELO CÉU. O pecado do servilismo assemelha-se ao pecado da insensibilidade, acusado por São Tomás, quando a alma, por falta de santidade, é incapaz de governar sobrenaturalmente as riquezas da Criação.

Finalmente: A alma verdadeiramente agradecida, como tantas vezes vemos nos Evangelhos, É SEMPRE HUMILDE; é serviçal, MAS NÃO SERVIL; POSSUI, EM DEUS NOSSO SENHOR, A CONSCIÊNCIA DA PRÓPRIA DIGNIDADE, MAS UMA DIGNIDADE QUE LHE VEM DO ALTO, DAQUELE QUE DA ÁRVORE DA CRUZ A AMOU TANTO, TANTO, QUE TUDO DEU PELA SUA SALVAÇÃO.  

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 18 de Setembro de 2016

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral      

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