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Daily Archives: Agosto 26, 2014

A IDENTIFICAÇÃO HEDIONDA ENTRE SARTRE E BERGOGLIO

Bergoglio beija a mãoSartre

 

 

 

 

 

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

Escutemos o Papa Pio XI, em passagens da encíclica “Mit Brennender Sorge“, de 14 de Março de 1937:

«E antes de mais, veneráveis irmãos, procurai que a Fé em Deus, primeiro e insubstituível fundamento de toda a Religião,
permaneça pura e íntegra na Alemanha. NÃO SE PODE CONSIDERAR COMO CRENTE EM DEUS, AQUELE QUE USA DA PALAVRA – DEUS – NOS DISCURSOS, MAS SÓ AQUELE QUE ATRIBUI A ESSA PALAVRA O NOBRE E VERDADEIRO CONCEITO DE DIVINDADE.
Quem identifica, por confusão panteísta, Deus e o Universo, diminuindo Deus até à pequenez do mundo, ou engrandecendo o mundo até à altura de Deus, NÃO CRÊ EM DEUS.
Quem, segundo a concepção pré-cristã dos antigos germanos, toma o destino, obscuro e impessoal, pela Divina Pessoa de Deus, nega por isso mesmo, a Sabedoria e a Providência de Deus, que “forte e suavemente vai de uma a outra extremidade do mundo”(Sab 8,1), e conduz todas as coisas a bom termo. Quem assim concebe as coisas, NÃO PODE PRETENDER PERTENCER AO NÚMERO DOS QUE CRÊEM EM DEUS.
Quem, a partir da raça, ou do povo, ou do estado, ou da forma de estado, ou dos senhores do poder, ou de qualquer outro valor essencial da comunidade humana – realidades que na cidade terrestre ocupam lugar honroso e justo – para os deslocar da sua devida escala de valores, e elevá-los ao pedestal onde os diviniza, e lhes presta culto idólatra, PERVERTE E FALSIFICA A ORDEM DAS COISAS CRIADAS E ESTABELECIDAS POR DEUS, E ESTÁ LONGE DA VERDADEIRA FÉ EM DEUS, BEM COMO DA CONCEPÇÃO DE VIDA CORRESPONDENTE A ESSA FÉ.
Vigiai, veneráveis irmãos, contra o abuso crescente, que se manifesta na palavra e na escrita, de empregar o Nome, Três vezes Santo, de Deus, como uma legenda que se inscreve, vazia de sentido, sobre qualquer produto, mais ou menos arbitrário, da especulação ou do sentimento humano; e procurai que tal aberração encontre entre os vossos fiéis a vigilante repulsa que merece.
O nosso Deus é o Deus Pessoal transcendente, omnipotente, infinitamente perfeito, único na Trindade das Pessoas, e Trino na Unidade da Essência Divina, Criador do Universo, Senhor, Rei, e último Fim da História do Mundo, que não admite, nem pode admitir, outras “divindades” junto de Si.»

A usurpação operada dentro da face humana do Corpo Místico pela maçonaria internacional constitui uma amálgama ideológica que de alguma forma procura combinar com eficácia, Lutero, Voltaire e Marx, ou seja, o protestantismo, o liberalismo e o comunismo, o que não é particularmente difícil, visto todas essas enxurradas históricas de Inferno sobre a Terra, possuírem um único autor fundamental – satanás!
Todavia existe nessa amálgama uma outra componente, que nem sempre é sublinhada – Jean Paul Sartre! (1905-1980).
Se houve algum “filósofo” que encarnou o vazio absoluto do século XX, foi ele. Sartre não foi, tècnicamente, niilista, mas sim existencialista de feição niilizante. Enquanto Heideigger, finitizando o ser, pressentia-o, mas não conseguia encontrá-lo, organizá-lo; Sartre, cuja ontologia foi muito influenciada pelos fenomenólogos, e que por isso mesmo era a-científico, senão mesmo anti-científico, Sartre dessubstancializou o ser, não num sentido estruturalista, mas precisamente num sentido fenomenologista.

A consciência ou o “pour soi,”para Sartre, é uma simples transparência aniquilante, o lugar ontológico onde o nada penetra no mundo. E que é o nada para Sartre? É a consciência específica da liberdade, que de alguma forma é constitutiva do “pour-soi”.
É necessário destacar que o ateísmo de Sartre é UM ATEÍSMO POSTULATÓRIO; quer dizer: O ateísmo constitui uma asserção fundamentante que se estabelece, não por ter sido provada, (Sartre não era racionalista, tal como era a-científico) mas como atitude absoluta de espírito.

O mundo de Sartre tem carácter onírico, pois considera todas as suas representações mentais, como afectadas essencialmente de aniquilamento ontológico. Sartre dizia que Deus não podia existir, pois que a existir teria de ser, simultaneamente, “en soi” e “pour soi”; e esta terá sido a sua asserção mais original, e que demonstra, que no plano puramente conceptual, a sua noção de Deus não seria tão errada como habitualmente se pensa. É que para Sartre o mundo dos objectos exteriores é perfeitamente opaco, pois que neles a consistência ontológica interna é total.

Sartre nem mesmo pode ser considerado materialista, pois como já vimos, ele dessubstancializa a realidade. O drama do “pour soi,” ou seja, da consciência aniquilante, É ESTAR CONDENADA À LIBERDADE, É SER FUNDAMENTO SEM FUNDAMENTO! Porque, segundo Sartre, a consciência é ontológica e axiològicamente insubsistente e insolidária. Mas ao aniquilar-se, operativamente, também se temporaliza, CRIANDO A SUA PRÓPRIA ESSÊNCIA;  é esta característica que separa Sartre do niilismo puro e duro.
Pese embora a sua insolidariedade de base [na sua frase: “l’enfer c’est les autres”] Sartre cultivou a estima pelo seu próximo, pois considerava ser este o sentimento essencial que deve unir os seres humanos.
E BERGOGLIO?
Para este usurpador do Sólio Pontifício, que se algum dia possuiu a Fé Católica, foi sòmente a Fé do seu Baptismo, SÓ O HOMEM EXISTE, e está igualmente condenado à liberdade. Já os documentos do maldito concílio, mais influenciados pelo coveiro da Fé Católica, Teillard de Chardin, em última análise, ao divinizarem o homem, naturalizando “deus”, concebem a liberdade humana como um progresso irreversível, de carácter simultaneamente Histórico e Cósmico, panteísta, e portanto – ateísta. Todavia Bergoglio parece olvidar um pouco o aspecto panteísta, para situar o homem, SÓ, decidindo o seu destino, sem qualquer referência, que não seja a sua liberdade, concebida portanto como UM FUNDAMENTO SEM FUNDAMENTO – TAL COMO SARTRE. O “deus” de Bergoglio parece constitutivo de uma projecção negativa da náusea aniquilante da liberdade, ou seja, aquilo que Sartre denomina “a criação da própria essência”.
O conceito perfeitamente niilista de liberdade de Bergoglio é susceptível de tudo justificar, desde Judas o Iscariotes até Adolf Hitler, passando por Estaline, Pol Pot, e os novos nazis islâmicos.

Efectivamente, se não existe nenhum Padrão Absoluto, Eterno e Imutável, Necessário fundamento, e finalidade constitutiva de toda a inteligência e vontade contingentes, o que é que fica? A Moral natural?
Mas a moral natural é essencialmente contingente, finita, caduca; pois se é verdade que nos apresenta determinados padrões de conduta, em princípio, objectivos – ESSA OBJECTIVIDADE NÃO É ABSOLUTA, ETERNA E IMUTÁVEL: É CRIATURA.
Poder-se-á argumentar que existem homens ímpios, os quais permaneceram, durante toda a vida, firmes e coerentes, numa linha de conduta pautada por uma integridade natural. Certamente que sim; mas são sempre muito pouco numerosos. E a razão consiste precisamente em que é necessária enorme força moral, PARA PERMANECER NATURALMENTE ÍNTEGRO QUANDO A DISTINÇÃO ENTRE O BEM E O MAL SURGE COMO PURAMENTE CONTINGENTE. Pois para um agnóstico, ou um ateu (como Bergoglio) a distinção entre e o Bem e o mal, conquanto real, nunca é, nem pode ser, absoluta, pois para eles, por definição, nada existe, nem pode existir de absoluto.

Exactamente por este motivo, é que nos últimos 50 anos, sob o efeito mortal do Vaticano 2, milhões de seres humanos foram lançados no delito comum, no crime, na droga, na pederastia, pois que a Personalidade Moral da Santa Madre Igreja, na sua excelsa magnitude, desviava desse mesmo crime muitos católicos, mesmo puramente nominais, e até muitos não católicos, na medida em que o Magistério Multissecular da Santa Igreja e o Santo Sacrifício da Missa, NA SUA VIRTUDE INFINITA, PELA DISTINÇÃO ABSOLUTA, ETERNA E IMUTÁVEL, ENTRE O BEM E O MAL, QUE ESTATUÍAM, EVITAVAM, MESMO INDIRECTAMENTE, QUE MUITOS ENVEREDASSEM PELA VIA DO CRIME.
Nunca, na História da Humanidade foi tão grande a RELATIVIDADE DA EXISTÊNCIA, pois que desde Adão e Eva, sempre houve depositários da Revelação e da Verdade de Deus: Enós, filho de Set, e neto de Adão, deu início ao culto público; os Patriarcas e ulteriormente os Profetas e os Reis, foram os grandes transmissores institucionais da Palavra Divina; Noé, Abraão, Isaac, Jacob, José, Moisés, Aarão, Josué, Samuel, David, Salomão, Ezequias, Josias; os grandes profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Elias, Amós, testemunharam “em tempo real” qual era, em cada momento, a vontade de Deus. Nunca, nessa época remota, faltou à Humanidade a bússola do seu Princípio e do seu Fim.
Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Sabedoria de Deus Encarnada, constituiu o zénite da Revelação, o Sol Sobrenatural deste pobre mundo, e o Supremo Modelo de toda a vida mortal.

A Santa Madre Igreja, foi fundada por Nosso Senhor, e constituída como única e infalível depositária da Revelação, bem como do Seu Sacrifício Redentor, e portanto também como Juíza absoluta e Soberana de toda a distinção entre o Bem e o mal.
O príncipe das trevas, inimigo jurado de Deus e dos homens, sempre pretendeu, acima de tudo, IGUALAR O BEM E O MAL, CONFERINDO-LHES OS MESMOS DIREITOS; PARA PRATICAR O MAL, NÃO É NECESSÁRIO SUPRIMIR MATERIALMENTE O BEM, BASTA EQUIPARAR FORMALMENTE A AMBOS.
Sartre constituiu o expoente máximo da desintegração, intelectual e moral, dos dados do espírito, fruto amaríssimo de cinco séculos de afastamento de Deus, na primeira metade do século XX, mas numa época em que ainda existia a Santa Mãe Igreja.

Bergoglio apresenta-se como a desintegração final, total, radicalmente aniquilante, do processo apóstata iniciado com o Vaticano 2.

Ambos irradiam idêntica consumação negativa e infernal de um processo conduzido pelo diabo. Ambos vomitam sobre a Terra o consórcio demoníaco, que consubstanciou a lenda literária fáustica, que desde o século XV, povoa as elucubrações de todos aqueles que venderam a alma ao diabo a troco dos prazeres do oculto.
Sartre vendeu a alma ao diabo, mas também Begoglio, só que o primeiro sempre se apresentou como filho do diabo, todavia o segundo, para nossa enorme desgraça, surge com a aparência, embora estratègicamente atenuada, de Vigário do Redentor.
Bergoglio possui a diabólica habilidade de superar Roncalli, Montini, Wojtyla e Ratzinger, não nos falsos princípios, panteístas e antropolátricos, em si mesmos; mas na sedução hipnotizante com que os manifesta; por vezes quase abandona a máscara cristã, e procede assim, porque sabe que o pode fazer, PORQUE A SANTA MÃE IGREJA, COMO REALIDADE SOCIAL E CULTURAL, ESTÁ COMPLETAMENTE EXTINTA – ao irromper como leader francamente ecuménico, secularizado e mundialista, torna-se mais atractivo para as multidões, DEMONSTRANDO QUE O REINO DO ANTI-CRISTO ESTÁ JÁ PLENAMENTE CONSTITUÍDO, E POR ISSO MESMO, VIVEMOS JÁ, TAMBÉM PLENAMENTE, UMA IDADE PRÉ-ESCATOLÓGICA.

Mas nunca olvidemos que a Soberania de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre os seus eleitos é agora mais rigorosa do que nunca. Nunca a Graça faltará; todavia somos chamados, como homens, a realizar tudo aquilo que Ele nos solicita, que é, nas palavras de São Paulo: “Completarmos na nossa carne o que falta à Paixão de Cristo”. Ou seja: Projectarmos sobre este pobre mundo agonizante um derradeiro testemunho Eterno – o da Verdade contra o erro, e do Bem contra o mal.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 25 de Agosto de 2014

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