Pro Roma Mariana

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LIBERDADE RELIGIOSA – ABORTO NO BRASIL – PROFECIA DE FÁTIMA

Dilma-e-aborto

Arai Daniele

O que liga essa Jornada mundial da Juventude com a declaração do direito à liberdade religiosa ecumenista do Vaticano 2º, suma contrafação religiosa e também mental do fim dos tempos?

Porque depois da festa, cada um vai escolher a religiosidade que prefere, segundo a própria visão moral, sem medo de pregá-la aos outros e ferir os ouvidos dos que se dizem católicos.

Eis a aspiração da liberdade de religião, um aborto do modernismo para quem estima a verdade una e sabe qual é o resultado nefasto da multiplicação das crenças e seitas.

Contudo, foi justamente o que aconteceu depois das quatro viagens de João Paulo 2º ao Brasil, como demonstram as estatísticas que assustaram até essa mísera Roma conciliar.

Porque seria diferente agora com Bergoglio, que reza na mesma cartilha de enganos?

Abrindo à liberdade religiosa mirada pelo gnosticismo maçônico para substituir a ordem cristã nas consciências com a nova ordem, não só separaram o Estado da Igreja, mas o corpo humano de sua alma espiritual, cuja existência o iluminismo nega na sequência do «processo evolutivo»!

Aberto o poço do abismo de um «direito» à liberdade diante de Deus, que é a tal «liberdade religiosa» do Vaticano 2º, declarada da sede religiosa das chaves (!), toda liberdade é possível, não existe limite de «ordem pública» de «leis abortistas» etc. Tudo é legalmente permitido, e é pura hipocrisia dizer que esses «falsos cristos» são contra o aborto e outros delitos, se são pelo direito à liberdade! A ONU o promove e eles são fiéis à esta «última esperança da humanidade»!

Foi o curso de idéias que em pouco tempo causou a inaudita «autodemolição» romana, mas também no mundo, de aspecto irreversível, onde sinais «libertários» da imaginação no poder, a partir dos anos 60, produziram depravações e reivindicações de direitos sem fim na vida social.

Tudo em nome de confusões ideológicas ecumenistas e ateias, com imprimatur conciliar! Era o direito à dignidade das aberturas, que no fundo significa dialogar sobre a mesma Verdade.

Isto estava nas entrelinhas da encíclica «Pacem in terris», na qual João 23 proclamou por exemplo que «… pode e deve haver cooperação entre os católicos e os regimes comunistas no campo social e político…». Assim, nas eleições italianas de Abril de 1963, os comunistas, ganharam um milhão de votos em relação às eleições políticas anteriores. Clamoroso sucesso do PCI unanimemente atribuído ao «sinistrismo eclesiástico»; o liberalismo clerical de João 23!

A «mentalidade de abertura», continuada por Paulo 6º, causou a «abertura conciliar ao mundo», que no caso da política comunista (os erros da Rússia) fez da Itália o país mais desgovernado da Europa, pois tal ideologia, se não toma o poder, devasta tudo, na ordem social e religiosa. E tal política passou a dominar onde havia ou passou a haver mentalidade modernista.

Assim, o povo comunista italiano, sob vários nomes e a complacência do partido democrata-cristão (demo-cristão), foi o maior do mundo «democrático». Para o seu ideólogo, Gramsci, “o socialismo é justamente a religião para abater o cristianismo” ([1]). “A filosofia da praxis – é o nome que Gramsci dá ao materialismo dialético e histórico – pressupõe todo este passado cultural, o Renascimento e a Reforma, a filosofia alemã e a Revolução francesa, o Calvinismo e a economia clássica inglesa, o liberalismo laico e o historicismo na base de toda concepção modernista da vida. A filosofia da praxis é a coroação de todo este movimento de reforma moral e intelectual… corresponde ao nexo: reforma protestante + revolução francesa”.

Para este «profeta comunista»: “O catolicismo democrático faz o que o socialismo não poderia fazer: amalgama, ordena, vivifica e suicida-se”. Por incrível que pareça, foi o plano nefasto seguido até hoje pelos «papas conciliares»!

Diziam ter o «poder das chaves», mas para fechar ou liberar todo erro? Vivemos essa nefasta abertura. E a atenção dos crentes deixou cada vez mais de ser dirigida a Deus para tornar-se verborréia que dopa os homens. E hoje chegarmos ao incrível «verbo» bergogliano.

Berg. Sta Maria Maior

O «direito à liberdade de consciência» abortista e pedófila

Em nome da liberdade e no vazio dos princípios conciliares, o agnosticismo se tornou imperante no que concerne à direção civil. É um dos males do modernismo que deseja regras democráticas, alienando todo o princípio lógico e transcendente da vida mental. E o princípio de identidade e de não contradição foi «alijado» pelo «modernismoa», para gerir os opostos no plano mental, o que leva à confusão entre o bem e o mal. Sem tal distinção é destruída não só a ordem política, mas a moral e religiosa nas consciências, pois para a Fé «contradição» é termo assumido por Jesus (Lc. 2, 24) lembrando que toda luta na terra é por ou contra Cristo.

Em nome da liberdade da consciência «religiosa» temos a perversão moral nas mentes e ética na sociedade com o aborto e a pedofilia, Se procede de um «democrata» como Cohn-Bendit, pode até ser divulgada na TV. Assim como, em nome da «estética» faz o literato italiano Aldo Busi. São atos abomináveis, só se procedem do decadente aparato clerical ligado aos «conciliares».

Sim porque muitos padres acusados de pedofilia com rapazinhos, na verdade praticaram atos homo-sexuais. Mas como estes não devem ser acusados, mas promovidos, então para os padres, como inimigos políticos, resta só a infâmia da pedofilia!

E o feitiço se reverte contra os feiticeiros do direito à «liberdade de consciência» declarada pela paradoxal «autoridade» do Vaticano 2º, que no fundo voltava à questão: o que é a verdade? Qual, se princípios universais que deveriam reger a vida moral são reduzidos a tema privado? Isto correspondeu à supressão da questão: o que é erro que deve ser julgado?

Assim, toda idéia não fundada em princípios, mas em dúvidas, tem livre curso e passa mesmo a ser obrigatória, como o aborto. A tal «democracia das consciências» lhe é intrínseca a marca do conflito e da crise irreversível para a ruína social e espiritual.

Tudo isto foi explicado pelos Papas e ultimamente por Pio XII, como explica o escritor francês Jean Madiran. “A democracia moderna é religiosa: substitui as religiões com a religião do homem que coletivamente se faz Deus”[…] “Funda-se em si mesma, como a rebelião do eu funda-se no eu. É a mesma recusa de toda dependência” (Jean Madiran, Les deux démocraties, Paris, 1977). *

A nova religião liberal-ecumenista declarando o «direito» à liberdade de consciência justifica a independência geral diante da Lei natural. A alienação mais letal do Cristianismo, que, na sua luta perene contra a desordem, vê assim removido todo obstáculo ao que é intrinsecamente perverso para a vida das almas e dos povos.

Quem pode desligar a emancipação familiar, feminina, juvenil, de cunho moral e mental, do declino demográfico irreversível dos povos do Ocidente cristão? Tal «suicídio» civilizacional deriva do avanço «ideológico» propiciado pelo modernismo com a abertura total ao mundo e a todo bom senso, inoculado sinuosamente na Igreja com as burlescas aberturas inauguradas pelo «bom» João 23, aprovadas pelo Vaticano 2º para serem implementadas pela série dos «papas conciliares», falsos cristos que continuam a demolição urbi et orbi com viagens que deixam um rastro de decadência, fazendo prever para breve: uma Europa islamizada fatalmente anti-cristã, mas também ferozmente anti-liberal. Ainda não se percebeu todo o mal que representa o bestial Modernismo, que o santo Papa Pio X classificou de coletor de toda heresia.

A maléfica censura da Profecia divina na Mensagem de Fátima

Voltando ao tempo de João 23, a questão que o marcou para sempre foi a incrível censura ao Terceiro Segredo de Fátima, cuja mensagem indicava os “erros esparsos pela Rússia”.

Esta frase, detestável para quem via com otimismo o avanço socialista, para o qual abriu as portas do Vaticano, representa a realidade de um mundo cada vez mais ateu e materialista. Apenas concluído o Vaticano 2º, as mini-revoluções que reivindicam em todas as direções já eclodiam no Ocidente sem poupar nenhuma ordem social. Enquanto isto a contestação global, especialmente na América Latina e na África, era cavalgava pelo comunismo animado pelos novos apóstolos das «aberturas» conciliares com as teologias de libertação. Estas haviam liberado as consciências para reivindicar os direitos que fazem esquecer os deveres para com a verdade de Deus, libertando os homens de seu ser espiritual; de sua alma imortal.

Não há pois que negar a velada relação de causa-efeito entre as aberturas de Roncalli e sucessores e a profunda revolução que demoliu a fé da Igreja nas consciências. João 23 apelava à misericórdia para não acusar erros, mas abriu às «ideologias» de padres guerrilheiros, como Camilo Torres, que celebrava a missa ao lado da metralhadora dizendo: “João 23 me autoriza a marchar com os comunistas”; morreu lutando para aniquilar a Ordem cristã!

Como negar que quando o maldito Vaticano 2º justificou o direito universal da escolha da própria religião ou irreligião, tal juízo incluía todo outro, da moral à justiça?

Não era este o «compromisso histórico terminal» entre a falsa religião e o ímpio laicismo?

À exposição dessa herança macabra no campo das idéias se aplicam nossos escritos que medem, por exemplo, o efeito da encíclica «Pacem in terris» (Ptr), tão apreciada em Moscou como nos meios socialistas e mações, porque visava a «atualização» da noção de livre consciência.

Não estava claro isto no documento? Se não, foi porque devia evitar a reação católica; mas nem tão velado para perder a ovação da área iluminista que há séculos exigia que a Igreja declarasse a liberdade de consciência e de religião, para julgar sobre o bem e o mal. É a idéia que passou a ditar a vida no mundo até a «alienação apocalíptica» final da Palavra de Deus.

São as Sagradas Escrituras a descrever essas «alienações»: a Original e a Judaica, que são as raízes da terceira alienação: a da grande e final apostasia do mundo «cristão».

Esta alienação ocorre hoje na «perfídia» dos incubadores do «vírus» modernista, de que foi portador Roncalli, para inoculá-lo no tecido da Igreja. Como um inseto pode ser portador de uma doença que inocula nos homens, a transmissão de certas idéias pode ser pior do que uma doença do corpo: afeta as consciências.

A comparação parece rude? Não foi assim, por exemplo, com as idéias de Lenin e de Hitler?

Pois bem, à periculosidade das iniciativas de João 23 aludiu um dos mais célebres vaticanistas, o conde romano Fabrizio Sarazani, que sobre esse pontificado e suas conseqüências disse: “… o sinal deixado por Roncalli na história da humanidade supera de muito o impresso pelos Lenins e Stalins. Se estes liquidaram alguns milhões de vidas, João XXIII liquidou dois mil anos da Igreja católica” (NR, p. 49).

Se a citação parece interna aos adidos do Vaticano, eis outra do literato mundano, o inglês Anthony Burgess, autor do tema da «Laranja Mecânica» que, retratando Roncalli no seu romance «The earthly powers» ([2]), explicou que ele, por causa de seu pelagianismo anticristão, foi mais perigoso do que Hitler. Trata-se de localizar «causas» do mal que reside em idéias mesmo de aspecto religioso, que levam à agonia do Cristianismo no nosso tempo. Esta é evidente, mas não a sua causa, ligada a algo que assume forma de profetismo evocando sinais dos tempos, alheios à espiritualidade humana, mas afins à utopia da evolução ilimitada do homem.

Assim, a débâcle da Idéia cristã no mundo ocidental, no qual serpeia o new age ligado à nova ordem de reconciliação global ecumenista, é efeito da utopia religiosa modernista de marca gnóstica, usada pela Maçonaria para impor «liberdades» em vista de se substituir à Ordem cristã.

Chegamos assim a um festim extremo, enquanto no Brasil se debate para impedir uma infiltração pagã acelerada por todos os enganos internacionais da ONU, através da UNESCO e UNICEF para introduzir o aborto no País, o governo socialistoide recebe calorosamente Bergoglio para falar de tudo menos dessa iminente ameaça.

E ele troca beijos e abraços com a Dilma Rousseff, de quem depende a assinatura desse ato ofensivo à Lei natural e divina. Mas evita falar do aborto; “esta já é uma questão delucidada”, dirá aos jornalistas na viagem de volta à Babilônia romana que preside!

O cartaz acima que pede ao pai que defenda a vida dos filhos por nascer, tem uma espantosa resposta: não havia nenhum «papa» para ocupar-se disso!

O fato de Bergoglio não ter-se ocupado dessa questão principal fornece ulterior prova, se essa ainda fosse precisa, que de autoridade católica e apostólica, ele não tem nada, pelo contrário, só representa um seu sinistro simulacro, para a perda de multidões de vidas e de almas que crêem na mentira que ocupa o Lugar de Deus (II Ts, 2).

O Papa Católico com todo o seu séquito fiel foi «eliminado» por um longo tempo, como ficou claro na visão do Terceiro Segredo de Fátima, mais clara em 1960. A profecia de Nossa Senhora de Fátima realizou-se no nosso tempo de geral apostasia. Esta consiste em endeusar quem traz outro evangelho, modernista, ecumenista, à serviço do mundo inimigo de nosso adorável Salvador.

Só a Misericórdia divina vai poder eliminar esse mal através da conversão de seus novos e antigos eleitos, se abraçarem os desígnios do bem, depois de reconhecer as obras das trevas que descrevemos. O Modernismo é a abertura religiosa e civil a todo erro, como seja o comunismo dos «erros espalhados pela Rússia» de que falou Nossa Senhora de Fátima, mas foi censurada pelos amigos da ONU…

Tal grave ofensa e desvio introduzido na Igreja por esse miserável aparato clerico-conciliar, cujo atual «profeta» é Bergoglio, hoje contamina a mentalidade geral e precipita a histórica catástrofe de gerações descristianizadas.

«Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Elevai as alminhas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem»!

*  Jean Madiran, o conhecido diretor da revista francesa Itinéraires, fundada por ele em 1956 para congregar a nata do pensamento católico da época no combate ao progressismo modernista, faleceu ontem, dia 31 de julho, aos 93 anos. RIP.


[1]  – Gramsci, Antonio, Avanti!, e Sotto la Mole, 1916-20, Einaudi, Turim 1960, p. 148.

[2] – Entrevista ao «O Estado de São Paulo», 10.1.1982.

4 responses to “LIBERDADE RELIGIOSA – ABORTO NO BRASIL – PROFECIA DE FÁTIMA

  1. Pro Roma Mariana Agosto 1, 2013 às 9:22 pm

    Não sei se o comentário do amigo Edson ao último artigo da PRM encontra aqui a resposta que pedia. Mas tendo feito referência às justificações esfarrapadas do P. Paulo Ricardo ao proceder de Bergoglio no Brasil, especialmente ao seu silêncio sobre a lei do aborto em questão, saiba que nossa reação foi de repugnância.
    Ora, para um clérigo inteligente e instruído, essa posição servil não tem nada de piedosa, mas é cúmplice do mal feito, como seja a apologia à revolução juvenil.
    E é apenas uma etapa inicial desse deplorável tempo da bajulação de anticristos.
    Que Deus tenha piedade de nós.

    • Edson Agosto 1, 2013 às 11:17 pm

      Eu acredito que uma análise mais detalhada e explicativa sobre a entrevista dada por Bergoglio no avião antes de retornar à Roma esclareceria muitas dúvidas. Assim, ninguém poderia afirmar que só foi apenas um comentário sob uma “frase fora do contexto’ como eles costumam dizer.

      Infelizmente, muita gente está com medo de ser considerado “herético”, por isso não quer enxergar a realidade, mas, é claro, que não é caso do Pe. Paulo Ricardo.

  2. Alessandro Pedro Agosto 3, 2013 às 3:49 am

    Excelente texto, como todos publicados em seu sitio, tem sido importantíssimos em meus estudos. Obrigado

  3. Nick Grant Agosto 3, 2013 às 11:56 pm

    9. O que este Concilio Vaticano declara acerca do direito do homem à liberdade religiosa funda-se na dignidade da pessoa, cujas exigências foram aparecendo mais plenamente à razão humana com a experiência dos séculos. Mais ainda: esta doutrina sobre a liberdade tem raízes na Revelação divina, e por isso tanto mais fielmente deve ser respeitada pelos cristãos. Com efeito, embora a Revelação não afirme expressamente o direito à imunidade de coacção externa em matéria religiosa, no entanto ela manifesta em toda a sua amplidão a dignidade da pessoa humana, mostra o respeito de Cristo pela liberdade do homem no cumprimento do dever de crer na palavra de Deus, e ensinar-nos qual o espírito que os discípulos de um tal mestre devem admitir e seguir em tudo. Todas estas coisas iluminam os princípios gerais sobre que se funda a doutrina desta Declaração acerca da liberdade religiosa. A liberdade religiosa na sociedade é de modo especial plenamente consentânea com a liberdade do acto de fé cristã.

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