Pro Roma Mariana

Sedevacantismo Portugal.

NÃO ÀS DETURPAÇÕES DO CATECISMO E DA TEOLOGIA

  • O novo catecismo» ensina que Cristãos e Judeus devem esperar  «analogamente» juntos a vinda de Messias (nº 830). Assim, a fé na volta de Nosso Senhor Jesus Cristo seria posta ao lado da crença que nega Sua vinda.
  • O que pode manifestar essa deturpação da Verdade em forma de catecismo? De qual Igreja ou Sinagoga pode vir isso?

*  *   *

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

Escutemos o Papa Leão XIII, em excertos da sua encíclica “Satis Cognitum”, promulgada em 29 de Junho de 1896:

«Ainda que seja sumo e pleno o poder de Pedro, não se julgue, contudo, que ele seja o único. Com efeito, Aquele que estabeleceu Pedro como fundamento da Igreja, “elegeu também doze, a que chamou Apóstolos”(Lc 6,13). Como é necessário que a Autoridade de Pedro se perpetue no Bispo de Roma, assim os Bispos, como sucessores dos Apóstolos, herdam deles o Poder Ordinário, e portanto a Ordem Episcopal, pertence necessàriamente à constituição íntima da Santa Igreja. Ainda que eles não tenham uma autoridade suma, plena e universal, contudo não se devem julgar como simples “vigários” do Bispo de Roma, PORQUE TÊM UM PODER PRÓPRIO, e com razão devem ser considerados “présules” ordinários dos povos que regem.

Porém como o sucessor de Pedro é sòmente um, e os sucessores dos Apóstolos são muitos, é conveniente que se veja quais são as relações, por Constituição Divina, destes com aquele.

E em primeiro lugar é certa e evidente a necessidade da união dos Bispos com o Sucessor de Pedro; pois dissolvendo-se esse vínculo, necessàriamente se dissolve e se dispersa a própria multidão dos cristãos, de modo a não poder formar de nenhuma maneira um só corpo e um só rebanho. ” A saúde da Igreja depende da dignidade do Sumo Sacerdote, e se não se lhe dá um poder especial e superior a todos, haverá na Igreja tantos cismas quantos são os sacerdotes”(São Jerónimo). É bom, portanto, advertir QUE NADA FOI CONFERIDO AOS APÓSTOLOS SEPARADAMENTE DE PEDRO, MAS MUITAS COISAS A PEDRO SEPARAMENTE DOS APÓSTOLOS. João Crisóstomo, ao comentar a afirmação de Cristo (Jo 21,15) pergunta-se: “Por que Cristo, deixados os outros, fala destas coisas sòmente a Pedro? E responde: “Porque era o primeiro entre os Apóstolos, a boca dos discípulos, o chefe do seu Colégio. Com efeito, sòmente ele era designado por Cristo como fundamento da Igreja; a ele fora entregue a faculdade de ligar e de desligar, era o único ao qual fora dado APASCENTAR; pelo contrário, quanto de autoridade e de ministério receberam os Apóstolos, o receberam juntamente com Pedro: “Se a condescendência Divina quis alguma coisa fosse comum entre ele e os outros príncipes(Apóstolos), NÃO CONCEDEU, A NÃO SER POR ELE,,AQUILO QUE NÃO NEGOU AOS OUTROS. TENDO RECEBIDO SÒZINHO MUITAS COISAS, NADA PASSOU PARA OUTROS, SEM A SUA PARTICIPAÇÃO” (São Leão Magno).»

Um dos grandes escândalos do actual combate anti-seita conciliar e anti-papas da morte de Deus consiste no recurso incessante a revelações privadas antigas ou modernas. Assinale-se que a Providência Divina só extraordinàriamente recorre a essas revelações, nas quais, em rigor, o bom católico é livre de não acreditar, por não integrarem o Tesouro da Revelação Sobrenatural, ou seja da intervenção, essencial, objectiva, positiva e de Direito de Deus na História humana, comunicando-nos, providencialmente, o Lume da Sua Verdade e Santidade, em ordem à Sua Glória e à Salvação dos homens. As revelações denominadas particulares são intervenções Divinas, não de Direito, mas de facto, não essenciais, mas acidentais, MAS QUE EXPRIMEM CARACTERIZADAMENTE, A DELICADEZA, A MISERICÓRDIA SUBLIME DA PROVIDÊNCIA; nada podendo acrescentar, ou cercear, à Revelação própriamente dita.

É conhecido como continuam, por esse mundo fora, a existir “papas” que se dizem constituídos directamente por Nosso Senhor Jesus Cristo, em Revelações particulares. ORA ISSO É TEOLÒGICAMENTE IMPOSSÍVEL E ABSURDO; vejamos porquê:

Nunca uma revelação particular pode interferir, de Direito, no governo Sobrenatural da Santa Madre Igreja, nem modificar ou interpretar o Direito Canónico, nem explicitar, de qualquer modo que seja, a Revelação pròpriamente dita, ou o Direito Divino Sobrenatural. Argumentar-se-á: Mas Nossa Senhora de Fátima pediu a Devoção dos primeiros Sábados, e a Consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração; não serão estes actos eminentemente religiosos?

Nossa Senhora, com estas solicitações, nunca podia interferir na Jurisdição do Papa e dos Bispos; manifestou apenas um desejo do Céu, desejo, sem dúvida, incorporado na economia da Divina Providência, MAS NUM PLANO DE FACTO E ACIDENTAL, NÃO INTRÍNSECO E ESSENCIAL. Sem dúvida que os Papas cometeram um grande erro não escutando os desejos do Céu, mas não SE TRATOU DE UM ERRO CONSTITUTIVAMENTE FUNCIONAL DA CÁTEDRA DE SÃO PEDRO, NEM UM ERRO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO; FOI UMA FALTA DE DEVOÇÃO PESSOAL DOS PAPAS, COM REFLEXOS GRAVES NA VIDA DA IGREJA E DO MUNDO.

O Bom Católico que rejeita Fátima, não comete qualquer heresia, nem sequer está próximo da heresia, nem vai contra uma conclusão teológica, ou contra um facto Dogmático, MAS DEMONSTRA UMA MUITO ACENTUADA FALTA DE DEVOÇÃO, QUE PODE INFLUIR NA ECONOMIA DE FACTO DA SUA VIDA SOBRENATURAL – DEBILITANDO-A, OU ELIMINANDO-A.        

A DEVOÇÃO ESTÁ PARA A VIRTUDE DA RELIGIÃO, COMO O PLANO DE FACTO ACIDENTAL ESTÁ PARA O PLANO DE DIREITO ESSENCIAL.

Ora o que acabámos de referir, é valido igualmente para as Aparições de Nosso Senhor Jesus Cristo. JAMAIS NOSSO SENHOR PODIA VIR À TERRA PARA DESIGNAR UM SEU VIGÁRIO, SEJA EM QUE SITUAÇÃO FOR, MESMO NA TRAGÉDIA IMENSA QUE ESTAMOS A VIVER. PORQUE ISSO SERIA INTERFERIR DIRECTAMENTE EM REALIDADES QUE DEUS NOSSO SENHOR DEIXOU ENTREGUES À PRUDÊNCIA E À SABEDORIA DOS HOMENS, SEMPRE AUXILIADOS, EVIDENTEMENTE, PELA GRAÇA DIVINA.

A ESCOLHA DO PAPA, E SEUS PROCESSOS, COMPETE ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE À IGREJA MILITANTE, PORQUE SÓ NESTA O ROMANO PONTÍFICE POSSUI JURISDIÇÃO. NESTE QUADRO CONCEPTUAL SE AFIRMA QUE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E O SEU VIGÁRIO CONSTITUEM UMA SÓ CABEÇA DA IGREJA MILITANTE, VISTO O PAPA NÃO SER CABEÇA DA TOTALIDADE DO CORPO MÍSTICO, O QUAL SE ESTENDE TAMBÉM AO REINO DOS CÉUS E AO PURGATÓRIO.

É conhecido como todas as Aparições são submetidas a um crivo muito rigoroso, nos planos Dogmático, Moral, e da sã Filosofia; qualquer óbice neste sentido obriga a excluir de imediato a origem Divina a essa Aparição. Todavia, mesmo que uma Aparição não contenha nada contra a Fé e a Moral, não significa que seja verdadeira. Compete ao senhor Bispo da Diocese, onde ocorreu determinada Aparição, pronunciar-se em definitivo pelo valor dessa Aparição. Trata-se aqui de uma DECISÃO, EM SI MESMA, HUMANA, SOBRE UM ACONTECIMENTO TERRENO, MAS TOTALMENTE ILUMINADA PELA FÉ E PELA GRAÇA DE ESTADO DO BISPO EM CAUSA. Quando acreditamos em Fátima e em Lurdes, procedemos com uma crença humana, embora integralmente enquadrada pela Fé Sobrenatural.

Do que fica dito, bem podemos deduzir o quão perniciosa é a vivência da Religião quando baseada em “revelações” que não tenham sido absolutamente certificadas pela autoridade eclesiástica, e até, como no caso de Fátima e Lurdes, ratificada pela própria autoridade do Romano Pontífice, sobretudo Pio XI e Pio XII, embora a título de Magistério autêntico.

Ainda que incorra no risco de desagradar a certas pessoas, devo chamar a atenção para erros graves, para não dizer heresias, que se encontram nas revelações da Bem-Aventurada Ana Maria Taigi. Quando se lê, como palavras de Nosso Senhor: “Desdenha dos santos modernos e dedica-te só aos antigos”; ISTO É UMA HERESIA, PORQUE A SANTA MADRE IGREJA, NA PESSOA DO ROMANO PONTÍFICE É INFALÍVEL EM TODAS AS CANONIZAÇÕES, E TODAS ELAS SÃO JURÍDICO-TEOLÒGICAMENTE IGUAIS. É perfeitamente legítimo os fiéis sentirem mais afinidades com um santo do que com outro; sem dúvida que há santos mais perto de Deus do que outros; mas a expressão empregue é herética. Nessas pseudo- visões Nosso Senhor utiliza conceitos e expressões indignas do Verbo Encarnado; é inaudita a forma como são referidos os Sucessores de Pedro. A referência a uma conversão geral de todo o mundo, tornado uma espécie de Paraíso terrestre, sofre influências do milenarismo, e de qualquer modo, contradiz a Revelação Evangélica do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo a qual, o mundo é, e seria sempre, o principal inimigo da alma, e que na época da Parúsia a Fé estaria como que reduzida à expressão mais simples. Assinale-se que a Bem-Aventurada Ana Maria Taigi era analfabeta, como a grande maioria das mulheres do seu tempo, e que o texto das revelações foi escrito por um seu secretário, sacerdote. De qualquer modo, Ana Maria Taigi nunca foi canonizada, portanto a infalibilidade da Santa Madre Igreja nunca foi comprometida neste caso.

Que o Catecismo possa constituir o núcleo fundamental da nossa vida religiosa, da nossa ascensão Sobrenatural; e para os mais cultos, também Santo Tomás, sobretudo na sua Suma Teológica, possa constituir nutrimento salutar para a nossa alma, quer na ordem intelectual, quer na ordem doutrinal.

Santo Tomás possui a Sabedoria de distinguir, mas não separar, a Teologia da Filosofia; a Teologia Dogmática da Teologia Moral; o resultado é um monumento orgânico, essencialmente, objectivamente, indissolúvel, infrangível, perene até ao fim dos tempos – e por toda a Eternidade; porque harmoniza, com absoluta objectividade, a Verdade e a Santidade da Revelação, do Pensamento Divino, com o mais sublime zénite a que pode chegar a inteligência humana, iluminada pela Graça e pelos Dons do Espírito Santo.

Recordemos que o diabo é o pai da mentira, o autor de todas as falsas revelações, de todas as confusões, de todos os ardis.

O autor deste artigo, iludido por falsas informações, deslocou-se a Palmar de Troya, em 1978, mas apenas para sentir o mau odor de satanás; mas também lá encontrou almas de boa fé oriundas da Austrália. Os mais reputados autores de Doutrina Ascética e Mística, ensinam que os enganos de satanás começam por possuir um certo encanto – MAS PROGRESSIVAMENTE VÃO REVELANDO UM ODOR HORRÍVEL; foi precisamente o que me aconteceu em Palmar de Troya.

Quem não souber – com a inteligência habitualmente elevada pela Fé Teologal, e o coração ilustrado pela Caridade – o Catecismo Católico, jamais poderá abismar-se sobrenaturalmente nos Mistérios de Fátima; esta constituirá sempre para essa alma uma espécie de conto de fadas, como aliás, desgraçadamente, também sucederá com todo o Dogma Católico.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 8 de Abril de 2017

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

11 responses to “NÃO ÀS DETURPAÇÕES DO CATECISMO E DA TEOLOGIA

  1. henrique Abril 23, 2017 às 11:34 pm

    “JAMAIS NOSSO SENHOR PODIA VIR À TERRA PARA DESIGNAR UM SEU VIGÁRIO, SEJA EM QUE SITUAÇÃO FOR, MESMO NA TRAGÉDIA IMENSA QUE ESTAMOS A VIVER. PORQUE ISSO SERIA INTERFERIR DIRECTAMENTE EM REALIDADES QUE DEUS NOSSO SENHOR DEIXOU ENTREGUES À PRUDÊNCIA E À SABEDORIA DOS HOMENS, SEMPRE AUXILIADOS, EVIDENTEMENTE, PELA GRAÇA DIVINA.”

    Caro Alberto, não lhe parece que esta é a convicção predominante tanto no movimento tradicionalista quanto no sedevacantista: a ideia de que a situação atual somente se irá resolver por meio de intervenção direta do Senhor, cabendo a nós unicamente esperar com paciência? Todo esforço humano seria vão.

    Talvez isto explique, em parte, tanto a cumplicidade interesseira dos tradicionalistas com os anticristos, quanto a incapacidade dos sedevacantistas de fazer a única coisa necessária no momento – ao menos assim me parece: fomentar a unidade entre os padres e bispos sedevacantistas espalhados mundo afora, reunindo-se em concílio para passar a limpo as divergências e todas as questões pertinetntes à crise atual – assentando assim as bases para uma futura eleição de um verdadeiro Papa, com a graça de Deus.

    Pergunto: existe entre os padres e bispos sedevacantistas alguma movimentação neste sentido?

    Senão, estão esperando o quê?

    Ou será que nem mesmo eles próprios acreditam que mantêm a sucessão apostólica?

    • Alberto Cabral Abril 24, 2017 às 6:48 pm

      Tem toda a razão. Felicito-o pelo enorme sentido da Fé que mostra possuir.
      Pelo que sei existem grandes conflitos entre as linhagens episcopais do Bispo Thuc e do Bispo Alfredo Mendez Gonzalez; chegando a acusações mútuas de invalidade de Sagrações. Perante este caos, houve sedevacantistas que se refugiaram na heresia do milenarismo, colocando na Terra o que pertence ao Céu. É certo que necessitamos de um papa. Mas como chegar a ele? A humanidade está sendo castigada como nunca foi. Ficou privada institucionalmente da distinção objetiva eterna e imutável entre a Verdade e o erro; O Bem e o mal.
      Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral – Lisboa

      • henrique Abril 24, 2017 às 8:07 pm

        Prezado Alberto, é precisamente esta inépcia do movimento sedevacantista que me faz pensar na possibilidade de os sacramentos do rito novo, pelo menos o da ordem, serem válidos, apesar dos problemas. Não se trata de uma certeza, mas de uma suspeita. Assumindo que o clero da igreja conciliar seja quase cem por cento inválido, por causa dos problemas do rito novo, será que o Deus Nosso Senhor deixaria a Igreja remanescente, os padres ditos sedevacantistas, em situação tão deplorável?

        Acreditar que o movimento sedevacantista atual seja tudo o que sobrou da Igreja, parece quase tão absurdo quanto acreditar que os papas do Concílio Vaticano II sejam verdadeiros papas.

      • Alberto Cabral Abril 25, 2017 às 12:42 am

        O rito novo quer das Ordenações e Sagrações quer da pseudo- Missa é inválido porque foi constituído precisamente para destruir a Igreja. Além disso os modernistas mesmo que usassem os ritos antigos obrariam invalidamente por falta de intenção formal de fazer o que faz a Santa Madre Igreja.
        Estou certo que por esse mundo houve mais Sagrações nestes quase sessenta anos de modernismo – só que permanecem secretas.
        Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral – Lisboa

      • henrique Abril 25, 2017 às 10:21 am

        É possível que haja, além de sagrações, uma linhagem de papas oculta? Ou não se admitiria, nem mesmo em casos excepcionais, que o Papa não fosse publicamente conhecido?

    • Alberto Cabral Abril 25, 2017 às 12:31 pm

      A hipótese de um papa oculto poderia realmente conceber-se, mas não por um periodo tão longo; visto que a missão fundamental do Romano Pontífice é explicitar, defender e propagar a Fé Católica preservando a estrutura Divino-Humana da Santa Madre Igreja.
      Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral – Lisboa

  2. Roberto Abril 24, 2017 às 2:28 pm

    Devemos lembrar que esse período “entre-deux-guerres” foi um tempo difícil, Bento XV, Pio XI e Pio XII tinham certas limitações próprias dessa época.
    Mesmo assim, já na década de vinte, existiam devoções devidamente autorizadas e enriquecidas de indulgências que remetiam à Fátima, como a Invocação para a conversão da Rússia (1924) e orações a Santa Tereza do Menino Jesus para a conversão da Rússia (1929), já no início da Segunda Guerra Mundial, tínhamos uma meia dúzia de devoções a Nossa Senhora que eram feitas nos sábados. Todas autorizadas pela Santa Sé.

    P.S. O direito e a prerrogativa para eleger o bispo de Roma (Papa), pertence única e exclusivamente ao clero de Roma. Portanto, acredito que se todos os bispos sedevacantistas se reunissem para eleger um Sumo Pontífice, tal eleição não teria efeito.

    • Alberto Cabral Abril 24, 2017 às 7:01 pm

      O modo de eleição do Papa tem variado bastante. Mas é um enorme erro declarar que em tempos foi democrática. Porque só os Bispos da Metrópole Romana é que decidiam a questão. E mais tarde os Cardeais como dignidade de Direito Eclesiastico que eram. A Igreja possui virtualmente os poderes que o Papa tem actualmente. POR ISSO PODE E DEVE ELEGÊ-LO EM QUALQUER MOMENTO DA HISTÓRIA . E mais do que nunca no momento mais trágico dessa História.
      Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral -Lisboa

  3. Roberto Abril 25, 2017 às 12:49 pm

    Prezado Carlos Alberto,
    Sim, é prevista a hipótese da Igreja eleger o Sumo Pontífice.
    Entretanto, no caso presente, que é o de termos a Sé Romana ocupada por um usurpador e uma boa parte do rebanho católico crendo nisso, fica extremamente difícil e arriscado delegar à Igreja Universal a eleição de um novo papa, existem casos com resultados desastrosos, selvagerias chegando ao ponto de se ter como colégio de eleitores uma meia dúzia de caipiras do Kansas no interior dos Estados Unidos.
    Ou seja, se a Igreja tenha competência para eleger, entretanto não esteja apta a fazê-lo, é sinal que ainda existe esfera superior que tenha a prerrogativa, um colégio de bispos, mesmo que mínimo em número.
    Sobre a Igreja possuir os mesmos poderes do Papa, não compreendi muito bem sua afirmação.
    De qualquer forma sobre essa questão e sobre o assunto, sugiro e destaco o primeiro parágrafo do seguinte link:
    (Creio que a citação seja do Cardeal Johann Baptist Franzelin)

    http://sedevacantist.com/viewtopic.php?f=11&t=1816

    Ainda:
    Em especial o caput I primeiro artigo:

    http://w2.vatican.va/content/pius-xii/la/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19451208_vacantis-apostolicae-sedis.html

    • alberto carlos rosa ferreira das neves cabral Abril 25, 2017 às 7:26 pm

      O que eu afirmei foi que a Santa Madre Igreja possui VIRTUALMENTE os poderes que o Papa possui actualmente. O texto de Franzelino corresponde na essência ao Direito Divino Sobrenatural da Santa Madre Igreja. O caos que reina no mundo tradicionalista e sedevacantista também é consequência dos nossos pecados. Enquanto não houver mais santidade no seio da resistência católica, não será possível reunir um verdadeiro conclave. Existe outra hipótese, já por mim ventilada: A tomada de poder por católicos no Estado do Vaticano através de um golpe de Estado; o pior é que o Vaticano depende em tudo do Estado Italiano, há dois séculos nas mãos da maçonaria.
      Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral – Lisboa

      • Roberto Abril 25, 2017 às 10:17 pm

        Prezado Alberto Cabral,
        Seu último texto esclareceu melhor minha duvida.
        Sua hipótese, embora radical, tem muito mais coerência que a ideia de uma aventura conclavista. Isso evitaria, por mais incrível que isso possa parecer, uma confusão maior, um cisma que talvez custasse uma multidão de pessoas que por alguma fraqueza ou ignorância acabariam ficando ao lado do falso papa, Francisco. A deposição do impostor daria muito mais clareza ao entendimento de todo problema que enfrentamos.
        Entretanto, isso resolveria a retomada de Roma, do patrimônio material da Igreja. Para a eleição do Sumo Pontífice, eu fico com a argumentação de São Roberto Belarmino, que diz que o clero e os fiéis de Roma jamais cairiam (cairão) em erro.
        Resta-me, sinceramente, não obstante toda a dificuldade de um perfeito entendimento da afirmação desse Doutor da Igreja, confiar que será mesmo de lá, Roma, que virá o verdadeiro Sumo Pontífice.

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